O escritor João Tordo publicou uma carta ao pai, o músico Fernando Tordo, que aos 65 anos emigrou para o Brasil. Faço alusão à carta por dois motivos: porque se trata, como é dito no Público, de um testemunho comovente e porque, tendo João Tordo participado num blogue apatetado de apoio a Passos Coelho, revela o crescente isolamento do Governo. Eis um excerto da carta:
- ‘(…) Os nossos governantes têm-se preparado para anunciar, contentíssimos, que a crise acabou, esquecendo-se de dizer tudo o que acabou com ela. A primeira coisa foi a cultura, que é o património de um país. A segunda foi a felicidade, que está ausente dos rostos de quem anda na rua todos os dias. A terceira foi a esperança. E a quarta foi o meu pai, e outros como ele, que se recusam a ser governados por gente que fez tudo para dar cabo deste país - do país que ele, e milhões de pessoas como ele, cheias de defeitos, quiseram construir: um país melhor para os filhos e para os netos. Fracassaram nesse propósito; enganaram-se ao pensarem que podíamos mudar.
Não queremos mudar. Queremos esta miséria, admitimo-la, deixamos passar. E alguns de nós até aí estão para insultar, do conforto dos seus sofás, quem, por não ter trabalho aqui – e precisar de trabalhar para, aos 65 anos, não se transformar num fantasma ou num pedinte – pegou nas malas e numa guitarra e se foi embora. (...)’
ResponderEliminarMais palavras para quê?
o tordo apoiou o passos? pateta mesmo...
ResponderEliminarMais um esquerdalha que quer ir reformar-se para os trópicos. Aproveita o momento da sua ida para fazer a agenda política de um certo e determinado número de piegas que vamos ouvindo há mais de 2 anos nas televisões, jornais, revistas. rádios.
ResponderEliminarOs piegas e "viuvos" do regime 25A e do ex-regime socrático.
Aì toda a porcaria ia sendo feita ao País mas não incomodou ninguém.
Achará o Snr. TOrdo que tem 200 euros de reforma por culpa deste governo?
afinal a geração que fez o 25A o que fez neste quase 40 anos para mudar o rumo do País?
Nada. Zero. Deixaram que fossemos cantando e rindo, alegremente endividando-nos e pensar no futuro de filhos e netos tá quieto.
Foi o País que a geração do 25 construiu e não quer deixar mudar.
Se está mal então faça favor de mudar-se! Que o Brasil do PT o receba. Nesse País à beira de entrar numa crise gravissima por causa do tipo de políticas socialistas do Senhor Lula e da Presidenta à laia do que fizémos por cá. Que o brasil petista o receba bem!
Ao anónimo das 15:00 : isso é que é ter jeitinho para fazer conversa de café com imperial à frente, e digo-lhe que é algo que os leitores deste blogue aperciam imenso ! Cumprimentos
Eliminaro fascistazinho das 4:15 tem resposta lá na carta do moço, mas como Goebbels, mal lhes falam de cultura, os alarves imediatamente puxam da pistola:
ResponderEliminar"Muita gente se despediu com palavras de encorajamento. Outros, contudo, mandaram-no para Cuba. Ou para a Coreia do Norte. Ou disseram que já devia ter emigrado há muito. Que só faz falta quem cá está. Chamam-lhe palavrões dos duros. Associam-no à política, de que se dissociou activamente há décadas (enquanto lá esteve contribuiu, à sua modesta maneira, com outros músicos, escritores, cineastas e artistas, para a libertação de um povo). E perguntaram o que iria fazer: limpar WC e cozinhas? Usufruir da reforma dourada? Agarrar um "tacho" proporcionado pelos "amiguinhos"? Houve até um que, com ironia insuspeita, lhe pediu que "deixasse cá a reforma". Os duzentos e tal euros.
Eu entendo o desamor. Sempre o entendi; é natural, ainda mais natural quando vivemos como vivemos e onde vivemos e com as dificuldades por que passamos. O que eu não entendo é o ódio. O meu pai, que é uma pessoa cheia de defeitos como todos nós – e como todos os autores destes singelos insultos –, fez aquilo que lhe restava fazer.
