Suponha-se que Vítor Gaspar convida Wolfgang Schäuble a dar um salto a Lisboa para o tentar convencer a aligeirar o programa de “ajustamento”
Os membros do Governo têm compromissos a cumprir em nome do Estado português e tudo leva a crer que o próprio Schäuble não acharia ser necessária tanta modéstia no exercício de funções públicas. É para situações como esta que serve o cartão de crédito que os governantes usam e que o Tribunal de Contas (e não só) audita¹.
Que vem agora propor de diferente o ministro da propaganda?
Em lugar de usar o cartão de crédito, o governante passa, no fim do almoço, a sacar do bolso o seu molho de notas e paga as refeições. Quando chega ao ministério, entrega o recibo e é reembolsado. Tirando o estardalhaço a que o ministro da propaganda nos vem habituando, para as contas públicas a despesa é exactamente igual.
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¹ É evidente que poderá haver um ou outro governante mais aéreo que desata a comprar perfumes nos duty-free shops e julga que é o Orçamento do Estado que os deve pagar. Mas para esses casos há a fiscalização levada a efeito por várias instituições e o bom senso dos outros governantes. Num dos governos de que fez parte, a Dr.ª Manuela fez questão de esclarecer um colega de que tais práticas violavam os sãos princípios por que se rege a contabilidade pública.
Se não tiver trocos na altura pode mandar apresentar a conta no ministério que depois lá arranja-se tudo.
ResponderEliminarSpin spin sugar. Bela tentativa rapazes
ResponderEliminarCom ou sem cartão de crédito as despesas continuam a fazer-se, e o regabofe é de tal ordem que até o ministro Gaspar já puxou orelhas a outros ministros traquinas.
ResponderEliminarQuem acreditava que agora sim , vai ser ali continhas todas transparentes e limpinhas , bem pode marcar uma urgencia de psiquiatria na clinica mais próxima, pois adivinha-se uma tremenda desilusão seguida de natural depressão por mais uma vez ter feito figura de otário.