• José Pacheco Pereira, Obscuridade fruto do medo [hoje na revista Sábado]:
- ‘Além das habituais dificuldades de expressão do primeiro-ministro, esta obscuridade do discurso tem outra origem: o primeiro-ministro está com muito medo de dizer com clareza o que pretende e por que razão o pretende, porque nada do que possa dizer deixa de atingir com enorme violência uma população exausta e sem recursos, no limiar do desespero. Ele não lhe quer dizer o que ai vem, mas sabe muito bem o que desejaria que aí viesse, se não houvesse “forças de bloqueio”...
O que o primeiro-ministro disse nada tem a ver com o memorando da troika. Ele não pretende “refundar” o memorando da troika, o que, se se parar para pensar, seria um absurdo à luz do que o mesmo Governo diz sobre o dito documento. Para Passos Coelho, o memorando da troika era o “verdadeiro” programa do PSD, e foi sempre um documento tratado como tendo muitas virtualidades para os portugueses “mudarem de vida”. O memorando corresponde ipsis verbis ao que pensa Gaspar e Borges, a dupla que manda na governação económico-financeira, e ao que pensava há meses Passos Coelho, que com eles forma o triunvirato que manda na política, onde ele é o elo mais fraco. Já não digo o que pensa hoje, porque Passos Coelho não pensava o mesmo há três anos — era então um defensor de políticas expansionistas, muito próximo de Sócrates e contra Ferreira Leite —, há dois anos — quando era um liberal na revisão constitucional e um estatista nos Congressos do PSD —, há ano e meio, quando não queria mais impostos, combatia uma política de austeridade pelos seus efeitos recessivos e defendia a baixa da TSU com unhas e dentes. Na verdade, nestes últimos três anos, já foi tudo e o seu contrário, agora é um “refundador”. De quê? Da Constituição e do Estado, e é para isso que precisa do PS.’
PPC fará isso tudo e muito mais, até porque não acredito de maneira nenhuma que PCoelho tenha na sua mioleira alguma ideologia política estruturada: coisas rebuscadas aqui e ali em livros que nunca terá lido até ao fim e daquele outro que, parece, nunca existiu... Julgo que foi ontém, que o vi bocejar duas vezes no Parlamento e até arrumou os papéis na pasta do min. Gaspar, entregando-lha direitinha.
ResponderEliminarVamos lá a ver se o PS se equilibra nesta rasteira que lhe estão a preparar.
Era o que mais faltava! Um governo que aldrabou quase um país inteiro, quebrou o contrato com os eleitores logo no dia seguinte à tomada de posse, falhou em toda a linha nas políticas delineadas, lança a cada dia que passa os portugueses numa tragédia, os mesmos que se recusaram a um patriótico compromisso em torno do PEC IV, ver agora o PS a tentar segurá-los até 2015! Essa seria de bradar aos céus!
Este governo está prisioneiro do grande capital financeiro. Além disso, está claro, o primeiro ministro não passa de um banana.
Para a rua é que é! E depressinha. É inimaginável que este governo esteja no poder mais de 4 meses. O País estará de pernas para o ar, ingovernável.
Deverá o Dr. Seguro avaliar bem qual o País que aspira governar. Se este que ainda tem ponta por onde se pegue ou se um outro, de rastos, envergonhado e humilhado, com o povo despojado de tudo e até mesmo da democracia, porque quanto à liberdade vai sendo cada vez mais reduzida.
ResponderEliminar" O Beijo de Judas"....Segura-te Zé. Este "GANG" está perdido, e gente perdida....até vende o Pai.
Neste momento, já estará o Menezes e o Marco a pensar em eleições...Autarquicas!!...
A própria maneira como PPC e PP fazem o convite a Seguro, revela uma estratégia de levar ao engano e rasteirar o PS.
ResponderEliminarPrimeiro, PPC anuncia publicamente a "refundação" e depois manda uma carta que Seguro só recebe no fim da discussão do OE? E hoje PP na AR, no seu infinito e insuportável sorriso e ar de sacaninha, veio coçar o ego de Seguro assegurando-lhe a compreensão dos portugueses no futuro. Uma tirada brilhnte de demagogo para papalvos.
O que Seguro tem de fazer imediatamente, face à situação de fuga para a frente deste governo desnorteado, é reunir o Partido e juntar-lhe todas as forças civis ainda sãs que existam, nas universidades, nas empresas de gente nova com sucesso, nas autarquis e serviços superiores do Estado, etc. e, estabelecer meia dúzia de medidas chave a tomar de imediato e propô-las ao país aberta e claramente. E propô-la simultaneamente à UE para discussão.
Sentido o apoio da maioria dos portugueses, pedir imediatamente a demissão do actual governo ao PR e caso este se mantenha na sonsice, pedir na rua e em força o derrube do governo.
Quero crer que ganharia rápidamente a opinião pública, a rua, as casa e a consciência da maioria dos portugueses. E estes colaborariam nos sacrifícios necessários tendo em vista um objectivo realizável que desse esperança ao povo angustiado.
@José Neves: Mas você acha mesmo que o Seguro vai fazer isso ao amigalhaço?
ResponderEliminarO que diria a Dona Laura da próxima vez que lá for a casa comer uma moqueca ao Domingo enquanto vêm juntos o show do marcelo? E o que diria ao amigo pessoal e parceiro de negócios Dr Relvas da próxima vez que se sentarem na reunião do conselho de administração da empresa que têm juntos?