Quer se queira, quer não, ele faz parte da história da música em Portugal. Sozinho, ou com Ary dos Santos, ou para algumas das vozes mais apreciadas do público de hoje – Carminho, Carlos do Carmo, Mariza, são incontáveis –, fez alguns dos temas que irão perdurar enquanto nos for permitido ouvir música."
... Esta é a gramática típica dos boys* da escola do RMD do 31, ainda há dias ele a disse. Livra que nem aqui se está a salvo de comentários de m. (e eles no CC até são moderados, imagine-se).
ResponderEliminar* Talvez de um *empreendedor* aborrecido que escreve tudo em caixa alta (e depois emenda, daí as que escapam).
O anónimo das quatro e um quarto não tem coração. Não pode ter, quem escreve coisas daquelas.
ResponderEliminarAo pedregulho das 4 e um quarto: se há "viuvas do 25 de Abril", é porque alguém o matou, para sua alegria.
Olhe, vá à merda.
O que dói são os pais terem que sofrer com as patetices dos filhos.
ResponderEliminarO anónimo acima escoiceado não é deste mundo. Deve ser um zombie. A Grécia, Espanha, Itália, a Irlanda e outros do clube europeu, que estão a pagar o roubo dos escroques (veja-se o caso do BPN). E pergunta o zombie por que nada foi feita para proteger os filhos (de quem?). É a conversa da treta, a forma e a calibragem do passismo e sus muchachos. Afundaram este país, e agora trauteiam a canção do bandido.
ResponderEliminarArranjem um hospício.
Caro Miguel,
ResponderEliminarFiquei sabendo que o tordo filho apoiou passos tal como tordo pai combateu Sócrates contribuindo alegremente para a situação actual de que se queixa.
Todos nos lembramos do tordo pai, encavalitado na estátua do Marquês Pombal, feito bandeira revolucionária, cantando a 'tourada' na manif dos ...deolindos, homens da luta e etc, incluindo cavaco que havia, na véspera, incitado todos à manif e à revolta.
O tordo pai usou toda a sua liberdade para ajudar a derrubar um governo democrático que estava mudando Portugal como deve ser e não pelo empobrecimento. O tordo pai revelou com essa actitude que percebe tanto de política séria como o tordo filho que apoiou passos e como agora demonstra indo para o Brasil a choramingar e deixar o tordo filho a choramingar pelo pai.
Irá ele cantar novamente as suas canções de contestação e revolucionárias para derrubar o governo do Brasil e eventualmente vir a ter, como exige o BB, o governo que lhe prometeram?
ó jose neves, e o teu Vitorino apoia quem?
ResponderEliminarhttp://obeissancemorte.files.wordpress.com/2014/02/1661117_10152218797003390_778043327_n.jpg
Sorry, mas desde ontem que a minha memória não consegue alcançar o que se diz no post sobre o João Tordo (e que contribui para alguns leitores fazerem terríveis elacubrações estilisticas inter-geracionais sobre o que é a *linha justa* de quem esteve, ou não esteve, na rotunda do marquês).* Qual é o blog, alguém sabe?
ResponderEliminar* Eu não estive nessa *do PR* por decisão pessoal mas parti também do marquês com amigos/as na manif dos indignados e, depois, nas do QSLT que acabaram na praça de Espanha. Coerentemente e livremente, se é permitido.
Coitado, foi forçado a emigrar para o brasil!!
ResponderEliminar200 € de reforma!! É uma vergonha e confere-lhe uma péssima imagem. Então como é que alguém que chegou a ganhar mais em meia duzia de concertos do que eu hei-de ganhar em toda a minha vida, tem apenas 200 € de reforma? Borrifou-se para o futuro? Os burros é que fazem descontos, não é?
Não me f..... lixem!!
