Depois de se saber que o FMI plagiou um documento de Vítor Gaspar e que a reunião encoberta do Palácio Foz se traduziu num retumbante fiasco, Passos Coelho ficou ainda mais isolado: o CDS-PP recolheu-se em silêncio ao Caldas, os ministros perderam o fôlego, o baronato laranja já não se coíbe de se demarcar do fanatismo prevalecente, as associações patronais instam os estarolas impenitentes a ter tento.
Acontece que, se Passos já não tem condições para governar (e muito menos tem legitimidade para aplicar um programa que se esqueceu de levar a votos), a oposição ainda não apresentou uma política alternativa que faça o seu percurso na sociedade portuguesa. Basta acompanhar as declarações políticas, os debates ou até a opinião publicada para se perceber que as divergências se situam essencialmente em torno da maior ou menor intensidade da austeridade.
É neste contexto que a questão da reforma do Estado resistiu aos próprios sinais de esgotamento do Governo. Em face da ausência de uma alternativa consistente, multiplicam-se as iniciativas avulsas, como se o poder tivesse aparentemente caído na rua, à procura de uma saída para a crise. Com o Governo a procurar pendurar-se nestas acções mais ou menos autónomas: “o Governo vai ainda contar com a colaboração do Banco de Portugal, do Conselho das Finanças Públicas e da Fundação Calouste Gulbenkian que promovem (…) uma conferência também sobre a reforma da organização e gestão do sector público em Portugal.”
Haverá certamente muito a fazer no que respeita à modernização do Estado (e não só). Mas pode a oposição contribuir para agravar a austeridade, quando essa política nos atira para um poço sem fundo? É possível humanizar uma política que está a provocar um galopante empobrecimento da classe média? É aceitável que a oposição interiorize a política gaspariana e se conforme com o corte dos quatro mil milhões de euros?
Com Seguro, regressaram ao poder muita gente do aparelho do PS que só lá está para mamar o seu.
ResponderEliminarIncompetentes e sem ideias, tal como o lider.
É urgente mudar a liderança do PS e limpa-la de cima abaixo.
É urgente fazer as pazes com o passado e reconhecer e realçar o que de bom foi feito.
Por mais ansneiras que o reinado de Socrates tenha concretizado, nada bate a total incompetencia, ganancia e fanatismo pela destruição do governo actual.
Costa.
ResponderEliminarMaioria absoluta.
Não. Não pode. E a oposição tem que dizê-lo claramente. Se o Estado tem um problema de despesa, é preciso cortar onde ela mais pesa, ou seja no serviço da dívida. É isso que é preciso fazer. Como? Renegociando prazos, renegociando juros, renegociando os montantes em dívida. Dirá o governo que isso poderá ter consequências gravíssimas, blabla, blabla. A isso tem que dizer a oposição: e cortar a eito na educação, na saúde, nas prestações sociais, na capacidade económica, que consequências tem? Entre outras, a de tornar ainda mais difícil gerir o serviço da dívida, a tal coisa que os estarolas não sabem manifestamente fazer - nem querem, porque não o convém à sua agenda ideológica.
ResponderEliminarA escolha deveria ser fácil : ou o povo ou os credores.
ResponderEliminarA grécia escolheu várias vezes o povo, nunca cumpriu o acordado e continua no euro, depois de dois haircuts e de um terceiro a caminho lá para 2014.
Está na hora de , depois de feitos capachos do schaublle e da merkl, darmos um murro na mesa ,dizer basta e mandar os credores á merda, que á nossa pala já se encheram de bem bom.
Quem pensa que a vida só têm riscos para o lado do trabalho pensa errado. Os riscos devem ser repartidos por todos e a merda que a finança fez na europa deve ser paga não só pelos povos mas pela própria finança que anda desde 2008 a fugir com o cú porco e gordo á seringa.