• Magalhães e Silva, Abençoada recessão:
- ‘No período que antecedeu as eleições de 2011, quem ousasse dizer que a crise não era apenas fruto da política de Sócrates era logo apodado de acrítico defensor do engenheiro.
E o paradigma económico assente nas obras públicas, imobiliário e expansão do consumo interno, inaugurado por Cavaco? Nem pensar.
E a crise sistémica na Europa? Só faltava.
No frenesi de derrubar o engenheiro, a classe política portuguesa limitou-se a pensar taticamente e a silenciar a realidade que enfraquecesse o seu propósito. Digo isto com o à vontade de, nesta coluna, ter sido um severo crítico de Sócrates. Este quadro é, todavia, portador de esperança.
A classe política e grande parte do eleitorado do norte da Europa, que têm sustentado esta cruzada de punições ao Sul – empobreçam para merecer algum pão –, já têm a recessão à porta dos seus países. Falta, por isso, pouco para virem tecer loas à austeridade com investimento, muito investimento, agora que lhes toca na pele o castigo que, hipócritas a viver do nosso deficit, nos quiseram infligir.
Abençoada recessão.’
Lá dizem os ditados: - "atrás de mim virá quem de mim bom fará"
ResponderEliminar"Queiras ou não queiras escutar a razão, cedo ou tarde ela há -de se fazer ouvir"
O problema é que para que tal ficasse visível e as pessoas começassem a ver a realidade muito desemprego, muitas falências e muita miséria chegou, e ainda não sabemos o que nos espera
ResponderEliminarRS
Talvez, talvez o sul da Europa consiga sair desta crise mais forte. Mais preparado. Mais atento ao que o Norte pretende de facto com os paises do Sul.
ResponderEliminarE não será pela mão deste bando de incompetentes que nos governam. Será pela catarse dos povos do sul, pelo nascimento de uma sociedade mais atenta, participativa e exigente nas responsabilidades daqueles a quem delega o poder. Isto poderá acontecer se aguentarmos o suficiente até a ajuda chegar, sendo essa ajuda a consciencia nos povos do norte de que com esta injustiça ninguém vai a lado nenhum. Esperemos que venha depressa essa ajuda, porque por cá dúvido que o povo aguente mais do que até meio do próximo ano.