terça-feira, outubro 09, 2012

Atrás de uma cortina

• José Vítor Malheiros, Três notas falsamente alegres para um Governo triste [hoje no Público]:
    ‘3. Há quem ache que o facto de os membros do Governo evitarem aparecer em actos públicos ou de, quando aparecem, se esconderem até ao último minuto atrás de uma cortina para depois saírem rapidamente por uma porta lateral à qual está encostado o carro oficial se deve ao facto de terem medo de ser vaiados, insultados, humilhados, agredidos com fruta madura ou mesmo despenteados por populares em fúria. Penso que nada é mais falso. Por muita distância que haja entre este Governo e os cidadãos, por muito que o Governo tenha assumido como seu objectivo central a destruição dos direitos dos cidadãos e o seu empobrecimento, por muito que o Governo diga estar preocupado com o desemprego quando esse é o seu objectivo principal para poder forçar a descida dos salários, precisamos de nos lembrar que os membros do Governo são seres humanos, que possuem um resto de auto-estima. Se se escondem e evitam actos oficiais públicos fora dos ministérios isso não se deve ao facto de terem medo. Deve-se ao facto de saberem que temos vergonha deles.’

2 comentários :



  1. Vergonha não.

    Raiva!

    Fúria!

    CÓLERA!

    ResponderEliminar
  2. Deve-se ao facto de saberem perfeitamente o que andam a fazer e talvez terem uma restia de vergonha na cara(obviamente não a suficiente para arrepiarem caminho)
    Custa sempre mais ser chamado de gatuno do que levar uma chapada de um popular mais exaltado.
    A unica excepção é o Gaspar. Esse está para além da recuperação, está em estado de negação e não acredita que a sua divindade e génio estejam a ser postas em causa pela realidade dos numeros do INE. Esse sim, é o único que anda com medo.
    Quanto a Passos, já percebeu que não têm unhas para a coisa mas é obrigado a lá estar por Relvas e Borges, os oportunistas. Será sempre necessário, no final, um bode expiatório.

    ResponderEliminar