Quando Passos Coelho, primeiro, e Vítor Gaspar, depois, comunicaram as alterações que pretendiam introduzir na TSU, a ênfase foi colocada na promoção do emprego e não no contributo para a redução do défice orçamental.
Desde que o país saiu à rua, os ideólogos do Governo, mesmo os que parecem ter mudado de barricada à última hora, andam por aí a lembrar que é preciso arranjar uma alternativa às alterações da TSU, uma vez que o país tem de reduzir o défice.
Importa recordar que, com as anunciadas alterações à TSU, os trabalhadores passariam a suportar mais 2.800 milhões de euros enquanto as entidades patronais veriam chegar à sua tesouraria um donativo de 2.300 milhões de euros. Assim sendo, o contributo adicional da TSU para a redução do défice circunscrever-se-ia aparentemente a cerca de 500 milhões de euros.
Mas a esta folga de 500 milhões haveria que retirar: por um lado, o “crédito fiscal” que Gaspar (na entrevista à SIC) e Passos Coelho (na entrevista à RTP) atabalhoadamente anunciaram para reduzir o impacto da medida nos rendimentos mais baixos; por outro lado, a dedução específica em IRS que subiria (a contribuição do trabalhador para a segurança social dedutível no cálculo da matéria tributável). Assim sendo, não é de excluir que as alterações à TSU contribuíssem para agravar o défice (por via da dádiva aos patrões).
Ou seja: não eram as alterações à TSU que iriam concorrer para a redução do défice. A conversa dos últimos dias de que o Governo apresentará na reunião da concertação social uma proposta para substituir as alterações à TSU — o corte de um, dois, n subsídios — não faz sentido. É apenas a estratégia do polvo — lançar muita tinta para criar a confusão sobre a real dimensão do défice de 2012 (esse, sim, colossal).
É exactamente isso.
ResponderEliminarÉ exactamente isso.
ResponderEliminar...que se lixem as eleições, disse ele.
ResponderEliminarEle já está é a querer encher a almofada para as próximas legislativas
E com tanto comentador militante a tinta do polvo lá vai fazendo o seu caminho.
ResponderEliminarO Mendes...
E não viram o Marcelo a dizer que isto devia ser anunciado a seguir a decisão do Tribunal Constitucional.... como se a derrapagem no défice fosse culpa da Constituição...
Tem razão.
ResponderEliminarMas com ou sem TSU a austeridade continua.
Da CGTP já sabemos.
E João Proença o que vai fazer? Pactuar.
Como não podemos confiar em semelhantes reses, o povo português não pode interpretar o apelo de Jorge Bebiano no post Apartidários e Antipartidários. É muito idealismo ao mesmo tempo.
Todos para a rua e, de preferência, inorgânicos.
Não há outra saída.
Corrijo: Rui Bebiano.
ResponderEliminarAinda aqui á tempos uma arrastadeira me acusava de não perceber de economia e tal, que o défice seria de 4.5%.disse-lhe que estava enganado, que provavelmente chegaria aos 8%.
ResponderEliminarTorna-se cada vez mais claro ( e grotesco) que se calhar eu até tenho razão.Estamos bem tramados para a próxima década. E o mal já está feito, um ano bastou para levar portugal ao caminho da grécia e á nossa inevitavel saida do euro lá para 2014-15...
A cantilena do Marcelo, da Avillez e da generalidade dos "stores" da tanga que nos infectam as meninges não passa disto: O governo violou a virginal menina Constituição e o Tribunal disse que isso não pode continuar, embora enfim, da primeira vez passe (sem tirar nem pôr, foi isto).
ResponderEliminarAgora o violador governo, coitado, não podendo violar a menina outra vez, vê-se obrigado a enrabá-la. E os "comentadeiros" respondem; "coitado, só estava a cumprir as ordens do Tribunal!".
Parece a estória da carochinha, contada a "adultos", mas é mesmo verdade! E atenção que muitos adultos com barba na cara (ou pintelhos no cu) abanam bovinamente a cabeça a afirmar que "sim, senhores", a Avillez e o Marcelo e a pandilha toda "estão a ver bem a coisa"...
Com "turistas" assim tão "espertos", como é que querem acabar com o "gamanço" no elétrico de Alfama?