segunda-feira, março 18, 2013

Ir além da troika num "colaboracionismo" rasteiro com os alemães

• José Loureiro dos Santos, É o momento de agir [hoje no Público]:
    ‘Era visível há muito tempo a incompetência do ministro do Orçamento (com a designação oficial de ministro das Finanças), o que, aliado às políticas absolutamente desastrosas da União Europeia decorrentes dos interesses e das imposições de Berlim, cujo calendário e decisões se baseiam no estrito interesse nacional alemão, conduziu o país à situação desesperada em que se encontra.

    Têm sido inúmeras, quase unânimes, as opiniões dos mais credíveis economistas portugueses e estrangeiros, no sentido de classificarem como contraproducentes as sucessivas medidas tomadas pelo Governo, sem suficiente confronto e entendimento com os interesses nacionais, já que, aparentemente, o ministro com o papel principal na definição e conduta da estratégia de resolução da crise financeira que atravessamos entende serem nossos os interesses alemães que Merkel defende, o parlamento germânico impõe e o respetivo tribunal constitucional monitoriza. E não só, pois vai mesmo além daquilo que os estrangeiros nossos credores nos exigem, numa atitude de inexplicável subserviência com as instituições sob cuja tutela nos encontramos (FMI, BCE e UE). Atitude também (e tão bem) ilustrada pelo "colaboracionismo" rasteiro com os alemães, demonstrado por altos funcionários europeus, alguns deles (lamentavelmente) portugueses.’

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