- ‘A minha explicação é que o professor Gaspar está mesmo convencido que é, afinal, o professor Karamba. Só assim se percebe que tenha trocado a dedução pela impressão, a razão pela adivinhação, a matemática pelos astros. Em suma a economia pela feitiçaria.
Na semana passada foi aprovado o Orçamento do Estado para 2013. Aguarda-se ainda reação do presidente da República mas não se espera nada de relevante. Já todos acham que o PR não existe. Caiu com o governo Sócrates. Tanto empurrou que foi atrás e desapareceu, ainda que continue a haver vídeos nas televisões e fotografias nos jornais.
Excetuando o Governo (onde também há dúvidas mas envergonhadas), todos os restantes portugueses (incluindo os que votaram PSD e CDS) acham o OE muito mau. Dos catedráticos de economia aos reformados, dos funcionários públicos aos empresários, de Bagão Félix a Mário Soares, de Manuela Ferreira Leite a Francisco Louçã. Não há vivalma que ainda permaneça neste retângulo que não ache que o orçamento não tem pés nem cabeça. Mais. Estão convencidos que o documento não passa mesmo duma aldrabice, como os inúmeros economistas têm explicado abundantemente nas televisões. Nenhum número do governo é aceite ou corroborado por qualquer especialista ou por qualquer organização, desde o próprio FMI ao Banco de Portugal!
Muito se tem especulado sobre como é possível que um professor de economia como Vítor Gaspar insista em projeções manifestamente fantasiosas, em números escandalosamente errados e em procedimentos ridiculamente incompetentes. A minha explicação é que o professor Gaspar está mesmo convencido que é, afinal, o professor Karamba. Só assim se percebe que tenha trocado a dedução pela impressão, a razão pela adivinhação, a matemática pelos astros. Em suma a economia pela feitiçaria.
Porque olhando o OE 2013 só se pode concluir que ele foi feito pelo professor Karamba, caramba!’
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