«Tem-se diabolizado o FMI» - Passos Coelho, em 25 de Março de 2011
quinta-feira, setembro 07, 2006
Os grandes mistérios do Universo [33]
Se o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público se identifica tão fortemente com Souto Moura, por que não defende a sua recondução no cargo de procurador-geral da República? Sempre tinha mais seis anos para fechar o Envelope 9.
Vamos lá pôr os pontos nos iiiii. Em 1º lugar o Mº Pº é uma coisa que não existe: As instalações do palácio Duque de Palmela estão bulorentas como bulorentas estão as pessoas que por lá pululam: os Sousas Mendes ( Sousa da mãe e Mendes do pai ), etc. São Magistrados que em vez de tentarem dignificar a carreira que escolheram transformam-se nuns funcionários adminsitrativos, do mais burocrata que há e embrulham-se nuns joguinhos de poder ( ? ). Graças a Deus que, ao que parece, há lá, a tempo inteiro, um membro do Conselho que não fazendo parte do sistema, não alinha nos corporativismos e nas jogadazinhas de poderzinho... Aquilo não tem dignidade nenhuma e assiste-se a meia dúzia de gatos pingados, que estão alapdos àquele tachito, que não sabem fazer mais nada e que sempre é melhor estarem ali do que a despachar processos, coisa que, provavelmente, já nem saberão fazer... No meio daquilo tudo, salva-se o PGR que, sem dúvida, é um homem bom, sério e impoluto mas que é triturado pela máquina de parasitas que o rodeiam. Se quando ele tomou posse, tivesse dado uma vassourada naqueles trastes todos...Esse foi, quanto a mim, e sei do que estou a falar, o seu grande erro. Nos tribunais, o Mº Pº é tudo menos Magistratura. Estão reduzidos a meros funcionários administrativos, onde se premeia o sabugismo e o servilismo. E ai de quem se atreve discordar do chefe!... Outros há que, a toda a força querem ser equiparados a juízes o que, com o é óbvio, nunca o hão-de conseguir pq o poder judicial pertence aos juízes e não ao MPzeco. Depois, no MP apenas se exigem responsabilidades à arraia miuda. Por exemplo: Do DCIAP saem grandes notícias de grandes investigações, com páginas e páginas de jornais. E depois qual é o resultado final dessas investigações? Muitas delas, como foi agora o caso do Isaltino, se não tivesse sido a água benta posta pelo JIC, aquilo tinha sido uma desgraça. Será admissível que um magistrado do DCIAP desconheça o que diz o artº 272º do CPP? Mais anteriormente, o caso Moderna, Casa Pia, Apito Dourado, etc... A montanha pariu um rato!... E alguém no Mº Pº pede responsabilidades a quem quer que seja???? Salva-se a investigação da Ponte de Entre-os-Rios que foi feita por uma pessoa competentíssima, o Dr. Pinto Hespanhol. TUDO ISTO É UMA VERGONHA PARA A JUSTIÇA PORTUGUESA.
Mas não pensenm que é só do lado do MP. Hoje em dia, lê-se um Acórdão da Relação de Lisboa e, valha-nos Deus, aquilo até mete dó... Ao que chegamos!...
Mais: E as vergonhas que existem na FUTEBOLÂNDIA NACIONAL onde magistrados das instâncias superioresm atraídos pelo estrelato, aceitam fazer parte dessas associações de malfeitores???
HAJA VERGONHA E VALORES MORAIS QUE, INFELIZMENTE, É O QUE VAI FALTANDO...
Esta é a transcrição sem os linkes Reencaminha e ... chora de vergonha deste país!!!!!!!!
Terça-feira, Fevereiro 22, 2005 Os cursos de Sócrates (actualizado)
Um comentário que me foi deixado na caixa deste meu blogue com remissão para o Porta-Bandeira, expunha dúvidas sobre o curriculum académico de José Sócrates. Para esclarecer a dúvida levantada, fui investigar. Acompanhe-me o leitor no desvendar do segredo.
José Sócrates tem um bacharelato em Engenharia Civil pelo ISEC (Instituto Superior de Engenharia de Coimbra), informação que não é disputada. Todavia, na sua biografiaoficial é dito que Sócrates é "Licenciado em Engenharia Civil". Portanto, de acordo com os seus próprios dados que também podem ser consultados aqui, o nosso primeiro ministro possui uma licenciatura em Engenharia Civil.
