sexta-feira, janeiro 03, 2014
E a esquerda a observar
Ora vejamos.
Há o Expresso e o resto do grupo do militante n.º1 do PSD.
Há o Correio da Manha e o resto da Cofina.
Há o Sol e o i de capitais angolanos e liderados por figuras do PSD.
Há a Controlinveste, que vai passar para a órbita cavaco-angolana, com a clarificação editorial correspondente. E há a TVI, cobiçada pelo mesmo eixo.
Não satisfeita com este monolito mediático, a direita vai agora lançar mais um meio de comunicação social, financiado por um eixo que atravessa todos os grupos já existentes, maquinado pelo talibã Fernandes e executado pelo até agora editor de política do Sol ! Tudo leva a crer que se trata, aliás, de um projecto para preparar o pós-cavaquismo e o pós-passismo, de forma a garantir que o poder não escapa à grande família laranja.
Esta gente está, obviamente, no seu direito de constituir quantos grupos e meios que entender. O dinheiro é deles e a expressão é livre.
Triste é que a esquerda, especialmente a democrática, continue a ostentar uma extraordinária incapacidade de pensar o espaço mediático. Triste e preocupante.
Concordo. Mesmo triste e preocupante não só em relação aos média mas também como oposição.
ResponderEliminarNo fundo, o que está dizer, é que Portugal é uma Filial de Angola
ResponderEliminar09:42:00 é óbvio não?!
ResponderEliminarMuito triste e muito preocupante. É preciso que os jovens se apercebam do perigo que estamos a correr. E que os mais velhos tenham a generosidade de financiar a juventude em novos projectos editoriais. A comunicação social de esquerda tem de ter sangue jovem, a garantir o futuro.
ResponderEliminarSó agora é q perceberam q a esquerda ficou a dormir e sem politica para a comunicação social? O amigo Arons de Carvalho (que estimo) acreditou piamente nas politicas de privatização das rádios e das televisões levadas a cabo por Cavaco e Marques Mendes!!!O resultado está à vista com um monolitismo mediatico que já se começa a confundir com um totalitarismo de direita.O ultimo reduto era a tsf...já caiu!
ResponderEliminarA esquerda, "especialmente a democrática", não pensa o espaço mediático, da mesma maneira que não pensa o espaço das grandes empresas, de setores económicos, dos grupos profissionais, do movimento associativo e cultural, das escolas e universidades, do movimento sindical, de rejuvenescimento de quadros,enfim, da implantação do partido no seio da sociedade. Está a tornar-se, a olhos vistos, um partido de opinião.É isso mesmo! De opinião. E então agora com mais umas boas centenas nas autarquias..., é deixar correr o marfim.
ResponderEliminarReconheçamos que a vida está difícil para a oposição política a este governo. Mas há um problema de liderança que não pode continuar a ser escondido. Já não há palavras... Mário Soares é que tem razão.
Pessoalmente, quanto mais penso nestas questões, mais me convenço que a recuperação deste desastre em que nos vemos mergulhados (em Portugal, mas não só) terá forçosamente de passar, não apenas pelo efectivo controlo (a simples regulação já não é, só por si, suficiente para suster, quanto mais contrariar, esta degradação...) da banca e do sector financeiro, mas de outro sector que tem igualmente desempenhado um papel fundamental na ofensiva a que assistimos: a comunicação social.
ResponderEliminarO problema reside em arrancá-la ao domínio dos actuais grupos empresariais sem a transformar numa correia de transmissão do poder de ocasião, colocando-a ao serviço efectivo da sociedade. Penso que uma via promissora passaria pela instituição de um modelo cooperativo, em que os próprios profissionais do jornalismo, no sentido de defenderem os seus próprios interesses através da conquista de uma credibilidade que hoje está perdida, se encarregariam de progressivamente ostracizar os que sempre construíram as suas carreiras com base no servilismo e na bajulação do poder financeiro.
E tão bem que lhe sabia a privatização da RTP tão manhosamente preparada pelo ex-ministro Relvas!
ResponderEliminarSerá que o ministro Maduro já terá quase pronta a nova versão?
Espero que nessa altura o PS ressurja e mostre na rua que ainda não está morto! Esse será o momento em que AJSeguro poderá mostrar que vale alguma coisa mais do que andar em visitinhas simpáticas e sorridentes.
