terça-feira, janeiro 15, 2013

"O Governo falhou onde não podia falhar: na execução orçamental"

• Filipe Nunes, ‘Business as usual’?:
    ‘Durante os primeiros meses da governação, o Bloco de Esquerda queixava-se apenas da ‘troika' e não de Passos. A verdade é que ao fim de ano e meio de vida, o Governo já perdeu o seu capital político. Isso não aconteceu por um qualquer problema de comunicação, mas pela simples razão de que falhou onde não podia falhar: na execução orçamental. Na cabeça das pessoas criou-se então a ideia, bem resumida pelo PS, de que "os portugueses cumpriram, o Governo falhou".

    É neste contexto de falhanço que surge uma "reforma do Estado" no valor de 4 mil milhões. A ideia de reduzir a despesa social serviu para unir uma coligação em crise e para "marcar a agenda" do debate orçamental. No entanto, pela forma e pelo momento em que foi lançada, a "reforma do Estado" só tem servido, efetivamente, para isolar cada vez mais o Governo. Dificilmente este Governo conseguirá mobilizar os partidos que o apoiam para uma agenda do tipo da que consta do recente estudo do FMI, quanto mais o Presidente, os parceiros sociais ou o Partido Socialista.’

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