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O Banco de Portugal está em convulsão. A causa próxima prende-se com o preenchimento do cargo de “economista-chefe”, ou seja, director do relevante Departamento de Estudos Económicos, após uma quase furtiva ordem de serviço de Vítor Gaspar, num dos últimos actos como ministro das Finanças, para remover a titular do cargo, ressarcindo-a com um poiso na administração da Caixa Geral de Depósitos (cf. aqui, aqui e aqui).
Aberto concurso para dotar o banco central de um “economista-chefe”, candidataram-se à vaga economistas com qualificações para dar e vender. Ignoravam decerto que o perfil traçado, mas não divulgado, apontava para um simples bonifrate de plasticina. O governador do Banco de Portugal, que no auge da sua carreira esteve sob as ordens de Deus Pinheiro e Jardim Gonçalves, não simpatizou com os curricula: deparou-se com as provas — profissionais, académicas e científicas — de que, entre os concorrentes, havia gente altamente qualificada que desprezava, quando não se opunha, à parafernália ideológica do “caminho único”.
Que poderia fazer o pobre governador ao entrever que o bastião do austeritarismo estava prestes a sucumbir às mãos de um inimigo armado até aos dentes com artigos científicos em revistas de reconhecido mérito? Retaliar sem contemplações. Foi então que Carlos Costa tomou a decisão de aplicar aos candidatos delinquentes a pena de talião: mandar encerrar o concurso e confiar a Vítor Gaspar, recém-vítima da contestação académica e científica ao “caminho único”, a tarefa de conceber o “reposicionamento estratégico” do cargo de “economista-chefe” — ou seja, blindar o bastião, precavendo-o para hipotéticas investidas no futuro.
Aparentemente mais fadado para carregar os tacos de Deus Pinheiro do que para administrar um banco central, fontes contactadas pela TSF fazem saber que o governador geriu com os pés um processo que exigia um tratamento com mãos de cirurgião e “temem prejuízos para a credibilidade do Banco de Portugal.”
A circunstância de ter sido atirado para a praça pública o nome do director adjunto veio revelar que há um conflito interno sem paralelo no Banco de Portugal. E os “defeitos” apontados à personagem que se pretende queimar têm um efeito de boomerang sobre o governador: a evidência da balbúrdia político-ideológica que grassa no banco central e o manifesto incumprimento do dever de reserva por parte do palrador-mor (v.g., aqui). Parece ter chegado a hora de ajudar o homem a acabar o mandato com dignidade.
Este governador foi uma péssima escolha de Teixeira dos Santos que tanto gosta dos estarolas do PSD, como foi a do diretor-geral dos impostos (Azevedo Pereira) que agora vai para a EDP (porque será?)
ResponderEliminarEstas nomeações de gente ligada ao PSD,era mesmo para quando chegassem ao poder já lá terem os homens de mão.
Nunca vi foi o PSD nomear gente do PS, para futuro.
Demissão deste incompetente já! Tudo o que têm feito e dito é contra Portugal, é um traidor que ainda por cima nem é inteligente.
ResponderEliminarQueremos esta gentalha, esta escumalha de merda da sociedade fora do poder, fora das nossas ruas, fora do país e já!
Porque temos de ser governados por imbecis, oportunistas, traidores e gente de baixa estirpe?!
Não é Portugal um país com 900 anos de fronteiras?! Deixamos este lixo humano levar-nos ao abismo e á podridão?
Lutem cambada de asnos, lutem por um país melhor e livre desta corja de sanguessugas.
O link da TSF é demolidor para a credibilidade do BdeP, até mais que o post do CC: não há ^cirurgião* que consiga argumentar em torno de um concurso que acabou aparentemente num veto político governador Carlos Costa(oposição na AR, precisa-se!).
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