Já nos interrogámos: — Ó Miguel, se tu fosses um desses que anda de beca, não te passaria pela cabeça dar uns tabefes valentes, ao virar da esquina, no Alberto Costa, até o ver lançado por terra, quando ele os integrou na ADSE? Sim, põe-te no lugar deles!
Bem, confessamos que, depois de compararmos as comparticipações dos Serviços Sociais do Ministério da Justiça (SSMJ) e da ADSE, temos de admitir que, se esta apoplexia colectiva não tem razão, é, ao menos, animada por causas que empolgariam qualquer família que pudesse recorrer a uma assistência na saúde tão benemerente.
Veja-se a situação de um internamento num hospital privado (sem cirurgia), que tenha uma convenção com o Estado. Se a diária, por exemplo, for de 150 €, a ADSE suporta 67,34 € e o beneficiário 60,16 € [Diária x 0.85 – 67,34]. Se se tratar de um beneficiário dos SSMJ, ele começa por não aceitar o internamento num hospital qualquer. Exige um estabelecimento de saúde “de topo”, cuja diária ascende a 203,30 €. Os SSMJ, ou seja, o Estado, suporta a totalidade da despesa e o beneficiário não despende nada.
Se estiver em causa um parto normal (com ou sem episiotomia), que inclua anestesia feita pelo próprio médico, a ADSE, tratando-se de um hospital convencionado, suporta 145,80 € e é exigido ao beneficiário 65,61 €. O beneficiário dos SSMJ, porque não paga nada, pode escolher um estabelecimento em que o mesmo parto custa 422,80 €.
Poderíamos multiplicar os exemplos — incidindo até nas consultas de psiquiatria (para estimular a alternância com as caixas de comentários, que estão a ficar manifestamente sobrelotadas). Mas os exemplos dados são suficientes para demonstrar que, se tivesse sido posto em causa o “‘status’ condigno” da família Abrantes, nós íamos no encalço do ministro… Agarrem-nos!
Bem, confessamos que, depois de compararmos as comparticipações dos Serviços Sociais do Ministério da Justiça (SSMJ) e da ADSE, temos de admitir que, se esta apoplexia colectiva não tem razão, é, ao menos, animada por causas que empolgariam qualquer família que pudesse recorrer a uma assistência na saúde tão benemerente.
Veja-se a situação de um internamento num hospital privado (sem cirurgia), que tenha uma convenção com o Estado. Se a diária, por exemplo, for de 150 €, a ADSE suporta 67,34 € e o beneficiário 60,16 € [Diária x 0.85 – 67,34]. Se se tratar de um beneficiário dos SSMJ, ele começa por não aceitar o internamento num hospital qualquer. Exige um estabelecimento de saúde “de topo”, cuja diária ascende a 203,30 €. Os SSMJ, ou seja, o Estado, suporta a totalidade da despesa e o beneficiário não despende nada.
Se estiver em causa um parto normal (com ou sem episiotomia), que inclua anestesia feita pelo próprio médico, a ADSE, tratando-se de um hospital convencionado, suporta 145,80 € e é exigido ao beneficiário 65,61 €. O beneficiário dos SSMJ, porque não paga nada, pode escolher um estabelecimento em que o mesmo parto custa 422,80 €.
Poderíamos multiplicar os exemplos — incidindo até nas consultas de psiquiatria (para estimular a alternância com as caixas de comentários, que estão a ficar manifestamente sobrelotadas). Mas os exemplos dados são suficientes para demonstrar que, se tivesse sido posto em causa o “‘status’ condigno” da família Abrantes, nós íamos no encalço do ministro… Agarrem-nos!
O que já me ri com a da familia Abrantes.
ResponderEliminarParabéns pelo blog.
Miguel:
ResponderEliminarNão devias pôr informação pessoal no Blog...
Ainda te arriscas a que te perguntem:
"Mas, para não ser "macartismo puro e duro e caça às bruxas (neste caso Juizes e Funcionários Públicos em geral)" pode o Miguel dizer a sua profissão...?"
Parabéns Abrantges, avança por aí. Estas são as verdades que os magistrados - que ganham mais de 5.000 €/mês e que não pagam IRS sobre o subsídio de residência de 700 € mês - andam a esconder sob as alegações de soberania e de independência. O Zé funcionário público paga. O honorável magistrado vai à borla, pagamos NÓS!
ResponderEliminarF.... Estou a ser roubado!
ResponderEliminarEu também quero ir para a CUF Descobertas ou para o Hospital Particular, e pagar zero - sem fazer qualquer desconto para esse sistema de saúde -, não vá haver um "desiquilíbrio entre direitos e deveres", não é Drs. Cluny e Coelho ? Vergonha.
ResponderEliminarEu aqui para ler aquela do macartismo mas o palerma ainda está a dormir.
ResponderEliminarQue escândalo!!!
ResponderEliminarBem me parecia que o trauma era forte.
ResponderEliminarEssa de dar tabefes ao ministro não lembraria nem a um inimputável.
Pobre família que tem um Abrantes assim.
Não me escandalizaria que isto se passasse se os senhores em causa descontassem para o sub-sistema em questão, apesar de não lhes gabar o gosto pelos hospitais privados, quase sempre pior apetrechados em aparelhos e com pessoal contratado em condições precárias e a fazerem horas extra, já estafados do horário completo que fizeram noutro qualquer lugar. Mas isto é outra conversa. No tocante ao sub-sistema de saúde, e já que querem mantê-lo, não li em parte nenhuma que nas negociações houvesse proposta por parte dos maiorais das duas corporações, ®Cluny & Coelho Corp, de descontarem para tal sistema. Tudo são direitos, os deveres ficam na quantidade de processos arquivados e não instaurados, despiciente e injuriosa realidade: estão a descredibilizar a justiça em Portugal!
ResponderEliminarTÉCNICOS DAS EMBAIXADAS GANHAM ENTRE entre 9300 e 12.900 EUROS.
ResponderEliminarPara quem anda a atacar juízes, aqui fica a bofetada ao Abrantes.
Ou será que por serem teus amigos, não falas deles ?
Ver Correio da Manhã, de hoje
Ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, vai apresentar, em Conselho de Ministros, um documento que pretende pôr fim às nomeações políticas para as embaixadas e consulados, através de um regime de concurso público para a carreira de conselheiros técnicos e adidos, avança hoje o "Correio da Manhã".
De acordo com o jornal, o chefe da diplomacia portuguesa está a fazer tudo para que o regime de concurso público seja aplicado já a partir do dia 1 de Janeiro do próximo ano.
O principal objectivo desta medida é travar os gastos salariais com um elevado número de técnicos com estas competências, cujo vencimento varia entre 9300 e 12.900 euros.
Ainda bem que se vai acabar com isso, uma vergonha, ou em breve os juízes também queriam o mesmo regime, apesar de trabalharem em Portugal.
ResponderEliminarjuízes têm o melhor sistema de saúde nos melhores hospitias. nada contra, mas NÃO à borla, não à custa dos nossos impostos e das taxas de justiça. Podem perfeitamente contratar seguros privados de saúde.
ResponderEliminarQuanto é que ganham os inspectores e sub inspectores gerais dos ministérios, para andarem por aqui a escrever em blogs?!!
ResponderEliminarNão faço ideia, mas tenho uma certeza: apenas têm direito à ADSE.
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