Paulo Sucena não se indignou com os valores do absentismo, mas proferiu declarações violentas por tais dados terem sido divulgados no dia em que os professores estão “em luta”. A greve hoje efectuada visa contestar a introdução de aulas de substituição, que se destinam a suprir as faltas dos professores: quando um docente não comparece, outro deverá ocupar o seu lugar, por forma a que os alunos não sejam deixados ao abandono. Qual seria o momento oportuno, no entender do secretário-geral da FENPROF, para divulgar o nível de absentismo? Agora, quando está a ser contestada uma medida que pretende exactamente remediar as faltas dadas pelos docentes, ou em Agosto, quando estamos todos a banhos?
ABRANTES 2
ResponderEliminarFRENPROF 0
E uma medida tão justa não deveria ter sido "discutida" com os professores...?
ResponderEliminarAliás o acordo de última hora com alguns Sindicatos comprova-o...
PS- Não sou o Fernando Martins.
3 faltas por semana. Alguém conhece algum trabalhador do sector privado que com um absentismo destes, não seja logo despedido?
ResponderEliminarGostava que se pusessem no lugar de um professor que dá uma aula de substituição. Ou talvez seja mais fácil fazer como eu, que não sou professor, que para entender isto me ponho no lugar de um aluno que vê um forasteiro entrar na sala de aula e me diz que está ali para dar a aula e que o professor não vem. Reacção mais que esperada - ai, um "feriadinho", sabia tão bem, lembram-se? - será a de fazer a vidinha negra àquele senhor desconhecido, que nem nota me vai dar. Não seria mais lógico cada escola ter animadores sociais, especializados nesta tarefa? È precisamente esta a reivindicação dos docentes nesta matéria.
ResponderEliminar"Cascar" é fácil, pensar já é mais difícil, é tão fácil seguir a onda de um discurso único contra funcionários públicos em geral e professores em particular. Carneiros há-os de várias cores.
São muitos anos habituados a 15 horas de aulas por semana, quando é. Essa é que é essa. Aulas de substituição. Claro que sim e não é preciso dar a «matéria» do professor que faltou. Basta pensar. O país está farto dos professores sebentas que só sabem dar a matéria.
ResponderEliminar15 horas por semana...? Onde...? Também quero...
ResponderEliminar"A greve hoje efectuada visa contestar a introdução de aulas de substituição"
ResponderEliminarsubstituir "a introdução" por "o não pagamento"...
Ontem era um dia mau para o divulgar ? Antes de ontem, a semana passada ?
ResponderEliminarO PS aprendeu a técnica do Pinochet.
Voteu eu na merda deste governo
As tácticas de extrema-esquerda e de extrema-direita confundem-se...
ResponderEliminarAnónimo das 18, 09:48:52: e o que propõe então? Aulas de educação sexual? Talvez o caro anónimo das 18, 09:48:52 ainda ganhasse uma enrabadela. Os professores são pagos para dar aulas, não para brincarem a dar aulas, só para inglês ver. Dar aulas exige método, não é um improviso de entreter meninos.
ResponderEliminarSe calhar o Sucena também disse outras coisas, tais como:
ResponderEliminar"A informação divulgada hoje publicamente pelo Ministério da Educação, de que no ano lectivo 2004/2005 teriam ficado por dar entre 7,5 e 9 milhões de aulas corresponde a uma tentativa da equipa ministerial de continuar a degradar publicamente a imagem dos professores e educadores, retaliando, hoje, pelo facto de terem feito uma grande Greve.
Este procedimento do ME enquadra-se na campanha de ataque aos professores que vem desenvolvendo desde que tomou posse. Só que desta vez foram ultrapassados todos os limites: o Ministério da Educação recorre a um estudo que ainda não terminou, avança números por estimativa, e não indica os motivos pelos quais em 2004/2005 ficaram tantas aulas por dar.
Se houvesse seriedade e honestidade na divulgação da notícia, teriam de ser acrescentados os motivos de não terem sido dadas as aulas. Só que assim concluir-se-ia que em 2004/2005, muitos milhões de aulas que ficaram por dar foram consequência dos milhares de professores por colocar durante todo o primeiro período devido às trapalhadas que marcaram o concurso e a colocação de docentes nesse ano. Concluir-se-ia, ainda, que milhões de aulas que ficaram por dar foram consequência da burocracia ministerial que para colocar um professor em substituição de outro chega a demorar três semanas, colocando, por vezes o substituto quando o titular já está para se apresentar.
Estudos anteriores provam que, apesar das más condições em que trabalham nas escolas e de estarem colocados em localidades muito distantes da sua residência familiar, a taxa de absentismo docente se situa entre os 4 e os 5%. Ou seja, mais de 95% do trabalho que é atribuído aos professores e educadores portugueses é cumprido por estes colocando-os num dos lugares de topo dos grupos profissionais mais cumpridores.
A divulgação destes dados pelo Ministério da Educação, precisamente no dia em que os professores assumem de forma inequívoca o seu protesto contra as políticas do Governo e as medidas do Ministério da Educação, prova que esta equipa ministerial não olha a meios para denegrir a imagem social dos professores e educadores portugueses. Também por esse motivo a Greve teve a expressão que teve e os professores, neste dia de luta, promoveram esta grande Manifestação e prometem que a luta continua."
Subscrevo o que acabou de comentar o caro anónimo das 12:23:36 e acrescento o seguinte:
ResponderEliminarChomsky chamou a atenção para manobras deste tipo, por parte do poder e dos media! Dividir para reinar!
