O Diário Económico (citado pelo DN e pela RR) faz hoje alusão a um estudo da empresa de consultadoria KPMG no qual se conclui que os trabalhadores e pensionistas portugueses terão este ano a carga fiscal mais elevada quando comparada com os cinco países mais ricos da Europa. E o fosso entre os contribuintes é ainda mais visível nos reformados.
De acordo com as simulações, a discrepância é particularmente notória nos pensionistas com rendimentos acima de 300 mil euros por ano, com a Alemanha a surgir como o país mais atractivo, com uma taxa de tributação efectiva de 24,4% para um casal de pensionistas sem filhos com rendimentos acima de 300 mil euros. Em Portugal a taxa será de 64,2% para o mesmo exemplo, ou seja, quase três vezes mais. Se cá, um casal de reformados com 300 mil euros de pensão bruta anual fica, depois de impostos e da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), com 107.471 euros de rendimento disponível, na Alemanha ficará com 226.930 euro.
Felizmente, o “partido do contribuinte” está no Governo. Bem-haja, Dr. Portas!
Qual a conclusão? Que o modelo a seguir deve ser o alemão?! Confesso que não entendi!
ResponderEliminarMR
Bem, eu que até nem sou apoiante deste governo, devo dizer que não me imporatava nada de fazer parte de um casal que ficasse "só" com 107 mil de rendimento disponivel. E acho que como eu, há muita gente que consideraria muito bom sinal se fosse abrangido pelos cortes. Penso que em nome dos milhares que não chegam aos 7 mil de rendimento anual disponivel, deveriamos ter mais cuidado com os exemplos que se escolhem qd se quer fazer oposição à governação....
ResponderEliminarRodrigues
Realmente !!! Fala-se destes valores com uma naturalidade que até parece que até fico sem palavras...
ResponderEliminarPode-se discutir como é que certas pensões chegam a estes valores, mas sinceramente, retirar quase 70% do rendimento do agregado, só porque ganham acima da média chama-se, no meu dicionário, confisco.
ResponderEliminarAchar-se que a lei pode ser terraplanada quando se trata dos ricos, só porque são ricos, é tipico de quem não entendeu até hoje o que significa a palavra democracia.
É preciso que as pessoas percebam que a rendimentos elevados corresponderam descontos elevados.Descontos elevados que sustentam o estado social.Quanto mais elevados maiores os descontos e mais disponibilidade para redistribuir terá o estado social.
Aqueles que pensam que os rendimentos devem ser terraplanados ao nivel da pobreza que lhes assiste, em vez de exigirem a elevação dos seus próprios rendimentos, estão condenados a ser usados, enganados e expoliados. Como foram e estão , de facto, a ser, por este governo que estupidamente elegeram.
Além do mais, a inveja é uma coisa muito feia. Este governo joga bem com isso, demagógicamente coloca os portugueses contra os portugueses. E a carneirada vai na conversa.Mais produtivo seria se deixassem de olhar para o rendimento do vizinho do lado e começassem a lutar pela melhoria do seu próprio rendimento. Não serão os outros que o irão fazer, mas apenas e tão só cada um de nós.
"É preciso que as pessoas percebam que a rendimentos elevados corresponderam descontos elevados"
ResponderEliminar...
É preciso também que as pessoas percebam durante qt tempo foram efectivamente realizados esses descontos elevados, ou não ? Cinco anos de descontos elevados bastaram a mt gente para hoje usufruir reformas generosas, apesar de durante o resto da sua carreira contribuitiva terem descontado pelo salario minimo, como é o caso de mts pequenos e médios empresários. O argumento de colocar portugueses contra portugueses serve bem para mascarar as reivindicações corporativas que deram origem a mts dessas situações. E o argumento dos direitos adquiridos tb carece de revisão, pois tende no minimo a esquecer que os direitos são adquiridos em contextos ou perante expectativas que podem não se manter.
Rodrigues
mesmo que os contextos ou espectativas mudem é legitimo que as pessoas lutem pelos direitos conquistados.
ResponderEliminarQuem descontou de forma irregular fe-lo porque a lei o permitiu. A lei estava errada e foi por isso mesmo mudada.A culpa não é das pessoas mas sim de quem legislou e de quem legislou mal. Querer culpar quem beneficiou é querer desviar a atenção do que de facto se passa : com o argumento do aqueles têm mais do que estes está a colocar-se todo um povo contra si próprio quando deviamos era estar unidos na protecção dos direitos conquistados que, dividios, mais facilmente nos serão retirados.
Muito bem ! Portanto, vivam todos os oportunistas, que assim passam de velhacos a pobres vitimas da permissividade das leis, é isso ??
ResponderEliminarLamento, mas não me uno a oportunistas. Da mesma forma que há leis mal feitas, tb há direitos mal adquiridos.
Tenho por principio que os fins não justificam os meios, e esta é uma das situações em que me parece razoável invocá-lo.Se isso é ficar contra o povo, paciência!
Rodrigues