— Vítor, o CDS quer ver-te pelas costas. Vais fazer queixa à Angela? |
Se isto não é um cartão vermelho do CDS a Vítor Gaspar, é o quê? Eis um extracto do artigo de Celeste Cardona:
- ‘Pois bem! O Governo decidiu não insistir na aprovação desta medida.
Mas, do que nos tem sido dito, parece ser necessário aprovar outras e diferentes medidas que visam "compensar" a diminuição /aumento da TSU.
Vamos ver se nos entendemos! O regime proposto para a TSU não tinha influência significativa na diminuição do défice orçamental, na medida em que, ao que se sabe, apenas "contribuiria" para o mesmo em cerca de 500 milhões de euros, ou seja, uma parcela muito pouco relevante face ao volume de cerca de cinco mil milhões de euros que é necessário "encontrar" para tapar o "buraco" das contas públicas.
A TSU não era uma medida nuclear da actual política de combate ao défice. Neste sentido, parece até ser possível entender que era neutra.
Claro que não era. Em todos os países que a aplicaram (não no modelo que foi proposto), esta medida pode ser concebida como traduzindo uma política de incentivo ao aumento da produtividade e, nessa medida, tendente a contribuir para o crescimento. Lembram-se da "agenda para o crescimento"?
Não sei se em termos práticos assim seria, mas que era uma medida que visava tais objectivos, parece não restar dúvida! É, pelo menos, o que nos dizem "os especialistas".
Sucede que, dizem-nos agora, temos de "compensar" a sua não aplicação, mas em termos orçamentais. Não percebo!
Se a dita "compensação" é necessária, não é para diminuir o défice, outrossim poderá ser para definir outro modelo, outro sistema que tenha por finalidade combater o desemprego, incentivar o crescimento e possibilitar o desenvolvimento económico, travando, por isso, a recessão que nos continua a ameaçar de forma muito intensa.
Em síntese, porque "isto" é confuso. O Governo deu-nos a conhecer no princípio de Setembro um conjunto de medidas que se traduziam em "cortes" nos rendimentos com o objectivo de cumprir as metas do défice impostas pelos nossos credores (a troika).
Cortes nos salários dos funcionários públicos e privados, diminuição do "leque" das taxas do IRS com o consequente aumento de impostos, quer pela via do regime de retenção quer pela via do acerto final anual.
Paralelamente, avançou com a diminuição da TSU, esta com o objectivo de tornar mais competitiva a nossa economia, através da baixa dos salários. Não é essa a minha visão, como já tive ocasião de dizer, mas era este o "fundamento" (tanto quanto foi possível perceber do que nos foi transmitido) dela legitimadora.
Então e agora? Para cumprimento das metas do défice acordadas e "tapar" a falta de 500 milhões de euros vão ser precisos cerca de cinco mil milhões?
Não são já suficientes as medidas antes anunciadas? O que se passou entretanto?
Dizem os "peritos" que é só uma questão de fazer contas (lembram-se de quem dizia isto, assim?). Parece, dizem, que é simples concluir que afinal o actual défice das nossas contas já passa dos 6%.
E o acréscimo de austeridade resulta, justamente, da necessidade de compensar não o abandono da TSU, mas resolver a derrapagem orçamental verificada!’
finalmente, a Dra Celeste Cardona mereceu neste blog uma referência elogiosa. é o que isto significa, não é?
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