A privatização da RTP nunca poderá passar!
Como é que a esquerda continua a "inconseguir"( novo verbo da língua portuguesa , segundo Assunção Esteves)ter um único, que seja,Órgão de CS?
ResponderEliminarDado o atual estado da CS deixei de comprar/ler jornais. Passei a escolher e a ler artigos de opinião.
ResponderEliminarOBSERVADOR? Que engraçado... Era o nome duma revista semanal, durante o consulado de Marcelo Caetano, dirigida e feita pelo Artur Anselmo, Manuel Gama, Miguel Freitas da Costa, Jaime Nogueira Pinto, e outros salazaristas a mil por cento. Alguns diluiram-se na Univ. Católica, nas empresas do Teixeira Pinto da Opus Dei, e assim por diante, ms continuam todos saudosos do Salazar. Até uma brazuca que por lá passou acabou na maçonaria. Vai ser giro ver quem vai fazer esta folha on line do salazarismo encapotado e bem patego do Cavaco.
ResponderEliminarrepare que não é só a esquerda democrática que se mostra incapaz de pensar o espaço mediático. o ps também não consegue.
ResponderEliminarNos últimos 20 anos a esquerda" perdeu poder na comunicação social. Lá vai tempo em que tinha peso na Imprensa, matutina e vespertina, nas Rádios, nos Semanários. Deixou-se ultrapassar pelos "empresários" da direita, que tomaram de assalto os meios de comunicação social e o espólio dos jornalistas credenciados que fizeram escola. A esquerda assistiu a tudo isto, incapaz de tirar aproveitar as mudanças, e sem perceber o que estava em jogo. Eu sou um dos muitos leitores que deixou de ler jornais em papel, para não alimentar aqueles que são meus adversários políticos. Fico pelos jornais online, em grande parte internacionais.
ResponderEliminarAinda tive esperança de que o tão badalado "Laboratório de Ideias" do Tozé Seguro fizesse alguma sugestão sobre os media, mas nada foi desvendado.
Embora as redes sociais tenham um papel a desempenhar, o jornalismo de opinião políticas de esquerda. Como é referido aqui por um dos leitores da CC, um projeto de esquerda só é possível com jornalistas que estejam dispostos a abraçar um projeto no qual possam servir a informação, e se recusam a servir de lacaios, como acontece nos dias que passam.
"... um projeto de esquerda só é possível com jornalistas que estejam dispostos a abraçar um projeto no qual possam servir a informação, e se recusam a servir de lacaios..."
ResponderEliminarJá racionalizou bem o anacronismo desta afirmação?
Então os Jornalistas (com maiúscula) não devem servir os pricípios da independência, transparência e ética?
O jornalismo existe para servir fações políticas?
Não percebe que ao patrocinar esta abordagem do jornalismo está a cair no mesmo erro daqueles que critica?
O mais importante para si é o balanceamento no espectro político, o povo que "pape" o que lhe põem à frente para ler.
E a SIC Notícias? Dirigida pelo António José Teixeira, ex-assessor do Marques Mendes no Governo do Cavaco...
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ResponderEliminarO anónimo das 10:58 de ontem (6 de Janeiro) coloca uma questão interessante, mas esquece que a Verdade (seja lá elao que for para cada um de nós) às vezes se pode atingir pelo confronto de "mentiras"!
Nunca foi a um Tribunal? Nunca ouviu falar de "contraditório"? Quer fazer Justiça sem Advogados, de defesa e de acusação, cada um com a sua "versão" dos factos? Pois no Jornalismo é a mesma coisa: não é tanto através de uma Informação "bacteriológicamente pura" (deontológicamente irrepreensível) que se conseguirá preparar um "produto" que o Povo possa tragar (ou "papar"...), mas mais por via doconfronto de perspectivas, de visões, até de linguagens sobre a realidade dos factos. E não esuqecendo que o Jornalismo não é apenas relato "isento" e "imparcial", é também reflexão e opinião!
E nesse sentido não existe qualquer "anacronismo" (?!) - penso que queria dizer incongruência... - entre o desejo de uma Informação isenta, responsável e imparcial e um maior equilíbrio entre opiniões políticas - que não própriamente "facções", como diz o anónimo.
É já muita confusão num só comentário, para um tema tão complexo, delicado e importante para o nosso Futuro colectivo, não vos parece?