terça-feira, janeiro 08, 2013

"Bons alunos de maus mestres"

• Eduardo Paz Ferreira, Num País onde não defendem os meus direitos eu não quero viver :
    ‘Não é compreensível que Portugal se disponha a aceitar que Grécia, Itália, Espanha, Irlanda e França gozem, ou vão gozar, de melhores condições nos programas de assistência financeira e que os nossos representantes identifiquem o sacrifício extremo com a melhor forma de defesa dos nossos direitos. Pobres "bons alunos de maus mestres", para usar uma expressão feliz, como sempre, de Medeiros Ferreira.

    Tragicamente, somos levados a concluir que os nossos direitos não são defendidos no plano interno e também não o são perante a União Europeia. A nossa cidadania nacional dissolve-se do mesmo passo que se esfuma a anunciada cidadania europeia.

    Tudo isto é feito, contra todas as evidências, com base numa insustentável promessa de dias que virão (o regresso irónico dos "amanhãs que cantam") e de um país próspero e justo. Esquecem porém, os que prometem, que nessa altura pode acontecer que os portugueses, exaustos e, à semelhança do que fez Michael Kolkaas – o protagonista da peça de Von Kleist injustamente condenado à morte -, prefiram a execução da sentença, ao tardio reconhecimento dos seus direitos, espezinhados pela força de um vilão que - já agora, vale a pena recordar - era o Barão de Von Tronka.’

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