terça-feira, janeiro 08, 2013

O Dr. Relvas, o pote e a asfixia democrática

• Alberto Arons de Carvalho, O serviço público e os canais internacionais [hoje no Público]:
    ‘A proposta do ministro Relvas vai, todavia, mais longe: do universo actual da RTP sairia uma nova empresa, responsável pelos seus canais internacionais, com capitais integralmente públicos. Além do referido papel de projecção internacional da língua e da soberania nacional, poderá existir nesta reorganização da RTP uma tentativa de ultrapassar o problema da inconstitucionalidade. Não me espantaria que se invocasse que o reduto essencial do serviço público se limita a este conjunto de canais, que integrariam uma empresa do sector público da economia, como impõe a Constituição. Estaria ultrapassado o problema constitucional.

    Só que esta argumentação não teria qualquer razoabilidade.

    Em primeiro lugar, porque são os canais generalistas nacionais que constituem o núcleo essencial do serviço público, uma vez que são eles que incorporam os seus princípios fundamentais, nomeadamente a universalidade, que impõe ao operador de serviço público atingir todos os públicos e estar presente em todas as plataformas, e a diversidade, que o obriga a emitir conteúdos que respondam aos interesses dos diversos públicos.

    Em segundo lugar, porque uma esmagadora parte da programação emitida pelos canais internacionais, incluindo a sua informação, é hoje produzida, inclusivamente por razões económicas, para e pelos canais generalistas nacionais da RTP. A sujeição da programação e da informação destes canais a critérios comerciais, inevitável no quadro de uma privatização parcial e de uma gestão privada, contaminariam irreversivelmente os canais internacionais.

    Neste contexto, onde estaria o serviço público?’

2 comentários :

  1. Pois é Dr. Arons de Carvalho. O Relvas é mesmo um jagunço político, que tem feito o que sabemos e irá colocar a televisão pública ao serviço de um gangue que distorçará a informação e escolherá para debates pessoas da oposição (do PS, por exemplo), que nos provocam dores de estômago e ataques de nervos, daqueles que são "amicíssimos" de toda a gente, manifestando sempre previamente a mais elevada estima e consideração por chefes de bandos que destroem a nossa pátria, para quem qualquer sacana é inteligentíssimo. Alguns até parece que dormiram uma soneca antes de ir para os estúdios das ditas. Estudar os assuntos não é com eles. Tirando dois ou três... É preciso clarividência e combatividade. Alguns estão a engordar muito e incham-lhe as bochechas...

    Além disso, Dr. Arons de Carvalho, o PS (e não só) faz hoje política de pijama, sentados em frente aos ecrans de televisão. As suas organizações locais e regionais não interagem com as populações, não divulgam comunicados a desmascarar a propaganda mentirosa dos partidos do governo, nem a velhaca do PCP. Estão castrados politicamente.

    Nem um comiciozito para desentorpecer...

    Portugal caminha a olhos vistos para uma tragédia, a governação está entregue a uma camarilha golpista.

    O PS parece ter medo da rua. O PS emprenha pelos ouvidos.

    O PS ganhou medo às Alamedas de Portugal.

    Este governo é para ser escorraçado.

    Pessoalmente não quero que seja o Tribunal Constitucional a fazê-lo. Quero que seja o povo na rua, liderado pelos partidos, com o PS à cabeça, como lhe compete, e a Assembleia da República. Para isso é preciso ação, movimento.

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  2. O PS já foi definitivamente ultrapassado. Basta ouvir o Luís Amado e ler o Vital Moreira.

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