sábado, abril 20, 2013

A mixórdia de Sofia


Sofia Galvão escreve hoje no Expresso. Poderia ter sido apresentada como ex-apoiante de Santana ou de Ferreira Leite ou como a personagem que Passos Coelho escolheu para representar a “sociedade civil” (a meias com o Moedinhas). Mas o semanário informa-nos de que escreve simplesmente como advogada. E é nessa qualidade que, rendida aos diktats de Merkel e da “Europa alemã que se constrói sob a sua liderança”, nos interpela, num estilo algo pespineta que a ignorância estimula:
    “Há quem não goste de factos. Mas enfrentá-los é condição de futuro. E o facto é que, hoje, em Portugal, os salários e as pensões pagos pelo Estado representam mais de 90% da coleta fiscal. Se acrescerem os juros da dívida, o montante vai além dos 105%. Os senhores e as senhoras que não gostam de factos consideram estes números sustentáveis? Percebem a medida em que tais números comprometem o futuro dos seus filhos e netos?”

Deixemos de lado as pensões que, apesar de todas as diatribes do Governo sobre o tecido económico, ainda são cobertas pelas contribuições para a segurança social. Relativamente aos salários dos trabalhadores do Estado, lamento desiludir Sofia Galvão, mas o insuspeito ministro das Finanças da troika desmente-a categoricamente nos relatórios que acompanham as leis dos orçamentos do Estado. Veja-se este quadro (retirado de um trabalho de Eugénio Rosa):


Resta-nos uma dúvida: não cabe à direcção do Expresso rever os textos que publica, chamando a atenção dos autores para os erros grosseiros que os artigos possam conter, designadamente quando, havendo o propósito de demonstrar a inevitabilidade do corte de salários e pensões pagos pelo Estado, o argumento assenta em premissas falsas?

6 comentários :

  1. Esta sujeita é "advogada" e não advogada. Advogado é o combatente de barra que se bate pelos interesses do seu patrocinado e pela Justiça, não gentalha enfiada em vacarias jurídicas, de centenas de "associados", ou melhor, de proletários da advocacia, muito menos os sócios destas torres de marfim de corrupção, como é o caso da dondoca Galvão.
    Preferiu dinheiro à carreira académica? Opção legítima. Podia era ter optado por advocacia à séria e não em escritórios que vivem da negociata e do compadrio, via os seus sócios fundadores terem estado ligados à política em dado momento das suas vidas.
    Mais: podia abster-se do político e centrar-se apenas no jurídico.
    O outro idiota da foto é tão inenarrável que nem merece comentário; o exemplo acabado do estrangeirado que nada traz ao país, bem pelo contrário.


    Eu, como gosto de factos, não gosto da Galvão.

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  2. O Expresso? Fazer alertas, são todos
    farinha do mesmo saco. Ainda não perdi a esperança
    de ver o Balsemão a jogar golfo, com os burros do Algarve,

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  3. Esperar isso do Expresso é o mesmo que esperar uma correcção por parte do Gasparzinho , do estudo RR('Regabofe & Regabofe'!!).

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  4. Atenção: a comparação entre os salarios e coleta fiscal , não é o mesmo que comparar salarios e despesa total. !!!

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  5. A senhora gosta de factos, por isso dou-lhe um facto : os numeros que apresenta estão errados. E isso minha senhora, para quem diz gostar de factos, ou é estupidez ou pura malevolencia. Como não acho que a senhora em causa seja estupida ( posso estar enganado, afinal é uma PSD...) conclui-se que é mentirosa e trapaceira. Confere com o resto do partido que representa. E isso, minha senhora, é facto indesmentivel.

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  6. Ignorante, burra, mas também mentirosa e trapaceira. Da "boa" escola do PPD/PSD.


    Contra factos não há argumentos, dondoca.


    Mas como já dizia o outro, que até era italiano, se não é verdade, pciência, é muuito bem apanhado...

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