domingo, agosto 07, 2011

Variações sobre pobrezinhos

• Ana Sousa Dias, Variações sobre pobrezinhos:
    ‘O desperdício é sempre um mau princípio, ainda mais se as dificuldades apertam. O ministro anunciou que os medicamentos a seis meses de expirar o prazo de validade deixarão de ser destruídos e serão entregues aos mais pobres por entidades credenciadas. Dá que pensar: os medicamentos com seis meses de prazo de validade são destruídos? Seis meses? Porquê? Para a indústria farmacêutica fabricar mais e su bir o preço? E depois de 2014 volta-se ao mesmo? Não seria melhor repensar o sistema da pescaria?

    Outra medida que me deixa perguntas é o aligeirar das regras a que costumamos chamar "da ASAE" nas cantinas e IPSS. Então há regras que podem ser dispensadas sem prejuízo para os consumidores? Então por que razão existem e são impostas e rigorosamente vigiadas? Ou não interessam porque estamos a falar de pobres?’

12 comentários :

  1. De facto a medida que pretende aligeirar as regras de higiene nas cantinas ( na practica é o que vai ocorrer, pela simples falta de inspecção da asae e por inspecções da proópria ipss que obviamente tem interesse em se considerar segura, mesmo não o sendo )é simplesmente revoltante.
    O pobrezinho já pode comer a maçã podre que a menininha rica rejeita...
    Tudo isto cheira a bafio , cheira a salazar. Após quase 40 anos de democracia ainda vemos gente com ideias destas ,a serem educados nesta ideologia de bacocos que comem bolo rei de boca aberta e com efeito sonoro.

    ResponderEliminar
  2. "Então há regras que podem ser dispensadas sem prejuízo para os consumidores? Então por que razão existem e são impostas e rigorosamente vigiadas? "

    - Para dar trabalho a uma série de burocratas e a outros tantos advogados.
    Ainda está por saber quantas vidas já foram poupadas pela acção da ASAE e quantas se perderam por se tratar gente honesta como bandidos. Custodes ipsos custodes Quis?

    ResponderEliminar
  3. A Asae sempre se pautou por uma exigência excêntrica. Concordo que haja regras e rigidas, mas faquinha para cortar isto, faquinha para aquilo, papel em vez de pano, etc e olha, quem pensava que éramos a Dinamarca ou a Suiça em vez de Marrocos, afinal estamos mais perto do Magrebe do que dos Países Nórdicos. O que deveria haver era bom senso, para pobres e não pobres. Limpeza, higiéne, porque a coisa é séria e não entrar em exageros. Esta de abolir a Asae para os pobres é próprio de um sistema fascistas. Aqui mando eu, logo, eu é que faço as regras.

    ResponderEliminar
  4. A alterar as regras deverá ser para todos e não apenas para os que alimentam os "pobrezinhos". Colocar as proprias entidades que fazem essa ajuda a fiscalizarem-se a si próprias é a cereja no topo do bolo da estupidez humana.

    ResponderEliminar
  5. O bando da sotaina andava mortinho para ir ao pote. Aí os temos pela mão de um ex fala barato parlamentar de extrema direita armado em ministro. Isto vai piorar....

    ResponderEliminar
  6. a propósito de pobrezinhos...os pobrezinhos começam a sair à rua no belo país de sua majestade (a Grécia já chateia)...o que é bom…pois como o sr álvaro prometeu oferecer albergue por cá (aos ricos de lá)… o negócio assim começa a mexer...vais a ver foi o …não

    ResponderEliminar
  7. A protecção dos desamparados deixa de ser assunto de Estado, à semelhança dos tempos da fundação da nacionalidade. É sim, de novo, um acto de piedade particular. A tanto se resume o PES.

    ResponderEliminar
  8. Um pé direito, na Lei diz que tem que ter 2,00m e, na realidade, tem 1,70m. Como são a maioria. Os 2 m foram copiados na Suécia, os 1,70 sempre foram portugueses. Então, a macãzinha fica assim tão apertada a quem tem fome?

    ResponderEliminar
  9. Há cerca de 60 anos havia uma coisa que se chamava a Sopa dos Pobres. Todos os dias vinha um carrinho de mão com 4 rodas e um grande panelão cheio de sopa que se dirigia a um edifício publico, um antigo lavadouro, e aí era distribuída uma sopinha a cada pobre. Este badalhoco deste ministro quer repetir esta cena nacabra que se justificava há 60 anos mas que agora havendo quem vai para o governo e recebe um ordenado de 5.000 euros mensais isto chama-se um atentado à ética ao respeito pela pessoa humana e neste país parece que só se irá resolver a tiro. Não vejo outra saída. Ele são os medicamentos fora de prazo, os aumentos nas pensões de 4 euros mensais, mais ou menos 12 cêntimos por dia (eu disse a tiro mas acrescento de metrelhadora).
    Grandes filhos duma coisa que eu cá sei que estão a desgovernar este país. Eles a irem ao pote às escâncaras, a admitirem gente e mais gente, a gastarem à tripa forra e por outro lado a darem as migalhas que caem da toalha aos pobres. Tenho vergonha de ter nascido neste país.

    ResponderEliminar
  10. Agora o que vai dar é a existência de muitos "pobrezinhos" para que as IPSS tenham razões para ajudar os amigalhaços do costume".
    A caridadezinha vai ser a razão para que os "Srs Padres Maias" consigam alguma coisa do "pote"!

    ResponderEliminar
  11. Quem votou no PPd e agora não consegue dar a mão á palmatória ( e admitir que votou mal ) , vejam se percebem : as creches JÀ ESTÃO superlotadas. Agora vão ficar ainda mais. espero que durmam descansados com a segurança dos vossos filhos.

    ResponderEliminar