segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Sol censura alusão a cadastro do governador

Site do Sol (ou pesquise-se no Google através do título da crónica:
Nem o governador do Banco de Portugal escapa”)
Luís Osório teve o desplante de escrever na Tabu, revista do outrora luminoso Sol, sobre o governador do Banco de Portugal. Os talibãs do semanário não gostaram e não publicaram a crónica no site. Osório mostrava-se surpreendido no artigo com o facto de o governador do Banco de Portugal — ao qual incumbe a supervisão das instituições financeiras — ter omitido do seu curriculum ter trabalhado 26 anos no BCP (e no BPA absorvido pelo BCP), tendo sido o director-geral da área internacional quando nasceram como cogumelos os off-shores do banco.

O que é mais engraçado é que o próprio Luís Osório omite a fase em que Carlos Costa se dedicava a carregar os tacos de golf de João de Deus Pinheiro por esses campos da Europa fora.

Eis um excerto da crónica censurada na Tabu de 17 de Janeiro:
    ‘(...) Numa página A4, um currículo feito de lugares e influência, excelente currículo por sinal: Banco Europeu de Investimento, Universidade Católica, Universidade de Aveiro, Banco Central Europeu, Comité Europeu de Risco Sistémico, Caixa Geral de Depósitos, Caixa Geral de Aposentações, Banco Nacional Ultramarino, Banco Caixa Geral (Espanha) e Unibanco Holdings. A estas ilustres passagens juntou participações em Conselhos Superiores e uma condecoração com a Ordem Infante D. Henrique.

    Verdadeiramente espantoso.

    É que o governador do Banco de Portugal esqueceu (ou alguém por ele) o seu vínculo ao Banco Português do Atlântico, iniciado em 1978. Do banco fundado por Cupertino de Miranda transitaria para o BCP, após a OPA em meados da década de 1990 - ali desempenharia as funções de director-geral com a coordenação da área internacional do Banco Comercial Português.

    Pediu a demissão do BCP, ainda a Jardim Gonçalves, no dia 8 de Abril de 2004 para aceitar o cargo de administrador da Caixa Geral de Depósitos. Esteve portanto, se as contas não me falham, vinte e seis anos (26) ligado ao BPA/BCP, ainda que tenha desempenhado comissões de serviço em instâncias europeias durante parte desse tempo, nomeadamente entre 1986 e 1999.

    Provavelmente, em algum momento da sua vida, Carlos Costa falou com indignação das fotografias de Estaline - em que este mandava apagar pessoas da fotografia, como se elas nunca tivessem existido. O princípio, infelizmente, é o mesmo. O governador apagou 'apenas' 26 anos da sua vida, talvez para evitar ficar associado ao caso das off-shores que levou a julgamento os principais administradores do BCP - Carlos Costa, pelas funções que ocupava, tinha a assinatura em vários documentos do processo, um incómodo. (...)’

4 comentários :

  1. Isto é uma gatunagem de "grandes senhores" do roubo e dos crimes financeiros em prejuízo das classes média baixa e miserável. É assim que temos a sociedade organizada, com o sistema de justiça quase totalmente à margem. O PSD-CDS são a organização que estabelece as regras e as fiscaliza nesse sentido, sempre em nome da (falsa)democracia! Até quando? Quando o PS está entregue a um deles... QUE FAZER?

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  2. http://www.bportugal.pt/pt-PT/OBancoeoEurosistema/Esclarecimentospublicos/Paginas/Governador.aspx

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  3. soudocontra;

    O que fazer? Votar nas listas do PS nas europeias e correr com Seguro.

    Pelo contrário, temo bem de que muitos que se dizem socialistas, votem em Marinho Pinto, Nicolau Breyner ou no BE.

    Depois não se queixem.

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  4. Só agora é que se fala disto ? rsrsrsr então não viram/ouviram ou leram, Arguídos do caso BCP, a afirmar que CARLOS COSTA, também deveria estar ali ? sabem onde é ali (?!)...Por isso se esconde o passado...
    NB: Quem disse que só à paulada ?..

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