sábado, agosto 27, 2011
Unidade de todos os portugueses honrados©
Quando Cunhal apresentou ao Comité Central, em 1964, o informe Rumo à Vitória, de que ficou para a posteridade a proposta de “unidade de todos os portugueses honrados”, estaria certamente longe de imaginar que seria levado tão à letra que, anos depois, dessem à luz uniões tão inesperadas como a de Nuno Ramos de Almeida com a Sr.ª Guedes ou a de Carlos Vidal com o João dos pequeninos. A realidade é sempre mais fecunda do que as teorizações políticas.
Não estamos no entanto perante fenómenos isolados do Entroncamento, como se torna evidente pela adesão formal de António Figueira à “revolução tranquila” de que nos fala Miguel Relvas. Logo que o camarada Figueira deu o passo que faltava para transformar um longo namoro alberguista num casamento à Las Vegas, magotes de portugueses honrados surgiram de peito feito em sua defesa. Talvez a melhor alegação tenha sido redigida por um ilustre passista, que se mostra indignado porque “uma certa blogosfera” montou uma estratégia “em [sic] tentar condicionar pessoas que aceitaram o desafio de apoiar politica e tecnicamente membros do governo”.
Acho que não se pode ser mais claro.
O caso Figueira, se não fosse dramático (num certo sentido simbólico, por que, de per si, não vale uma coroa furada...)vai passar ao anedotário nacional.
ResponderEliminarO camarada Figueira, "técnico", vendeu os seus préstimos a Miguel Relvas. E depois, dizem os amigos e camaradas?
Então vamos fazer um exercício, por absurdo.
O Figueira, além daquelas competências, fala e escreve francês, como se fosse a sua lingua materna.
Conhece a França e os seus melindres, como DSK.
A filha de Le Pen, putativa candidata às próximas presidenciais, precisa, como de pão para a boca, de um especialista em "comunicação institucional". Contacta o Figueira e oferece-lhe 25 000,00€/mês, apartamento de 5 assoalhadas no XVIéme em Paris, mais viatura com motorista, telémovel e, tudo isto, válido por três anos.
Adivinha, para um milhão de Euros: que resposta daria o Figueira à filha Le Pen?
Esta é a escumalha vendida.Aquela "esquerda"!
ResponderEliminarEntão e aqueles que tentam condicionar pessoas que NÃO aceitaram o desafio de apoiar politica, tecnica e moralmente membros do governo?
ResponderEliminarUm comuna que aceita apoiar politica técnica e moralmente um governo de direita é um fdp vendido , ponto final. Qualquer angulo que tente analisar o caso e que contenha um principio de ética profissional vai chegar exactamente á mesma conclusão.
ResponderEliminarEstes argumentos dos comunas e dos seus neo-aliados de direita sobre o Figueira não são de espantar. Sempre qu há eleições e os resultados do PCP são maus, eles conseguem argumentar que saem vitoriosos.
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