segunda-feira, setembro 26, 2005

Resposta ao leitor José


Caro José:

Não sabemos por que está melindrado. Lemos e relemos este post e não encontrámos motivo para se sentir ofendido. Se isso decorre do facto de termos chamado a atenção dos leitores para o estilo da sua escrita, não nos parece que isso possa constituir uma ofensa: nem todos nasceram para lidar com as palavras (e só nós sabemos o que custa escrever um post…). E a verdade é que, às vezes, não é fácil perceber o que quer transmitir.

Mas, se o que apelida de escarro é o teor dos posts do CC, então a conversa muda de figura: em lugar de fazer insinuações sem as fundamentar, enuncie uma só situação em que tenhamos errado — ou mentido. Até V. ganharia com isso: não transmitiria a ideia de que se está a contorcer na praça pública só porque quer afincadamente manter privilégios que, nas actuais circunstâncias, são intoleráveis.

Repetimos o desafio: indique uma situação concreta em que tenhamos errado – ou mentido. Não é, de resto, a primeira vez que lhe lançamos o desafio. Admitimos poder errar. Mas, até agora, V. ainda não nos confrontou com nenhum erro — muito menos, com uma falsidade.

As centenas de leitores diários do CC vêem neste blogue uma forma de conhecer melhor os meandros das corporações e dos lóbis que tolhem a nossa sociedade. Isso deve-se a que falamos verdade – e, sobretudo, que lhes damos dados para serem os leitores a tirar as suas próprias conclusões. Como deve calcular, não são os seus comentários — alguns dos quais desprestigiantes para os próprios magistrados — que trazem leitores ao CC.

PS: Tal como nós, os leitores percebem que V. não respondeu ao post anterior, tendo optado por disparar em todas as direcções para levantar a poeira do chão. Era assim no far west, quando os bandoleiros se viam obrigados a proteger a sua saída do saloon. Nada de novo, portanto, a oeste.

14 comentários :

  1. Começam a ser deprimentes estes estaladões, como dizia outro leitor ontem, ao José. Mas ele levanta-se ..... e a luta continua ! É um sempre em pé ..... como eu seria se tivesse os previlégios dele .....

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  2. Mas para verem o nivel deste José, só lendo os comentários deste Post lá dos Limianos. Atenção aos leitores mais sensiveis, e ai de quem contrarie os rapazes, lêam com atenção e vejam o nível deste José, que aliás a partir de certa altura comenta o comentário como anonymous:

    http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/2005/09/ignorncia-do-ministro-da-justia.html#comments

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  3. Lá estão os senhores (?) deste blog a tentar respostas, polémicas... que só lhes dão mais visibilidade...
    Simples é não embarcar nisto...

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  4. Meu caro Miguel Abrantes:

    Nada tenho de pessoal contra si. Se me lembro bem escrevi um postal em que aludi a mulas da corporativa...e expliquei porquê. Não quero por isso mesmo que o ápodo lhe assente.

    Quanto a ofensas pessoais, também não as vejo no postal que escreveu.

    Quanto a falsidades, V. acha que o juiz de Coimbra e que agora é Conselheiro, puxou da pistola para passar à frente da fila no Multibanco?!!
    Quem lhe contou essa?
    Escusado seria escrever, como escreveu, que sou um magistrado de turno no blog da Loja. Não sou magistrado de coisa nenhuma enquanto escrevo por lá ou por aqui e só um mentecapto não entenderá porquê.

    Quanto à escarradeira, ela existe. Está aí acima no nível desses comentários que pode ler.
    É só a essa a que me refiro e por isso, retiro-me o quanto antes, por causa do fedor da cobardia.

    Continuarei a dar atenção ao que escreve, embora continue a pensar que escreve enviesadamente; com tendência para o caceteirismo sectário, mas ainda assim com utilidade.

    A verdade das situações da função pública em geral, pode encontrar-se na exposição destes assuntos.

    É pena, porém, que não estenda a análise àquilo que ainda falta e que não se restringe aos magistrados e vai muito para além da mera aparência.

    V. não compreende a natureza da magistratura e por isso a amálgama que faz entre privilegiados é sempre a abrir e ao insistir em malhar nesse ferro frio, perde a noção do terreno onde pisa.

    Fico por aqui.
    Pode ser que lhe responda lá do sítio onde escrewo.

    Aqui- nunca mais. Acredite quem quiser.

    E swe puder deixar de me dar tanta atenção, agradecia. Sou um simples josé que escreve em lojas.

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  5. ________________


    Caro José:

    Não sabemos se é magistrado (nem julgamos que isso tenha qualquer relevância). A expressão que reproduz, acredite, resulta apenas de ser o blogger que, na Grande Loja, faz a defesa dos pontos de vista dos magistrados relativamente às suas regalias profissionais. De resto, fique sabendo que o único comentário apagado neste blogue se referia exactamente a si (supostos elementos para a sua identificação). Achámos isso intolerável — e, enquanto não aprendemos a eliminar comentários, fechámos aquela caixa de comentários.

