Os últimos tempos têm sido terríveis para o procurador-geral da República. Souto Moura, que chamara a si a condução do processo Casa Pia, averbou um desaire, dificilmente explicável, com a deliberação relativa ao caso Paulo Pedroso — ainda mais contundente pelas razões aduzidas no acórdão do Tribunal da Relação. Soube-se depois que, no processo Portucale, um dos arguidos, o ex-ministro Nobre Guedes, ainda não foi ouvido, decorridos seis meses de investigação. Logo a seguir, a divulgação do relatório sobre as actividades da Procuradoria-Geral da República em 2004 [ao qual voltaremos em breve] revela uma instituição que se esgota nas tarefas burocráticas de arquivo de processos. Quando se poderia esperar a apresentação do pedido de demissão de Souto Moura, eis que o Expresso publica (aliás pela segunda vez) uma manchete sobre matérias que deveriam estar em segredo de justiça. Descubra o leitor de quem são as impressões digitais da mão que violou o segredo de justiça.sábado, novembro 19, 2005
Descubra você mesmo as impressões digitais na manchete do Expresso
Os últimos tempos têm sido terríveis para o procurador-geral da República. Souto Moura, que chamara a si a condução do processo Casa Pia, averbou um desaire, dificilmente explicável, com a deliberação relativa ao caso Paulo Pedroso — ainda mais contundente pelas razões aduzidas no acórdão do Tribunal da Relação. Soube-se depois que, no processo Portucale, um dos arguidos, o ex-ministro Nobre Guedes, ainda não foi ouvido, decorridos seis meses de investigação. Logo a seguir, a divulgação do relatório sobre as actividades da Procuradoria-Geral da República em 2004 [ao qual voltaremos em breve] revela uma instituição que se esgota nas tarefas burocráticas de arquivo de processos. Quando se poderia esperar a apresentação do pedido de demissão de Souto Moura, eis que o Expresso publica (aliás pela segunda vez) uma manchete sobre matérias que deveriam estar em segredo de justiça. Descubra o leitor de quem são as impressões digitais da mão que violou o segredo de justiça.
Senhoras e senhores
ResponderEliminaré só para anunciar que no ano em curso foram findos 23481678 processos. Prescreveram.
Mas nem tudo foi mau. A mãe da Joana foi condenada.
Segredo de justiça? É melhor acabarem com ele.
ResponderEliminaro gato constipado é muito divertido
ResponderEliminarCom todo respeito que me merece a figura do sr. Procurador, a partir do momento em que o Albarran, denuncia casos de corrupção no seio da propria procuradoria e que se veio a verificar com a condenação de um alto, neste caso, "alta quadra", no seio de um orgão que deve dar o exemplo de honestidade dizia, devia ter tomado a decisão que se esperava, pelo menos eu.
ResponderEliminarOptou por se manter no lugar e isso tem sido muito mau para o país e em particular para a justiça
Enfim, uma mera opinião, pode ser que esteja a vêr mal, eu teria feito, alegando perda de confiança em quem devia aompanhar na justiça aos cidadãos
dizia: apresentar a sua demissão
ResponderEliminarO "gato constipado" é o mais incompetente PGR dos anais da história de Portugal. Só sabe "despachar" o que lhe põem à frente. Não percebe nada de gestão e, coitado, não vê um boi à frente da parede. Mas as honrarias, essas, acha que nasceram com ele, por causa dele e em função dele. Coitado, até se compreende! Mas tem que levar com o cabo da vassoura porque a sua destemperança e incompetência fazem mal a muita gente. Isto não é um jogo de feijões. Ele "brinca" a PGR, mas há muita gente que é tramada (mesmo metida na cadeia) à custa deste "divino" ser. Brincar aos "polícias e ladrões" é muito bonito. Mas este jogo é real. Destroem-se pessoas e vidas a "brincar". Dê-se-lhe um recreio numa creche e deixemos a vida para verdadeiras pessoas e não "gatos virtuais".
ResponderEliminarO Souto Moura faz ter saudades do Cunha Rodrigues.
ResponderEliminarSobre o caso que vem hoje no Expresso, porque razão continuam a existir essas transcrições? Não deveriam ter sido apagadas, já que elas não são matéria atinente ao caso?! Não é isso que deve ser feito? Fica a pergunta.
ResponderEliminarO segredo de justiça não funciona neste caso mas existe para não deixar tributar os bancos. Esquisito ....
ResponderEliminarGajo pequenino velhaco ou dançarino. Este não tem ar de gostar do tango.
ResponderEliminarpodridão
ResponderEliminarMas em Portugal qual é o critério para a manutenção de alguém num cargo? Amores e desamores da classe política, jornalistas, lobbies instalados, opinião pública. Não há objectivos claros à partida para nada e para ninguém que sirvam para aferir da competência ou não ue sirvam de critério à sua manutenção ou não nos cargos que ocupam. Este é um dos maiores problemas do nosso país que vai sendo disfarçado com manobras de diversão e de envenenamento da opinião pública contra esta ou aquela classe profissional - dividir para reinar - esquecendo-se esta opinião pública, fraquinha, desinformada e facilmente manobrável, dos verdadeiros responsáveis, servindo os chavões o "estes são maus mas a culpa não é deles, é dos que estiveram antes" - e se não são "estes" a fazer qualquer coisa os "próximos" dirão o mesmo e continuaremos na mesma - ou o "estes são maus mas os outros não fariam melhor" - não ser muito mau e manter-se no mau já não é mau... O BOM já é algo de outra galáxia e defende-se este ou aquele partido como se de futebol se tratasse, ao nível da simpatia das cores. Nos serviços públicos também não há objectivos institucionais para cada organismo, bastando aos seus dirigentes não dar muito nas vistas para irem mantendo o tachito, discursos redondinhos e vazios e umas quantas verdades daquelas do agrado de todos em relação àqueles malandros dos funcionários públicos, que há que castigar exemplarmente, ajudam no resto.
ResponderEliminarDemita-se o Sr. Souto Moura, que é realmente do pior que Portugal já viu. A culpa não é dele, o senhor já nasceu assim, uma nulidade, é de todos nós portugueses que construimos um sistema que permite a existência destas personagens. Para a PGR irá outro do mesmo calibre e, com um bocadinho de sorte, não será tão mau. É difícil, mas pode acontecer. Este texto poderia ter sido escrito quando Souto Moura substituiu Cunha Rodrigues, que também estava longe de estar ao nível do bom e não tivemos tanta sorte. Sim, que já chegámos a um ponto em que precisamos de sorte. E então? Rezamos?
A fonte da notícia é, de facto, demasiado óbvia.
ResponderEliminarE depois ainda aparecem, muito escandalizados, a dizer que não sabem como é que isto acontece e que vão abrir processos para averiguação das fugas. Tenham paciência!!! e decência!!!
o beato Souto Moura diz que não pode cumprir a lei do segredo de justiça ....
ResponderEliminarpois não, se a pudesse cumprir não havia fugas, como é óbvio.
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