quinta-feira, maio 16, 2013

A palavra aos leitores

De e-mail recebido do leitor Raúl C., numa nota a um post de Pacheco Pereira:
      O MATERIAL TEM SEMPRE RAZÃO (15): COMO É QUE AS COISAS SE FAZEM

      Hoje uma parte do contínuo que vai dos blogues políticos para as empresas “de comunicação”, para a prestação de serviços às autarquias da mesma cor política dos blogues, para as campanhas eleitorais, representa efectivamente mais uma variante daquilo que no passado aconteceu com as empresas criadas por militantes partidários para aceder aos fundos europeus, cujo "negócio" dependia apenas do acesso à informação e às pessoas. Era e é um círculo vicioso e uma forma de corrupção política, muitas vezes vista com complacência por muitos jornalistas cuja proximidade com estes "meios" é grande. Hoje já não é na "formação" que este tipo de "negócios" se fazem (acabaram os fundos), mas são muito comuns no mundo dos serviços "de comunicação", e envolvem milhões de euros.

      O mecanismo é sempre o mesmo: uns jovens “empreendedores” bem colocados nas redes partidárias (nas “jotas” ou no partido), ou com amizades “políticas” criadas em blogues, em causas comuns que chamaram a atenção dos detentores do poder partidário ou governativo, criam "empresas" que acedem a contratações ou negócios ou subsídios sem concurso publico, e que depois, com contratos formais ou sem eles, "ajudam" nas campanhas eleitorais. Muito dinheiro circula por aqui.

      (Vejam-se as pessoas, as "empresas", as campanhas, as autarquias e as circunstâncias referidas aqui, aqui, aqui e aqui.)

    Vale a pena abrir os links (para se perceber os negócios no Porto e Gaia). O Fernando Moreira da Sá é um gajo anafado que escreve para o blog Forte Apache uns posts que quase não têm comentários. Aparentemente, é assim. Puro engano: a moderação dos comentários permite-lhe a proeza de fazer um panegírico ao Francisco Almeida Leite sem contraditório. Aqui (eu fui um dos comentadores censurados, claro). Poder-se-ia ver à lupa o assunto.

2 comentários :

  1. Anafado e, pelos vistos, fazendo currículo para ser eventualmente coptado como "coronel da censura".
    No tempo da outra senhora ser "coronel da censura" permitia arredondar jeitosamente o pré, que, reconheça-se, era fraquito; nestas merdas de salários de funcionários o botas era como tipo das finanças, o Louçã Gaspar: pagar pouco para ter os gajos a comerem na mão!

    O PP pensa bem, o pior é o resto!

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  2. Tamém conheci fugurões do tempo dos fundos estruturais, como um burgesso de um deputado municipal do psd de lisboa, que tinha uma "firma" que era só ele e a irmãzita e faziam montes de massa à pala do cavaquistão lisbonense. o nome era pinto e dizem que os pintos não voam mas este voou sobre as casas...


    Na altura eu era puto e não pescava nada do assunto (e até cheguei a ir para os copos com eles), mas já me fazia muita cinfusão aquele tipo de "empreendedorismo", porque quando se falava no "negócio" havia sempre uns silêncios comprometedores. só mais tarde é que soube que ele se tornara deputado municipal pelo psd, isto nos idos de 90...

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