A mensagem de Natal do alegado primeiro-ministro não deixa dúvidas: é propósito do Governo acentuar a desvalorização interna e a redução dos direitos laborais e sociais. E para isso, Passos Coelho ameaçou que não recuará perante nenhum obstáculo: “Precisaremos de todos os instrumentos que mobilizámos para concluir sem perturbações o Programa. E precisaremos de os usar bem, com inteligência e determinação.” O resto é conversa piegas de Passos Coelho, polvilhada de umas tantas mentiras para pintar um quadro cor de rosa.
Com efeito, Passos Coelho pode dizer:
- • Que está “a vergar a dívida externa e pública”, quando todos sabemos que é falso;
• Que “as nossas exportações cresceram”, quando a informação estatística o desmente;
• Que “reforçámos o Programa de Emergência Social”, quando os próprios dados produzidos pelo Governo revelam que a pauperização crescente nem sequer poupa os mais pobres;
• Que o desemprego jovem “tem vindo a descer”, quando os últimos dados publicados (na sexta-feira) põem em evidência que houve um aumento de 2,2% do desemprego jovem e que os desempregados com menos de 25 anos são, neste momento, 13% dos desempregados em Portugal.
O que é estranho é que o alegado primeiro-ministro esteja a salvo de qualquer fact checking. Ou não é nada estranho.
não é nada estranho, claro. nem as mentirolas de caixão à cova que dá nas entrevistas são obejcto de contestação. isso era para o ouro: nem o deixavam falar, tal a fúria dos entrevistadores.
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