sexta-feira, junho 21, 2013

Cavaco, Governo e o guião para a destruição do Estado Social

• José Manuel Pureza, Os guiões:
    ‘Se o Governo da troika responde com despedimentos e com cortes na saúde, na educação e na segurança social ao estudo da Cáritas, Cavaco respondeu-lhe com um guião de ataque à supremacia do Estado social sobre o assistencialismo social. Na própria sessão de apresentação do estudo da Cáritas, Cavaco comunicou ao País os três traços do seu guião. Primeiro: a construção do Estado social em Portugal terá, segundo ele, adotado uma lógica "centralizadora de intervenção direta da administração do Estado, muitas vezes marginalizando a ação das organizações de base territorial" - tradução: para que é que o Estado se foi meter onde já estavam as Misericórdias e organizações afins? Segundo traço do guião cavaquista: "Criou-se uma cultura de protecionismo social protagonizado pelo Estado, desresponsabilizando de algum modo os cidadãos e menosprezando os valores da cultura cívica, da participação, do voluntariado e do espírito de solidariedade" - tradução: para Cavaco, o reconhecimento pelo Estado de direitos e a sua ação em conformidade gera subsidiodependência e falta de empreendedorismo. Terceiro traço do guião: a prestação de apoio por outras entidades que não o Estado contrapõe "uma dimensão mais humanizada à alternativa burocrática que o Estado oferece" - tradução: segundo Cavaco, um Estado social baseado em direitos e em prestações sociais que lhes dão densidade concreta é um monstro de funcionários e de anonimato desumanizador.’

2 comentários :

  1. Segundo o Sr. Silva , os nossos impostos são para pagar-lhe as mordomias (habitação em palácio, viaturas com chauffeur, viagens de luxo ,festanças com os poderosos etc.etc.).Palhaçada pegada!

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  2. Não há dúvida do que escolher , quando o caminho é o estado social ou o estado caritativo :
    A caridade depende da generosidade de cada um. A responsabilidade do estado obriga a TODOS, quem quer e quem não quer ser caridoso, a contribuir na medida das suas possibilidades.É por isso que as elites do dinheiro deste país odeiam o estado social.Não querem contribuir. Se nem têm de vêr pobres ( quanto mais conviver com eles) para que dar um contributo?
    E contra este facto não há argumentos, mesmo que o ministro Maduro ache que há sempre argumentos para todos os factos.

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