- 'A ideia de o Estado português participar em programas de estímulo à economia ou lançar novos investimentos tornou-se quase uma ideia proibida (...).
No entanto, em muitos casos não é certo que estas despesas tenham sequer um efeito negativo no défice. Com os níveis de comparticipação comunitária aumentados para 85%, é razoável esperar que o efeito fiscal dos investimentos ou de programas públicos financiados acabe por cobrir bastante mais do que os 15% que o Estado português tem de avançar. Aos impostos cobrados directamente sobre as despesas de investimento (por exemplo, sobre os salários dos trabalhadores) acrescem ainda os impostos indirectos do consumo que geram e a diminuição de despesas sociais, por exemplo dos trabalhadores que estes programas possam retirar ao desemprego.
A consolidação das contas públicas não é contraditória com um nível moderado de programas de estímulo, principalmente quando estes têm uma parte importante de financiamento externo (...).
O problema da execução dos fundos comunitários parece estar na operacionalização. A discussão sobre quem coordena os fundos europeus, oito meses depois do Governo ter entrado em funções, parece estranha. A centralização destes fundos nas Finanças leva a temer que a sua injecção na economia seja feita com parcimónia e moderação muito centrada em evitar a comparticipação portuguesa, quando devia ser feita com força e urgência de forma a evitar que o disparar do desemprego atinja números ainda mais assustadores, e a evitar que o afundar da economia ponha em causa a própria consolidação.'
Humildemente peço desculpa, mas o cerne da questão, e isto porque já há varios meses trás ouvi Durão Barroso dizer que a CE até estava aberta a uma reafectação dos fundos do QREN, tem que vêr com o habitual deserto de ideias que reina na Economia.
ResponderEliminarApesar de PPC passar a vida a dizer que vão ser realizados investimentos estratégicos, ao fim destes meses de governação, não se vislumbram nem estratégia nem ivestimentos.
Trágico se atendermos ao galopante desemprego que se faz sentir, furto de uma recessão que qualquer merceeiro saberia ir acontecer.
Deste modo só poderá ser"No, we can,t"...
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