A revista Visão publicou em 3 de Fevereiro um perfil de Sócrates, da autoria de Rosa Ruela, onde a questão não é deslindada. Já no perfil encomiástico que foi publicado no Diário de Notícias, por Filipe Santos Costa, é dito que "(Q)uando voltou à Covilhã, em 1981, Sócrates já tinha complementado o bacharelato com a licenciatura, em Lisboa". Mas a licenciatura que existia em Lisboa nessa altura (1979-81) era no Instituto Superior Técnico, onde Sócrates não consta como aluno. Por isso, em 1981 Sócrates não estaria licenciado por Lisboa.
Onde foi que se licenciou? Teria sido no ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa) do Instituto Politécnico de Lisboa? É que aí a Licenciatura Bi-Etápica em Engenharia Civil só começou em 1998/99...
No ISEC onde fez o bacharelato? Mas a licenciatura bi-etápica em Engenharia Civil no ISEC também só começou em 1998/99.
Também não frequentou a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, nem o Instituto Superior Técnico, nem consta que tenha frequentado a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Portanto, não seria licenciado em 1981.
Na Ordem dos Engenheiros também não está inscrito.
O bacharelato em Engenharia Civil do ISEC tinha quatro anos (8 semestres) - só passou a três anos na reestruturação de 1988 (Decreto-Lei nº389/88, de 25 de Outubro) empreendida por Roberto Carneiro.
Onde fez Sócrates a dezena e meia de cadeiras (veja-se o plano do 5.º ano da licenciatura no ISEL) que precisava com o bacharelato do ISEC para obter a licenciatura? Os Cursos de Estudos Superiores Especializados (4 semestres) só começaram no ISEC em 1991 e no ISEL em 1988 (Direcção, Gestão e Execução de Obras - 4 semestres ) e 1990 (Transportes e Vias de Comunicação - 4 semestres). Além disso, um CESE não é uma licenciatura. Por isso, esta hipótese não parece plausível. Não é. Não consta que Sócrates tenha frequentado a licenciatura bi-etápica do ISEL ou do ISEC.
Mas Sócrates afirma ainda que "concluíu depois uma pós-graduação em Engenharia Sanitária pela Escola Nacional de Saúde Pública" (ENSP). Todavia, o curso de Engenharia Sanitária é leccionado desde 1975 na Universidade Nova de Lisboa, pertencendo, desde a criação das faculdades da Nova, à sua Faculdade de Ciências e Tecnologia, primeiro sob a forma de curso de especialização e a partir de 1983 como mestrado. Exige a licenciatura como condição de admissão . Nunca pertenceu à Escola Nacional de Saúde Pública (que em Abril de 1994 foi integrada na Universidade Nova de Lisboa ). Mas Sócrates não foi aluno desse curso de Engenharia Sanitária da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (que foi criado em 1975) - nem ele o diz, pois refere expressamente que a sua " pós-graduação" foi na ENSP. Então, que curso de Engenharia Sanitária fez? Chamar-se-ia mesmo " pós-graduação"? Ou seria um curso de curta duração na ENSP? E em que ano decorreu? Sócrates já seria licenciado quando frequentou essa "pós-graduação"?
José Sócrates frequenta agora o Mestrado em Gestão de Empresas do ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa) , o qual exige o grau de licenciatura. Mais um motivo para concluir que é realmente licenciado. No entanto, o perfil biográfico no Correio da Manhã indica que ele terminou "recentemente um mestrado em Gestão de Empresas". Terá apresentado já a tese? Terá concluído toda a parte curricular?
Depois da cansativa pesquisa, recebi uma informação de fonte credível: José Sócrates terá obtido em 1996 uma licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade Independente. Todavia, não me foi possível saber, junto desta universidade, que equivalências lhe foram atribuídas e quantas cadeiras teve de frequentar e concluir.
Se compararmos os planos dos dois cursos - o bacharelato do Politécnico de Coimbra e a licenciatura da Universidade Independente-, e as respectivas disciplinas, chegamos à conclusão de que um candidato com o bacharelato do ISEC precisa de fazer 10 cadeiras (existem algumas disciplinas do curso na Universidade Independente que não têm correspondência no curso de Coimbra) e mais uma de Projecto para se licenciar na Universidade Independente de Lisboa. Não deve ter sido fácil, tendo em conta que Sócrates teria concluído o bacharelato em 1979.
A Licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente foi criada pela Portaria n.º 496/95 de 24 de Maio de 1995, embora o diploma tenha, retroactivamente, autorizado o funcionamento do curso desde o ano lectivo de 1994/95.
Ora, o primeiro governo de António Guterres (o 13.º Governo Constitucional) toma posse em 28 de Outubro de 1995. José Sócrates torna-se em 30 de Outubro de 1995, secretário de Estado Adjunto da Ministra do Ambiente (ressalve-se que Sócrates só se torna Ministro Adjunto do Primeiro Ministro em 25-11-1997).
Nessa desgastante função governativa, José Sócrates parece ter encontrado tempo e concentração, na mesma altura em que prepara e participa na campanha eleitoral durante o ano de 1995 e, já no Governo, a partir de Outubro de 1995, é secretário de Estado Adjunto da Ministra do Ambiente para, quinze anos depois do seu bacharelato, realizar as 11 cadeiras que, em princípio, teve de efectuar para obter o título de licenciado em Engenharia Civil em 1996 . Deve ter sido muito difícil, um esforço quase sobre-humano. Não há motivo algum para que Sócrates tenha escondido do povo português a sua epopeia académica, a não ser por modéstia, o que, neste caso, não se justifica. É um motivo de grande orgulho próprio e um exemplo de sucesso para jovens e adultos.
Tentei contactar a assessora de imprensa do, ainda então, futuro primeiro ministro para eliminar estas dúvidas, mas não consegui. Pedi também um esclarecimento à Universidade Independente, mas não me foi possível obtê-lo até ao momento.
Este blogue está à disposição de ex-alunos da Universidade Independente, seus colegas de curso e de escola, bem como de outra qualquer pessoa que possa ajudar a clarificar as questões pendentes e, eventualmente, corrigir alguma das informações que aqui avançámos. Não é justo que subsistam aspectos desconhecidos na biografia académica do primeiro ministro de Portugal.
Actualização Acabo de receber (16:29 de 23 de Fevereiro) a seguinte informação oficial da Universidade Independente através da sua Directora dos Serviços Jurídico-Académicos:
"O Sr. Engº José Socrates terminou a licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente no ano de 1996. Relativamente a outras questões, as mesmas terão que ser colocadas ao próprio, pois são informações abrangidas pela reserva da intimidade da vida privada ."(o sublinhado é meu)
Ficam assim por responder as seguintes "questões" que coloquei à Universidade Independente no mail enviado (pelas 12:25 de 23 de Fevereiro):
"1. Data da licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade Independente?
2. Em que anos frequentou a Universidade Independente - desde que data até que data? 3. Quais as disciplinas do seu bacharelato em Engenharia Civil pelo ISEC a que a Universidade Independente concedeu equivalência e em que data? 4. Quais as disciplinas da licenciatura em Engenharia Civil (da Universidade Independente) que a Universidade Independente requereu que frequentasse e concluísse? 5. As notas e datas de avaliação nas disciplinas - frequências, exames escritos, exames orais e trabalhos - que teve de concluir na Universidade Independente? "
Espero que o eng.º José Sócrates possa revelar estas informações para eliminar dúvidas sobre o seu percurso académico, o qual não está abrangido pela "reserva da intimidade da vida privada".
Já toda a gente se esqueceu o envelope 9 ... Perguntem ao Sampaio se se saiu bem na fotografia.
ResponderEliminarSouto Moura tem ar de bonzinho. Será que não consegue dar uma ordem? Ou será um grande sonso?
ResponderEliminarVamos lá pôr os pontos nos iiiii.
ResponderEliminarEm 1º lugar o Mº Pº é uma coisa que não existe:
As instalações do palácio Duque de Palmela estão bulorentas como bulorentas estão as pessoas que por lá pululam: os Sousas Mendes ( Sousa da mãe e Mendes do pai ), etc.
São Magistrados que em vez de tentarem dignificar a carreira que escolheram transformam-se nuns funcionários adminsitrativos, do mais burocrata que há e embrulham-se nuns joguinhos de poder ( ? ).
Graças a Deus que, ao que parece, há lá, a tempo inteiro, um membro do Conselho que não fazendo parte do sistema, não alinha nos corporativismos e nas jogadazinhas de poderzinho...
Aquilo não tem dignidade nenhuma e assiste-se a meia dúzia de gatos pingados, que estão alapdos àquele tachito, que não sabem fazer mais nada e que sempre é melhor estarem ali do que a despachar processos, coisa que, provavelmente, já nem saberão fazer...
