- ‘(…) No sábado, a reprimenda de Olli Rehn, o comissário europeu responsável pelas Finanças, ao Presidente da República foi de pôr os cabelos em pé. É verdade que Cavaco Silva pediu uma quadratura do círculo inexistente nos mecanismos de resgate financeiro - o tal empréstimo intercalar que a Europa não quer inventar à medida do que precisávamos, com eleições legislativas dentro de mês e meio. Mas tudo isto tem um travo de humilhação que dispensávamos.
(…) Cavaco Silva é, desde 1985, um mestre na gestão da sua carreira política e a verdade é que isso sempre lhe correu da melhor maneira. Mas as comunicações ao país sobre escutas a Belém que não existiram, o intraduzível Estatuto Político-Administrativo dos Açores ou o não veto ao casamento gay parecem, à luz do momento presente, intervenções vindas do outro mundo.’
Pois. Não se dão ao trabalho de ir ao Facebook e depois queixam-se de greves presidenciais. E os tipos do FMI, mesma coisa: também não vão. É caso para qualquer presidente decente se sentir magoado.
ResponderEliminarA gestão da sua carreira politica começou antes. Com a herança das contas publicas que deixou, enqt ministro das finanças de Sá Carneiro, a Pinto Balsemão. A situaçao financeira era tão dramatica que Soares e Mota Pinto constituiram o bloco central e chamaram o FMI. Tudo herança de Cavaco. Pare que agora tudo torna de novo. E a tudo o que a Ana Sá Lopes aqui recorda, ha que juntar a noticia de primeira pagina do DN de hoje: o dinheirinho do BPN com ganhos a 150 por cento!!!
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ResponderEliminarPena, pena, é não desaparecerem o PR, O PM, o governo e o parlamento inteirinho. Aliás, foi esta crise política que provocou de repente e por "magia" esta falta de liquidez? O que mudou em 21 dias para o ministro das finanças admitir o desastre? E não falo da subida de juros que só fará mossa daqui a alguns meses. Afinal estávamos na merda, é o que é!
ResponderEliminarVon
cavaco deve demitir-se caso ps ganhe eleições e até lá não se perde nada se ficar calado.
ResponderEliminar@Von:
ResponderEliminarJá agora: o que mudou em 21 dias para o ministro das finanças admitir o desastre foi... o desastre, i.e. a impossibilidade de refinanciamento que resultou da sabotagem do PEC IV e da subsequente queda abrupta dos ratings.
Ou julgava que o actual paradigma de acumulação de dívida -- aliás infelizmente tão universal no Ocidente que torna quase impossível viver fora dele -- foi inventado pelo governo português nos últimos meses?
O problema é que na situação presente, que está longe de ser um exclusivo português, só existem duas estratégias possíveis: tentar reduzir a dívida progressivamente continuando a viver com menos meios, ou recusar pagá-la, abrir falência e fugir para as montanhas.
Eu, pelo sim pelo não, já estou a acumular latas de atum Tenório, munições e pares de botas, porque estou convencido que o PSD & Cia. vão continuar a forçar a chamada «saída à general Custer».
@Von:
ResponderEliminarVamos todos pagar, mas o que me espanta é que o culpado máximo ainda não tenha a cabeça a prémio no resto do mundo que está endividado até à raíz dos cabelos! Ora veja aqui: Crimes do Sócrates.
Cavaco é cumplice nos negocios da SNL, para quando toda a verdade?
ResponderEliminarO silencio de Cavaco é duplo, na politca e nos negocios.
Von,podes esbracejar contra o Sócrates,mas tens que aceitar que,nem os deputados,todos juntos,têm a sua categoria,a sua preparação,a sua coragem.Depois dos ataques de que foi alvo todos estes anos por esta escumalha,sem nível,continua de cabeça erguida.Aliàs,admiro-me como consegue aguentar,com um sorriso nos lábios.Eu,no lugar dele,mandava-os todos àquela parte!
ResponderEliminar@Von:
ResponderEliminarAs minhas desculpas pelo link temporário que forneci mais acima. Aqui fica a actualização correcta: Crimes do Sócrates.