sábado, maio 11, 2013

«Assim, senhor Presidente, terá de continuar a apoiar um pseudo-governo, que de facto "não tem condições para governar"»

Extracto do artigo de José Pacheco Pereira na última edição da Sábado:
    É o Presidente que fica em maus lençóis...

    ... mas foi a cama em que se deitou. O que diria o Presidente se, quando primeiro-ministro, Fernando Nogueira ou Dias Loureiro se lembrassem de vir fazer uma declaração pública com um ultimato sobre uma medida que ele tivesse anunciado dois dias antes com pompa e circunstância?

    Os defensores "de-que-tudo-o-que-o-governo-faz-é-bom", ou a variante dos defensores "de-que-tudo-que-Portas-faz-é-bom, inteligente, hábil, etc.", virão dizer que, como se trata de uma coligação, a Portas tudo é permitido. Eles não sabem o que é um governo, nem uma coligação, nem nada.

    De facto, um governo de coligação não é a mesma coisa que um governo monopartidário, mas essa diferença e as suas dificuldades não são em nenhum país democrático geridas assim, de forma destrutiva para o governo no seu conjunto.

    O que se passou é uma violação das regras de qualquer governo, seja de que natureza for, com um ultimato público após semanas de desacordos, bloqueando a governação em momentos críticos para o País. E não havia uma comissão do PSD-CDS anunciada em público com pompa e circunstância para resolver os "problemas" da coligação? Onde é que ela está? Ou foi mais uma vez para nos enganar?

    Mais vale acabar com a farsa, fazer um downgrade para um acordo parlamentar, ou haver eleições. Assim, senhor Presidente, terá de continuar a apoiar um pseudo-governo, que de facto "não tem condições para governar". Até à próxima crise. E o interesse nacional?’

3 comentários :



  1. O Pacheco Pereira conhece isto tudo bem, porque se deita na cama ao lado.

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  2. E só diz o que diz porque se queria deitar na cama em questão mas não o deixaram !

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  3. Pois, mas é preciso vir o Pacheco escarrapachá-lo, porque na "opusição" não há ninguém, ninguém com esta clareza e que chame os bovinos pelos nomes!


    Não é, ó chô Ceguru?

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