O snr. Tordo e o jornalismo militante da esquerda que acham que vendem barretes todos os dias como querem e lhes apetece, esquecem-se que hoje podemos consultar tudo e fomos consultar o portal base e o que descobrimos:
ResponderEliminar"A Stardust Produções, Lda é uma empresa portuguesa com CAE 82300 – Organização de feiras, congressos e outros eventos similares. Foi constituída em 11/04/2008, conta com 1 empregado e tem como sócio-gerente Fernando Travassos Tordo.
À Stardust Produções, Lda foram adjudicados 207,100.00€ por ajuste directo, desde Setembro de 2008, para realização de espectáculos do artista Fernando Tordo. Só para municípios foram 159,600.00€ (Portimão, Montijo, Mangualde, Vila Nova de Cerveira, Covilhã, Ponte de Lima, Abrantes, Matosinhos, Almada, Lamego). Nada mau para quem editou o último disco há 13 anos."
O tordo e o jornalismo mentiroso acabou de ser apanhado na curva. Mais uma operação política abortada.
Mais valia terem estados caladinhos e terem-se deixado de lamechices com o Snr. Tordo.
Aqui fica o link para quem queira ver.
http://blasfemias.net/2014/02/20/o-problema-do-capitalismo-e-cairem-como-tordos/
Amigo abrantes felizmente não estamos na Venezuela!!!!
... Ops!, parece que o Blasfémias é um daqueles blogs que têm um amanuense ao serviço que vai espalhando as novidades pelas vozes da contra-corrente. Li-o e o post é do Vítor Cunha, um rapaz monárquico, que, desde ontem, se percebe que ficou muito agitado com o João Tordo. Se esse rapaz também de *espírito ganhador* soubesse ler não se tinha esquecido de escrever três coisas fundamentais (para saber escrever sobre o que se leu é necessário primeiro saber ler, não?): tem toda a lógica que a empresa do FT faça um *ajuste directo* porque está em causa um espectáculo do... FT (nota de rodapé, ou asterisco!); afinal, o tipo fez mesmo o pleno do cromatismo político porque estão ali autarquias do PS, PSD, PCP e até do CDS; e que, em média, o tipo fez dois concertos por ano. Dois (sublinhado meu).
ResponderEliminar«[...] liberal (condição sine qua non), azul e branco na cor (uma opção a que subjaz espírito ganhador) e sabe escrever, a sério e a brincar, sempre rico em conteúdo.»
No Blasfémias (sobre o rapaz que não entende as coisas do David Bowie).
OA empresa do FT cujo sócio é ele e tem 1 empregado pode fazer os ajustes directos que quiser. Não pode é vir queixar-se de ser miserável com uma reforma de 200 € e pouco ais, quando recebeu milhares, do dinheiro dos contribuintes no tempo de regabofe pré-troika.
ResponderEliminarNessa altura é que o sehor Tordo que em 2005 já tinha feito uma entrevista do género dizendo que em ortugal ninguém liga à cultura, devia ter estado preocupado com o regabofe que ia neste País com o dinheiro dos contribuintes. Devia ter-se preocupado com o endividamento do País e pensado mais no seu filho João.
Mas não. Pensou nele, aliás como a geração toda que anda aos gritos.
Sò não percebo uma coisa, é porque é que Tordo não diz que na realidade as reformas de 200 e poucos euros não foram cortadas na terrível austeridade.
Pois é!
Coitadinho para não se tornar num pedinte....
ResponderEliminar..."irá trabalhar com dois amigos que estão a construir um empreendimento no Recife. "Irei tratar das atividades culturais e artísticas ligadas ao empreendimento e em simultâneo tentar divulgar a minha música feita em meio século", disse Fernando Tordo ao Portugal Digital."
O Tordo assusta os neonazis do Blasfémias, que alguns trafulhas trazem para aqui como se fosse credível e não como a cloaca máxima de assessores a soldo que realmente é.
ResponderEliminarOLha olha, neo-nazis do Balsfémias. Parece que o jornal i resolveu informar-se e publicou a patranha escondida por outros jornais sobre o Tordo. Vem na capa e tudo. Só falta agora chamarem ao jornal i neo-nazi. Seria hilariante, principalmente sabendo que a sub-directora é a Ana Sá Lopes.
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