"Os sindicatos da Fenprof decidiram convocar mais greve de vários dias contra as medidas governamentais relativas às "aulas de substituição" e ao alargamento do horário das escolas do ensino básico.
É evidente que os sindicatos têm todo o direito de defender os interesses dos seus membros e de lutar contra as medidas que os possam afectar. O que não se compreende é que procurem justificar a sua greve em nome de "uma escola pública de qualidade", como dizem os cartazes da referida força sindical, pois é evidente que neste caso os interesses privativos dos professores não coincidem com o interesse público na promoção da qualidade da escola pública, pelo contrário.
Com "amigos" destes, aliás, a escola pública não precisaria de inimigos!"
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
LER OS OUTROS - Quando os professores fazem gazeta
A mais recente luta da Fenfrop tem a ver com as aulas de substituição. Se estamos a ver bem a questão, só há aulas de substituição quando há docentes que faltam às aulas, havendo necessidade de outros professores substituírem os faltosos para que os alunos não se arrastem pela escola durante o imprevisto "furo". Vital Moreira escreve no causa nossa sobre as aulas de substituição. O post intitula-se Os "amigos" da escola pública:
Os profs devem há muito uma explicação ao país.
ResponderEliminarAdérito larga os comprimidos que só fazem mal ao estômago e volta.
ResponderEliminarLê-se e não se acredita. Malandragem.
ResponderEliminarO protesto pelas aulas de substituição em uma lógica corporativa, como é obvio. È que, como os professores têm de substituir o colega ou colegas que faltam sistematicamente ao trabalho e depois se encontram noutros locais á hora das aulas pode dar origem a zangas entre as comadres. E, como diz o ditado, Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades. Já viram os professores que menos faltam, ser chamados para substituir os que dão faltas todas as semanas e toda a gente sabe que estão aqui ou acolá a tratar da vidinha ou de perna traçada!!!??? Grande bronca!!. Assim como faltam e quem paga são os alunos, os pais, o país, mas continuam a receber o ordenado e os colegas a assobiar para o lado, não há problema!!!!. Mas que grande classe, esta do professores!!!!! Que brio profissional!!! Que me desculpem os professores sérios que os há, embora cada vez mais ofuscados pela seita corporativa/sindical.
ResponderEliminarO advogado do Diabo
Os "malandros" dos professores faltam, tal como os outros funcionários públicos, ou por conta das férias (num máximo de dois dias por mês) ou por doença. Esta pode ser, e é embora raramente, verificada no domicílio pelos médicos da ADSE. Quanto às aulas de substituição, perfeitamente, como não estar de acordo? Mas porque não contratar professores já que o Estado contribuíu, com os estágios que continua a financiar, para que milhares estejam hoje desempregados?
ResponderEliminarPara terminar: é tão mais fácil exigir mais dos que já cumprem e já agora enxovalhar e desmoralizar a maioria do que moralizar o sistema e aplicar a legislação que já existe!...
Aproveito para citar (e assinar por baixo) do Blog http://cronicasdalavandaria.blogspot.com/
ResponderEliminarCom pompa e circunstância o primeiro ministro anunciou ao país o alargamento das aulas de substituição ao ensino secundário. Apesar de não terem sido anunciadas contratações de animadores culturais ou auxiliares de acção educativa, certamente que se trata de mais uma medida pedagógica e não economicista... É que as faltas são, como toda a gente sabe, um dos problemas mais graves do ensino em Portugal. Mesmo quando a estatística interna exige que os professores que acompanham visitas de estudo (felizmente há cada vez menos) considerem como falta aquela velha lei da física que impede um corpo de estar em dois locais ao mesmo tempo .
É claro que utilizar os mesmos recursos humanos e fazê-los trabalhar mais sai francamente mais barato. Pelo menos para já, antes de se fazerem as contas aos esgotamentos e às depressões. É claro que os docentes portugueses têm má fama (basta ler as crónicas de homens tão decentes como o viajado MST) mas convenhamos, entre um sistema permissivo que ignora e recompensa os nulos e os medíocres, e as exigências de uma população que quer concentrar no professor ,o psicoterapeuta, o assistente social, o conselheiro matrimonial, a mãe impotente, o jurista, o médico de família, o pai ausente, o animador cultural, o monitor de tempos livres e vagamente reconhecer que ele é (sobretudo) professor e pessoa, desgasta qualquer um!
Pedagógicas foram também as reduções do pessoal docente na leccionação de "disciplinas" como Estudo Acompanhado e Área de Projecto. Mas mais do tipo punição pelo facto de não terem provocado o esperado entusiamo, nem de alunos nem de professores, nem mesmo considerando que foram introduzidas no currículo à custa das horas retiradas a outras disciplinas.... Além disso, tendo em conta a falta de professores que existe em Portugal, a medida teve um inesperado alcance social: dificultando o acesso, eliminam-se os menos empenhados!
Sou professor de educação física, de uma escola próximo de Lisboa e estou de atestado médico. Porquê? porque às tenho um horário de 26 horas semanais. às 2as feira tenho 4 horas de aulas de manhã e à tarde tenho quatro aulas de substituição, ou seja, 8 horas de aulas, permanentemente, em campo, ao frio e ao vento, porque na minha escola não há pavilhão. Estou de atestado devido ao esforço físico que fui submetido. Agora, vem o Sr Dr VM, arrotar postas de pescada.
ResponderEliminarProfessores como nós achamos que esta esquerda são uma cambada de FACISTAS.
Caro colega anónimo professor: Não se preocupe, o "Miguel" põe estes posts sobre professores para disfarçar os ataques a outro grupo profissional e para gáudio do seu "dono"...
ResponderEliminarAs melhoras e boa sorte (os professores bem precisam...).
"Com 'amigos' destes, aliás, a escola pública não precisaria de inimigos!"
ResponderEliminarTipo aquele deputado do PS que tem muitos colégios (aliás está fazer agora meia dúzia deles novos) que se gaba de ter "escolhido" um Director Regional de Educação e a que o "Miguel" se escusa de comentar e foge da temática como o diabo da cruz...?
Miguelices...
"facistas" caro professor de Educação Física? Quero agradecer-lhe o fabuloso exemplo com que nos agraciou da qualidade do ensino ministrado neste país!
ResponderEliminarErro de palmatória o anterior - às vezes os professores dão erros, csobretudo quando doentes, cansados ou a escrever apressadamente...
ResponderEliminarMas, para não cair no limbo, dizia o "Miguel":
"Com 'amigos' destes, aliás, a escola pública não precisaria de inimigos!"
Tipo aquele deputado do PS que tem muitos colégios (aliás está fazer agora meia dúzia deles novos) que se gaba de ter "escolhido" um Director Regional de Educação e a que o "Miguel" se escusa de comentar e foge da temática como o diabo da cruz...?