segunda-feira, abril 06, 2015

Lisboa em boas mãos


• J.C. Castelo Branco e André Salgado, Lisboa em Boas Mãos:
    «(…) Augusto Santos Silva, então ministro da Educação, testemunha uma faceta menos conhecida de Fernando Medina, mas não menos reveladora da sua personalidade. “Acontece que fomos contemporâneos na Faculdade de Economia do Porto, na transição dos anos 80 para os 90, quando o Fernando aí fez a sua licenciatura em Economia. Não fui seu professor, mais conheci-o bem do ambiente da escola e do movimento estudantil, de que era um dos dirigentes. Ora, quer na licenciatura, quer no mestrado (que fez depois em Lisboa), a sua compreensão da economia foi sempre como uma ciência social”. O que, segundo Augusto Santos Silva, “quer dizer duas coisas: que deve dialogar com outras, como a história ou a sociologia; e que deve estudar problemas concretos das sociedades, e não formalismos abstratos mais ou menos imaginativos”. Depois, acrescenta, “sempre que colaborámos ao longo da vida profissional e política - e tem sido frequente isso acontecer - pude sempre constatar que essa visão ampla e ligada ao concreto da economia nunca o abandonou. Eis uma grande qualidade, que, acreditem-me, lhe vai valer de muito, como presidente da Câmara Municipal de Lisboa”. (…)»
• Paulo Pena, Fernando Medina: o rosto da “tranquila renovação geracional” do PS:
    «O anúncio dizia: “Perdeu-se um álbum de fotografias”. No dia 10 de Março de 1973, no comboio entre Lisboa e o Porto, acrescentava a breve nota, publicada no jornal O Século. A mensagem escondia um código. Edgar Correia, funcionário clandestino do PCP, que vivia em Setúbal desde Novembro do ano anterior, 1972, com o pseudónimo António, ficou a saber que era pai. De um rapaz. (…)»

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