O Telejornal do antigo vereador laranjinha, Gonçalo Reis, tem agora todos os dias um cantinho da coligação sem direito ao contraditório. Minutos depois da peça sobre o debate quinzenal, o Telejornal do canal público decide autonomizar uma parte da intervenção do alegado primeiro-ministro no mesmo debate quinzenal, pondo em destaque que «Passos Coelho acusa o PS de contradição sobre o IMI»:
- «[No IMI] Nós cumprimos a nossa obrigação protegendo aqueles que devem ser protegidos. Não caímos em contradição, essa aconteceu quando do lado do PS se sugeriu que era importante prolongar a cláusula de salvaguarda que é justamente o que vai permitir a redução do IMT, que por exemplo a Câmara Municipal de Lisboa decidiu que era importante manter».
Não há aqui contradição nenhuma, a não ser a habitual confusão discursiva de Passos Coelho. Veja-se:
Quanto à «protecção daqueles que devem ser protegidos», estamos conversados. Segundo os representantes dos proprietários, os aumentos do IMI podem chegar aos 500%. Uma bomba-relógio. Foi por isso que, num contexto de dificuldades em que vivem as famílias, a maioria das quais constituídas por pequenos proprietários, o PS defendeu o prolongamento da cláusula de salvaguarda do IMI (imposto municipal sobre imóveis).
Por outro lado, relativamente ao IMT (imposto municipal sobre as transmissões onerosas de imóveis), Passos Coelho baralhou-se (uma hipótese plausível) ou actuou de má-fé (outra hipótese plausível). A Câmara Municipal de Lisboa não defende nem a «manutenção da redução» (introduzida pelo governo na lei) e muito menos a sua eliminação. A haver contradição, ela só se verifica mesmo no discurso do alegado primeiro-ministro, sabendo-se que o IMT é uma importante fonte de receita dos municípios e que não pode ser simplesmente eliminado sem uma contrapartida.
De resto, para comprovar a falta de atenção (e até de desprezo) de Passos Coelho em relação às famílias que passam por enormes dificuldades, a pergunta que se impõe é esta:
- Se o alegado primeiro-ministro entende que há folga para reduzir impostos, não há opções bem mais evidentes e socialmente mais justas do que eliminar o imposto que incide sobre as transacções imobiliárias?
Nem formar uma frase com sentido esse energumeno sabe...
ResponderEliminarQue raio fez este povo para merecer tão pesada cruz?
Depois desta gente ser forçada a sair ( que por eles ficavam lá para sempre) há que limpar também o lastro de porcaria que tiverem deixado nos ministérios e na função publica.
O PS terá coragem de fazer isso?
Podemos financiar esses despedimentos ( sim despedimentos que realmente são necessários) com o dinheiro que se tirar das chulas das ISSPs privadas.