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Gaspar e o Álvaro exibiram-se, na conferência de imprensa de quinta-feira, como se tivessem descoberto a pólvora. Acontece que o “crédito fiscal ao investimento” é um instrumento que existe desde os tempos da contribuição industrial, imposto que antecedeu o IRC. E continua a existir.
Há que observar a medida para além do fogo-de-artifício. Trata-se de uma medida apelativa quando a grande maioria das empresas apresenta prejuízos (apesar da dedução à coleta de IRC poder ocorrer durante cinco anos)? Investimentos de envergadura podem ser concebidos, lançados e concluídos em sete meses (a menos que se esteja perante uma norma feita à medida para projectos em carteira, questão que não escapou a Silva Peneda)?
Mas o que mais surpreendeu nesta sessão de propaganda do Governo foi a circunstância de Gaspar fazer um apelo ao investimento depois de ter colocado o país numa trajectória de empobrecimento galopante e quando as exportações estão a estagnar. Vai-se produzir mais para vender a quem?
Vítor “não eleito coisíssima nenhuma” Gaspar sabe melhor do que ninguém que o empobrecimento — e, portanto, a diminuição da procura interna — não será estancado, sobretudo se os cortes nos rendimentos dos funcionários públicos e dos pensionistas se concretizarem. Ben Bernanke, presidente da Reserva Federal, diz tudo em poucas palavras: "If firms see more demand coming in the door, they will expand capital and labor." O resto é propaganda e desorientação.
Não por acaso, uma semana antes dizia o Pinguço Doce que estava para re-localizar umas fabriquetas de re-embalagem de detergentes porque o pó já não estava a render! O Silva Peneda é que os topou logo!
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