Ou o mesmo que dizer: colocar trabalhadores contra trabalhadores, para que não se perceba o que está por detrás das manobras políticas e essas passam despercebidas!
Esquerda ou direita confundem-se...
Tenham um bom fim de semana!
Citando a GLQL:
ResponderEliminar"O inflamado discurso governamental sobre a “captura” do Estado por certos interesses corporativos tem feito carreira. Foi apresentado como um troféu contra os «privilégios» das magistraturas e dos farmacêuticos. Foi anunciado como parte do processo de reconversão das Forças Armadas. Foi invocado contra (a pretensa falta de eficiência d) os professores. Foi pretexto contra os subsistemas médico-sociais e de aposentação e regimes contratuais do funcionalismo público. Foi esgrimido contra os movimentos sindicais em geral.
Enfim, trata-se da remendada cartilha leninista – de que o seu doméstico Vital ideólogo-mor dá mostras de não ter esquecido – de virar uma parte da população (“os facínoras do funcionalismo público, que se banqueteiam à mesa do orçamento”) contra a outra (a “dinâmica e injustiçada sociedade civil”), como forma de levar por diante propósitos que não são do interesse de nenhuma (mas serão de alguém ou de alguns). Está por saber se o Estado não estará a ser realmente “capturado” por algum grupo cujos interesses são mais nebulosos e ambíguos.
Agora, chegou a vez dos médicos. A demagogia começou desastrada, com o ministro a «enganar-se» num número (que era suposto saber melhor do que ninguém) de médicos oftalmologistas num Hospital de Lisboa, que afinal era o número total do quadro de três hospitais. Foi só o início, os médicos que se preparem para a ofensiva que aí vem contra eles. Porque, ninguém pode acreditar que tenha sido um equívoco (ou, então, o ministro não devia ser ministro). Foi uma provocação deliberada – como muitas outras já desencadeadas por este executivo – para «apalpar terreno» e tentar «ganhar o apoio da população» com mais uma medida «impopular, mas necessária», de, eventualmente, redimensionar os quadros hospitalares.
Hoje, mais do que nunca, os sectores profissionais que seria necessário e fundamental motivar, estão não só descontentes (por se sentirem desrespeitados), mas também pouco receptivos a colaborar e aderir a um (crucial) esforço nacional para melhorar a produtividade, inverter o défice orçamental, introduzir novos métodos e tecnologias de trabalho e resgatar o destino das futuras gerações.
Definitivamente, o governo parece não ter percebido ainda que de nada lhe adianta «fugir para a frente» ignorando e afrontando os sectores onde pretende (e é realmente necessário) fazer reformas. Se não conquistar a sua adesão e a sua motivação, estas nunca se conseguirão concretizar.
Para mal de todos nós, acho que já não vai a tempo de emendar a mão. O que significa(rá) (mais) quatro anos perdidos. É isso que custa mais."
As corporacoes atacam de noite quando ninguem os esta' a ver.
ResponderEliminarbandalhos que atrazam o meu pais.
Um emigrante
Ao anónimo de Nov 19, 12:01:12 AM. Esse comentário só lhe fica mal. Passou certamente dos bancos da faculdade para os bancos da escola como professor e não está habituado ao confronto de ideias. Nem a trabalhar. Tenho pena e vergonha que você seja professor. Devia era estar na a limpar sanitas. Que era aliás, provavelmente, o que lhe restava, se não fosse professor. Já que numa empresa, e com esse vocaculário, era certamente o lugar que ocupava. Não tem categoria para mais. Simplesmente nojento. E a pensar que o meu filho pode ter um miserável destes como professor...
ResponderEliminarNove milhões de horas em faltas. São estes bandalhos que estão a destruir o ensino público.
ResponderEliminarE este sobre um aposentado prematuro já leram??http://blogosocialportugues.blogspot.com/2005_11_01_blogosocialportugues_archive.html#113223646365401690
ResponderEliminarOs "bandalhos" são todos os professores, são os que faltam muitos ou são os políticos que permitiram que isto chegasse aqui...?
ResponderEliminarOs políticos não podem fazer tudo. É sempre mais fácil atirar as culpas para cima dos políticos?! Onde fica a responsabilidade individual?!
ResponderEliminarP.S. - Apesar de Politikos, não sou nem nunca fui político, esclareça-se :-)
Então atire-se a culpa para cima dos Professores - de todos...
ResponderEliminar"Qual seria o momento oportuno (...) para divulgar o nível de absentismo?"
ResponderEliminarTALVEZ QUANDO ESTIVESSE ACABADO E SE PUDESSE COMPARAR COM ANOS EM QUE O MINISTÉRIO NÃO FEZ ASNEIRA NAS COLOCAÇÕES...?
Grande Ministra, Grande Miguel... Só pérolas...
Corrigindo:
ResponderEliminar"Qual seria o momento oportuno (...) para divulgar o nível de absentismo?"
TALVEZ QUANDO o Estudo ESTIVESSE ACABADO E SE PUDESSE COMPARAR COM outros Estudos de ANOS EM QUE O MINISTÉRIO NÃO FEZ ASNEIRA NAS COLOCAÇÕES...?
Grande Ministra, Grande Miguel... Só pérolas...
Colegas, para discutir estes e outros assuntos relacionados com a educação e com os professores, visitem a Sala dos Professores em www.saladosprofessores.com!
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