14 de Março não é o Dia Internacional dos Larápios (ou o dos Aceleras), mas não haverá bastões nem apitos a cirandar nas ruas. Os profissionais das forças de segurança elegeram o dia 14 para ficar em pousio. Exigem a “reposição imediata” de regalias sociais.
Já falámos das despesas com os subsistemas de saúde da PSP e da GNR. A lei era tão permissiva que não era uma tarefa árdua incluir quem quer que fosse no agregado familiar: o ex-cônjuge beneficiava, o actual cônjuge também, os sogros idem, e não era um obstáculo intransponível provar que o beneficiário titular tinha mais alguém a seu cargo.
Acresce que a despesa com medicamentos e tratamentos era suportada a 100 por cento pelo Estado (sem quaisquer limites para o número de medicamentos ou para os actos médicos). Esta situação conduziu a um empolamento dos agregados familiares dos profissionais das forças de segurança e, em consequência, a um aumento dos encargos com a saúde.
Mesmo com as alterações introduzidas, os actuais subsistemas de saúde da PSP e da GNR fariam as delícias de qualquer trabalhador do sector privado. Veja-se:
• Os filhos maiores passaram a só poder beneficiar até aos 26 anos, quando estejam a estudar;
• Deixaram de poder beneficiar destes subsistemas os familiares ou “equiparados” que tenham direito a outro subsistema de assistência (tal como acontece na ADSE);
• Tal como acontece com os funcionários públicos, que descontam um por cento do vencimento-base para a ADSE, foi agora introduzido um desconto obrigatório de um por cento sobre o vencimento-base;
• Foi alterada a comparticipação nos medicamentos, passando a estar os profissionais das forças de segurança sujeitos às regras aplicáveis no Serviço Nacional de Saúde (e também aplicáveis na ADSE) — com o Estado a suportar uma percentagem que varia entre 40 e 100 por cento (quando antes os agregados familiares dos profissionais da GNR e da PSP não pagavam absolutamente nada);
• Relativamente aos hospitais, os beneficiários titulares continuam a ter acesso gratuito nos seus próprios estabelecimentos de saúde, mas os familiares terão de pagar uma taxa moderadora.
Não sabia que este blog tinha sido promovido a departamento de relações públicas do governo.
ResponderEliminarSó falta mesmo neste comunicado a assinatura do ministro ou do secretário de estado!
Os carrinhos são bonitos
ResponderEliminarCom tanto tempo para postar, o Miguel deve ser deputado...
Quanto ao mais, continue, q'isto de ver os meus impostos servirem para pagar os medicamentos da sogra dos PSPs não tá com nada.
Já me basta ter que pagar os da minha.
Aquele amplexo
Cá o ZÉ Artolas, ja escreveu centenas de vezes neste e noutros, que a distribuição dos medicamentos deviam ter uma função mais social do que economica.
ResponderEliminarEra assim no tempo do botas cardadas.
Sou do tempo em que ía á mutua dos pescadpores do arrasto e me davam ou vendiam, a preços de bolsa, os medicamentos que o médico receitava.
Os Bombeiros da avª D. Carlos I, tambem tinha a sua farmacia que vendia e ate injecções dava aos habitantes do Bairro.
Ene exemplos podia aqui dar.
Mas como entenderam que eramos um País rico, cheio de ouro, sacrificando a classe mais desfavorecida encheram os bolsos aos Cordeiros cá do burgo.
Tás enganado Abrantes, o Cordeiro não brinca em serviço, entretanto aquilo que como impossivel dar um alvara, hoje há farmacias nos sitios em que havia tabernas.
É pedir a relação da abertura de famacias nos ultimos 10 anos ou 5.
Mas isto é um negocio da tosse e dos bicos de papagaio, enriquecendo uns á conta de quem tem reformas de miseria.
Não é justo
Sera que havera coragem politica? vejo o tempo a passar e a febre da farmacia á noite a acabar.
E o laboratorio Militar porque não funciona? mais que não seja com a pomada para os calos e lexívia para os piolhos.
Ja agora se eu preciso de 10 comprimidos qual a razão que eu tenha que comprar uma caixa de 30.
Eu que vendi tanto corta e gripe á unidade
A seguir ao petroleo, temos o medicamento sem quebras, é um maná
Caro anónimo (Sex Mar 03, 06:59:30 PM):
ResponderEliminarNem todos somos iguais. É por isso que se justifica a avaliação do desempenho. Mas não fique com problemas, porque este post foi do estilo copy & past. Está aqui:
http://corporacoes.blogspot.com/2005/09/assistncia-na-sade-foras-armadas-gnr-e.html
Aquele amplexo
Miguel
Este governo, tal como todos os outros, não está muito interessado em acabar com os lobies que lhes pagam os gastos partidários.
ResponderEliminarAliás já o Banco Mundial diz, num dos seus relatórios anti - corrupção, que os governos não são por definição anti - corrupção.
