sábado, maio 27, 2006

Uma não-resposta (e a raposa a querer entrar no galinheiro)




André Azevedo Alves (não) respondeu a um comentário que havíamos feito a um post escrito pelo Miguel. O que dissemos é que o Miguel formara uma opinião acerca da liberalização da propriedade das farmácias a partir de um erro de base. Confundiu dois processos distintos:

    • Uma coisa é a abertura de novas farmácias, para o que deixa de ser obrigatório que o proprietário seja farmacêutico;
    • Outra coisa é a concessão a privados da gestão das farmácias a criar no interior dos hospitais públicos.

O Miguel baralhou-se. O único aspecto que pusemos em relevo foi este erro. Nem sequer discutimos a sua conclusão: estamos em presença de uma “(semi-)liberalização das farmácias”.

André Azevedo Alves responde-nos sem responder — porque levanta questões diferentes. A estas questões procuraremos responder ao longo do fim-de-semana, mas, desde já, podemos adiantar algo: se estamos de acordo no indispensável combate às corporações, estaremos em campos opostos se a alternativa for permitir a entrada da raposa no galinheiro.

3 comentários :

  1. concordo, a afirmação de que se trata de uma semi-liberalização.. mas haveria condições objectivas para fazer mais? Falamos do Grande Lobby português, talvez ainda mais forte do que o dos próprios Bancos, da organização provada que movimenta mais dinheiro por ano do que a própria Sonae! A ANF!

    Se isto avançar mesmo... E a ainda falta a concretização... Estarei muito impressionado com a força deste Governo e enfrentar lobbies, especialmente o da ANF, já que na luta contra os Juízes pouco resultou...

    E lembre-se de que a ANF continua a manter o Governo refém da imensa dívida do ministério da Saúde às Farmácias, e que isso pode explicar a relativa contenção desta "liberalização"...

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  2. ANF, 1 - GOVERNO, 0.
    Cordeiro foi um leão ao conseguir excelentes resultados para a organização que dirige.

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  3. CORDEIRO FOI UM LEÃO
    Como os proprietários já não precisam de ser farmacêuticos, aumentou o número de compradores potenciais das farmácias existentes.
    Em face da escassez da oferta deste tipo de empresa retalhista (provocada pelo novo regime de condicionamento reconhecidamente anacrónico anunciado), o valor de mercado das farmácias aumentou de forma significativa.

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