    Ainda bem que não nos inclui no que apelida de escarros. Entendemos, até ver, que vale a pena apostar na liberdade de expressão — muito embora daí possam resultar exageros (que têm as mais diversas proveniências).

    Ao contrário do que possa supor, nada temos contra os magistrados. Como também nada temos contra os militares, os farmacêuticos, os banqueiros, os autarcas, os construtores civis e por aí fora. Mas, quando depararmos com privilégios inadmissíveis na hora actual, ou quando tivermos conhecimento de manobras dos lóbis, haveremos de os denunciar. É pouco? É, mas é também a forma que encontrámos para nos manifestarmos.

    Faça como entender. Nós procuraremos continuar a lê-lo, nem que seja na Grande Loja.

    Abraço do

    Miguel

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  6. Antes de mais, a minha declaração de interesses: não sou magistrado nem funcionário público.
    A denúncia de situações de privilégio de qualquer coproração deve ser denunciada e, para isso, é bom que exista um blog.
    Mas é preciso identificar bem tais situações de privilégio e demonstrar que as mesmas são realmente situações de privilégio, isto é, que são injustificadas.
    Atirar para o ar que os juízes ganham isto e aquilo, e têm acesso a este e àquele subsistema de saúde, sem tentar perceber se há alguma razão para que assim seja, não é denúncia de privilégios. É só demagogia.

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  7. Nos países desenvolvidos os juízes ganham muito bem. E têm muito boas condições de trabalho. Em Portugal penso que é ao contrário. Pelo que conheço é até muito ao revés.
    E se o Bush ou outro dissesse o que disse o PM apanhava nas orelhas porque estaria a minar a confiança nas instituições. Aqui é o bota abaixo partidário do costume.
    Ainda estou para perceber quais são os ditos privilégios corporativos. Ganham uma percentagem dos advogados? Têm mais carros de serviço que o sr. secretário da justiça? Têm dois salários? Ainda só ouvi falar em vencimentos e segurança social (que até era também dos funcionários da AR). Não percebo que isso seja qualquer privilégio. Só se for ter que lidar com as leis port. que serão muito "retorcidas", quase de certeza. Pelo que vi dos trib. port. são lugares terríveis para se trabalhar.
    Olhando à honestidade dos homens dos partidos em Port. devem andar à procura de "lugares" para colocar alguém da cor. Acho que só falta chegarem aí (empresas, administ., etc já está). Recuso (apesar da tese da vendeta circular) acreditar que a "lapidação" dos juízes tenha a ver com algum "atrevimento" recente contra gente da "corporação".

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  8. Ao último anónimo que está à nora:

    leia este blogue do principio ao fim que percebe quais são os previlégios.

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  9. privilégios, o caralho!!!

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  10. estaladoes de luva branca e' o que e'

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  11. Meu caro Miguel Abrantes:
    Apenas para lhe dizer que continue, nesta e noutras matérias, porque em tempos de vazio são importantes as vozes cheias.
    E já agora, a talhe de foice, lembro-me de um velho ditado que diz: "A caravana passa e "os ditos" (para ser "urbano") ladram!
    Em frente, pois...

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  12. Há muitas formas de se mentir.
    Uma delas é dizer-se isto...
    «É nossa convicção que os magistrados judiciais e do Ministério Pública não cumprem a lei fiscal, porque: — não está a ser tributado o benefício da utilização da casa de habitação mobilada»
    ... sem se dizer que esta casa de função não é gratuita.
    É cobrado aos magistrados da comarca, quer vivam na casa, quer não, uma renda livremente fixada pelo Ministério da Justiça - que, fruto da falta de actualização ao longo dos anos, é hoje muito baixa, como tantas rendas em Portugal.
    Aos magistrados judiciais não é concedida uma casa de função. Aos magistrados judiciais é concedida uma casa que estes arrendam ao MJ.

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  13. Há muitas formas de se mentir.
    Uma delas é dizer-se isto...
    «É nossa convicção que os magistrados judiciais e do Ministério Pública não cumprem a lei fiscal, porque: — não está a ser tributado o benefício da utilização da casa de habitação mobilada»
    ... sem se dizer que esta casa de função não é gratuita.
    É cobrado aos magistrados da comarca, quer vivam na casa, quer não, uma renda livremente fixada pelo Ministério da Justiça - que, fruto da falta de actualização ao longo dos anos, é hoje muito baixa, como tantas rendas em Portugal.
    Aos magistrados judiciais não é concedida uma casa de função. Aos magistrados judiciais é concedida uma casa que estes arrendam ao MJ.

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  14. Ó Miguel Abrantes, se você quer realmente combater os lobbies deste País, como diz, já pensou em começar pelo lobbie gay? Comece por aí e vai ver que tem muito com que se entreter!...
    Aliás, ao que penso, devemos começar sempre por cima, está-me a entender?.........
    Razão tinha o Candal!....

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