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O momento em que o Portas-do-partido-do contribuinte era confrontado, no Parlamento, com o «enorme aumento de impostos», perante o ar divertido do parceiro |
O PSD, que esteve desde o início até ao fim do processo envolvido na aquisição dos submarinos, conseguiu, perante a opinião pública, alijar as suas responsabilidades nesta dupla contratação. Com efeito:
- • A iniciativa para a aquisição de três submarinos coube ao último governo de Cavaco Silva, mesmo ao cair do pano, através de despacho conjunto, assinado a 12 de Setembro de 1995 por Figueiredo Lopes, ministro da Defesa, e por Mira Amaral, ministro da Indústria e Energia.
• A decisão de aquisição dos dois submarinos foi tomada num Conselho de Ministros realizado em 6 de Novembro de 2003, presidido por Durão Barroso, era Paulo Portas ministro da Defesa.
Vá-se lá saber porquê, Paulo Portas, um homem com enorme experiência nos media, deixou colar-se-lhe à pele a ideia de que a aquisição dos submarinos foi obra sua.
Seja assim ou não, a verdade é que este assunto mantém o vice-pantomineiro na corda bamba. Por isso, no dia em que o Correio da Manha recebe munições para atirar sobre Paulo Portas e ele é ouvido pelo Ministério Público precisamente no âmbito do processo dos submarinos, nada poderia ter sido mais oportuno do que ouvir o alegado primeiro-ministro dizer em pleno debate parlamentar: «Poupámos muitos submarinos aos portugueses».
Depois de ter metido Paulo Portas no bolso, Passos Coelho decidiu humilhá-lo, como quem diz: eu sei que tu sabes que eu sei. O fim desta coligação não vai ser bonito de se ver.
Dando como boa esta análise, mesmo assim, tenho fundadas dúvidas que PPC ainda que aconselhado por terceiros tenha inteligência suficiente para poder dar caneladas a PP.
ResponderEliminarQue PP esteja refém de Belém e do PSD, disso não temos dúvidas, mas está são e salvo do MP e é isso é que interessa.
E esta alegada humilhação feita pelo alegado primeiro-ministro ao vice-pantomineiro impregna-se perfeitamente bem na sua pele, habituado que está, há décadas, às maiores cambalhotas circenses, sem que das mesmas resulte qualquer mossa.