sexta-feira, dezembro 13, 2013

E se olhássemos para os números?

— Onde foram desencantar este finório?

• Domingos Amaral, O erro do FMI e o erro de Passos Coelho:
    ‘Às vezes, é preciso olhar para os números para percebermos a gravidade do que se passou em Portugal.
    Eis os números da austeridade, quatro anos depois.

    Em 2010, o PIB português era de 172,8 mil milhões de euros.
    Em 2013, deverá rondar os 164 mil milhões de euros.
    Ou seja, a austeridade anulou-nos mais de 8 mil milhões de euros de riqueza produzida em Portugal!

    Em 2010, a taxa de desemprego portuguesa foi de 10,8.
    Em 2013, a taxa de desemprego portuguesa deverá ficar pelos 15,8, um aumento de quase 50%.
    Quatro anos de austeridade criaram mais 300 mil desempregados do que havia antes.

    Em 2010, a dívida pública portuguesa rondava os 160 mil milhões de euros, já incluindo aqui muita coisa que na altura não estava contabilizado.
    Em 2013, quatro anos depois, a dívida pública portuguesa está em cerca de 230 mil milhões de euros, um aumento de 70 mil milhões de euros!
    É este o resultado de quatro anos de austeridade, Portugal tem mais 70 mil milhões de dívida do que tinha!

    Em 2010, a taxa de juro da dívida portuguesa no mercado secundário era no início do ano de 5,5%.
    Em 2013, a taxa de juro da dívida pública portuguesa é no final do ano de 5,8%.
    Ou seja, para curar o trágico perigo das dívidas soberanas, estivemos quatro anos em austeridade, e a taxa de juro é agora mais alta do que quando começámos!

    A directora do FMI, a sra Lagarde, já admitiu o óbvio, que as políticas de ajustamento cometeram muitos erros, e que os resultados foram muito piores do que se esperava, especialmente em Portugal e na Grécia.
    No entanto, por cá temos um primeiro-ministro que continua apaixonado pela ideia da "austeridade expansionista", e que fica muito irritado quando ouve o FMI reconhecer os erros.
    Infelizmente, Passos Coelho jamais terá a humildade do FMI, e jamais reconhecerá que as suas políticas, que ele implementou e implementa com entusiasmo, não produziram bons resultados, bem pelo contrário.
    Os fanáticos de uma ideia não querem saber da realidade, querem é ter razão!’

1 comentário :

  1. Estes não são fanáticos com uma ideia, são gente indecente com uma agenda , bem diferente da que anunciaram ter para o país quando foram a votos.
    A ideia deu muito jeito para enganar papalvos e imbecis que não conseguem pensar pela própria cabeça, mas a ideia será prontamente descartada mal deixe de dar jeito.
    Gente sem espinha dorsal, que faz a sua vida vida pisando as dos outros é assim : valem menos do que bosta, mas infelizmente deixaram-nos chegar onde chegaram.
    Cabe aos cidadãos que os lá meteram tira-los para fora, de preferencia a pontapé, para que nunca mais tentem a gracinha.

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