quarta-feira, abril 10, 2013

É agora ou nunca

• Pedro Nuno Santos, É agora ou nunca:
    ‘O primeiro-ministro, com a sua reacção à decisão do Tribunal Constitucional, mostrou mais uma vez de que lado está. Perante a declaração de inconstitucionalidade de quatro normas do Orçamento do Estado, decidiu declarar guerra ao órgão de soberania que tem a competência de garantir o respeito pela Constituição e ameaçar o país com o espectro da bancarrota se este não aceitar o desmantelamento do Estado social.

    Na realidade, o governo viu nesta decisão apenas mais uma oportunidade para impor a sua agenda radical de liberalização do Estado. Tem sido assim desde o início desta crise financeira e económica: a direita europeia tem aproveitado o actual período histórico, dito excepcional, para impor um programa que em tempos normais seria violentamente rejeitado. Ao contrário do que os dirigentes políticos e comentadores de direita insistem em afirmar, há alternativa. Em vez de investir contra o povo português, o governo poderia confrontar a Comissão Europeia com o fracasso da sua própria receita. Não o faz apenas porque é partidário dessa estratégia suicida.’

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