Eu iria mais longe - os governos portugueses são a legalização da corrupção.
Escrevia Henry David Thoreau, na sua obra On the Duty of Civil Desobedience:
ResponderEliminarA grande maioria dos homens serve ao Estado desse modo, não como homens propriamente, mas
como máquinas, com seus corpos. São o exército permanente, as milícias, os carcereiros, os
policiais, os membros da força civil, etc. Na maioria dos casos não há um livre exercício seja do
discernimento ou do senso moral, eles simplesmente se colocam ao nível da árvore, da terra e das
pedras. E talvez se possam fabricar homens de madeira que sirvam igualmente a tal propósito.
Tais homens não merecem respeito maior que um espantalho ou um monte de lama. O valor que
possuem é o mesmo dos cavalos e dos cães. No entanto, alguns deles são até considerados bons
cidadãos. Outros − como a maioria dos legisladores, políticos, advogados, ministros e funcionários
públicos − servem ao Estado principalmente com seu intelecto, e, como raramente fazem qualquer
distinção moral, estão igualmente propensos a servir tanto ao diabo, sem intenção de fazê−lo,
quanto a Deus. Uns poucos − como os heróis, os patriotas, os mártires, os reformadores no melhor
sentido e os homens − servem ao Estado também com sua consciência, e assim necessariamente
resistem a ele, em sua maioria, e são comumente tratados como inimigos. Um homem sábio só
será útil como homem e não se sujeitará ao papel de "barro para "tapar um buraco que impeça o
vento de entrar , mas deixará esta tarefa, ao menos, para suas cinzas:
Caro M.A.
ResponderEliminarFale também disto:
«Multas
O deputado Ricardo Dias Fonseca Almeida tem inserido no Sistema de Informação e Gestão de Autos da DGV um total de 17 multas (ainda não consta uma 18ª, por velocidade superior a 200 km/hora, na A1), dispersas pelas áreas do Porto, Coimbra, Aveiro, Guarda, Leiria e Lisboa.
Disparidades
Num caso de excesso de velocidade na zona de Leiria, foram proferidas duas decisões com a mesma data, diferindo na sanção acessória. Ouvida no inquérito, a instrutora do processo diz não se recordar do sucedido e afirma que "nalguns casos o decisor não concorda com a proposta do instrutor e emite orientações no sentido daquele alterar fundamentadamente a proposta de decisão".
Velocidade
A situação mais grave de excesso de velocidade (em que circulava a 183 km/h), na zona de Aveiro, acabou arquivada pelo governador civil, "no âmbito da análise do recurso de impugnação interposto pelo arguido".»
In JN
Força Miguel Abrantes !
ResponderEliminar..
ResponderEliminarCaros Senhores,
Pessoalmente nada tenho contra os benefícios conseguidos pelas diferentes corporações do aparelho do Estado junto de governos pouco sensatos.
O problema é que Estado começou a mostrar-se incapaz de sustentar esta enorme estrutura. Os deficits vão-se acumulando, a divida publica central já está nos 100.000 milhões de euros e o esforço fiscal dos portugueses está no limite.
Qual a alternativa para evitar um colapso tipo Argentina?
Infelizmente face ao definhamento económico do País (184º em crescimento no mundo em 2004) temo que este "apertão" não se fique por aqui e venhamos ainda a assistir a medidas muito mais gravosas.
Cumprimentos
AAF
http://regioes.blogspot.com
Claro é que tudo isto não passa de uma grande paródia - PSP, GNR e outros.
ResponderEliminarClaríssimo, que custa a entender esta 'racionalização' enquanto nalguns sectores nada se faz:
Que é feito da revisão do estatuto do Banco de Portugal?
Custa a entender,ou é mesmo assim?
Visto do Regimento.
Não me importava nada de ter e dar aos meus as regalias que estes cidadãos de 1ª categoria usufruem.
ResponderEliminarContudo, como sou de 2ª, sou eu mesmo e muitos como eu, que pagam aquilo que outros beneficiam, mas acham pouco, querem mais, acham-se injustiçados perante mim e muitos outros, talvez a minoria ou a maioria.
Por isso temos um País fraco, em que as corporações mandam no País e subjugam quem os dirige.
Alguma coisa ja se fez,para mudar este estado de saque, o pior esta para vir.
Seguindo a teoria do conspícuo Cluny, seria melhor pagar mais aos polícias para eles não caírem na tentação da corrupção.
ResponderEliminar...
ResponderEliminarAdmite então que a corrupção é uma hipotese seria
ResponderEliminarSe fosse policia colocava-o em tribunal.
A dignidade não se vende, penso eu
Não me preocupo?!
ResponderEliminarClaro que me preocupo!
Eu não consigo deixar de me preocupar com aquelas pessoas de que gosto.
Aquele amplexo.