Há uma razão ancestral para a extensão das férias dos magistrados: as vindimas. Recrutados nas zonas rurais, a primeira quinzena de Setembro era o momento de reencontro com a terra, ao mesmo tempo que os homens das leis retocavam a contabilidade caseira. Os tempos não estão propícios à modorra, mas os direitos adquiridos conservaram-se.
Este governo teve uma lembrança que não lembrava ao diabo: reduzir as férias judiciais (que se espraiavam pelo Verão, pelo Natal e pela Páscoa) para aumentar a produtividade dos tribunais. Houve um levantamento de rancho. Baptista Coelho, o ainda presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, assaz agastado, disse ao DN: “Esta lei [que reduz as férias judiciais] é uma aberração”. António Cluny, o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, visivelmente animado, garante: "Vai ser a confusão total." Até Edgar Lopes, porta-voz do Conselho Superior da Magistratura — órgão que, note-se, representa o Estado e não os sindicatos —, após aturados estudos, é mesmo capaz de precisar o pico da calamidade que aí vem: “a maior confusão "vai dar-se na segunda quinzena de Julho"”.
Parece que os magistrados têm estado nos últimos tempos ocupados. A fazer contas. Os próprios “conselhos superiores [o da Magistratura e o do Ministério Público] já fizeram as contas e depararam-se com o facto de a lei ser "inaplicável".”
E porquê? Porque os magistrados este ano podem, por mero acaso, desatar todos a marcar férias sem interrupção, o que comprometeria a realização de turnos. Os magistrados, naturalmente preocupados com a situação da justiça, concluem que haverá outras formas de aumentar a produtividade sem reduzir as férias judiciais. Quem, no seu lugar, não defenderia com unhas e dentes esta posição?
À falta de melhor, o "miguel" repete argumentos...
ResponderEliminarTambém lavas cestos...?
Lava, lava, sobretudo em:
ResponderEliminarhttp://corporacoes.blogspot.com/2006/02/outro-que-perdeu-uma-oportunidade-de.html
Ah cão rafeiro que andas sempre as morder as canelas do Abrantes ? Tens a vacina anti-rábica meu ?
ResponderEliminarSerá que preciso, "Miguel"... Não me digas que o "Miguel" ainda não está vacinado...!
ResponderEliminarhttp://corporacoes.blogspot.com/2006/02/outro-que-perdeu-uma-oportunidade-de.html
As vindimas chamam-nos . É a nova cultura de que fala o Baptista Coelho.
ResponderEliminarÉ sempe a vindimar meu bom povo. Para destilar mordomias.
ResponderEliminarPodemos variar de tema ou é preciso migrar para um blogue decente? Sugestão ocupem-se da Mariana Cascais do VXVII constitucional
ResponderEliminarhttp://www.o-espectro.blogspot.com/
Domingo, Fevereiro 12, 2006
NÃO ACREDITA? ACREDITE
Depois de ter corajosamente afirmado que o Ocidente era o agressor no caso dos cartoons, Freitas descobriu uma ideia boiando, radiosa, nas trevas do seu espírito. Uma ideia para a reconciliação universal ou, pelo menos, para um armistício na "guerra de religiões": o futebol. O futebol, como é sabido, cura tudo. Mas Freitas pensa que ele tem sido servido em pequenas doses. Não lhe basta o "mundial", não lhe basta o "europeu". Com a sua subtileza diplomática, o homem quer um campeonato euro-árabe. Aí, sim. Com a malta toda ao pontapé, acabava a questão do Maomé. Porque será que nunca ninguém se lembrou disto?
vpv
posted by ccs at 10:23 PM 57 comments
É preciso é Rubigan 12...
ResponderEliminarÚltima Hora: Violentissima operação na blogosfera portuguesa... Zona Franca lança OPA sobre Abrupto