No meio daquilo tudo, salva-se o PGR que, sem dúvida, é um homem bom, sério e impoluto mas que é triturado pela máquina de parasitas que o rodeiam.
Se quando ele tomou posse, tivesse dado uma vassourada naqueles trastes todos...Esse foi, quanto a mim, e sei do que estou a falar, o seu grande erro.
Nos tribunais, o Mº Pº é tudo menos Magistratura.
Estão reduzidos a meros funcionários administrativos, onde se premeia o sabugismo e o servilismo. E ai de quem se atreve discordar do chefe!...
Outros há que, a toda a força querem ser equiparados a juízes o que, com o é óbvio, nunca o hão-de conseguir pq o poder judicial pertence aos juízes e não ao MPzeco.
Depois, no MP apenas se exigem responsabilidades à arraia miuda. Por exemplo:
Do DCIAP saem grandes notícias de grandes investigações, com páginas e páginas de jornais. E depois qual é o resultado final dessas investigações? Muitas delas, como foi agora o caso do Isaltino, se não tivesse sido a água benta posta pelo JIC, aquilo tinha sido uma desgraça. Será admissível que um magistrado do DCIAP desconheça o que diz o artº 272º do CPP?
Mais anteriormente, o caso Moderna, Casa Pia, Apito Dourado, etc... A montanha pariu um rato!...
E alguém no Mº Pº pede responsabilidades a quem quer que seja????
Salva-se a investigação da Ponte de Entre-os-Rios que foi feita por uma pessoa competentíssima, o Dr. Pinto Hespanhol.
TUDO ISTO É UMA VERGONHA PARA A JUSTIÇA PORTUGUESA.
Mas não pensenm que é só do lado do MP.
Hoje em dia, lê-se um Acórdão da Relação de Lisboa e, valha-nos Deus, aquilo até mete dó...
Ao que chegamos!...
Mais:
E as vergonhas que existem na FUTEBOLÂNDIA NACIONAL onde magistrados das instâncias superioresm atraídos pelo estrelato, aceitam fazer parte dessas associações de malfeitores???
HAJA VERGONHA E VALORES MORAIS QUE, INFELIZMENTE, É O QUE VAI FALTANDO...
O anónimo dos cinco i, sabe do que fala- e fala bem.
ResponderEliminarMas não deixa de ser uma converseta de café, ou tipo motorista de táxi.
Ponham um taxista num cargo qualquer e verão a competência em estado puro!
Desabafos- é o que é. E nada mais.
http://doportugalprofundo.blogspot.com/2005/02/os-cursos-de-scrates-actua
ResponderEliminarlizado.html
Esta é a transcrição sem os linkes
Reencaminha e ... chora de vergonha deste país!!!!!!!!
Terça-feira, Fevereiro 22, 2005
Os cursos de Sócrates (actualizado)
Um comentário que me foi deixado na caixa deste meu blogue com
remissão
para
o Porta-Bandeira, expunha dúvidas sobre o curriculum académico de
José
Sócrates. Para esclarecer a dúvida levantada, fui investigar.
Acompanhe-me o
leitor no desvendar do segredo.
José Sócrates tem um bacharelato em Engenharia Civil pelo ISEC
(Instituto
Superior de Engenharia de Coimbra), informação que não é disputada.
Todavia,
na sua biografiaoficial é dito que Sócrates é "Licenciado em
Engenharia
Civil". Portanto, de acordo com os seus próprios dados que também
podem
ser
consultados aqui, o nosso primeiro ministro possui uma
licenciatura em
Engenharia Civil.
A revista Visão publicou em 3 de Fevereiro um perfil de Sócrates, da
autoria
de Rosa Ruela, onde a questão não é deslindada. Já no perfil
encomiástico
que foi publicado no Diário de Notícias, por Filipe Santos Costa,
é dito
que
"(Q)uando voltou à Covilhã, em 1981, Sócrates já tinha
complementado o
bacharelato com a licenciatura, em Lisboa". Mas a licenciatura que
existia
em Lisboa nessa altura (1979-81) era no Instituto Superior
Técnico, onde
Sócrates não consta como aluno. Por isso, em 1981 Sócrates não
estaria
licenciado por Lisboa.
Onde foi que se licenciou? Teria sido no ISEL (Instituto Superior de
Engenharia de Lisboa) do Instituto Politécnico de Lisboa? É que aí a
Licenciatura Bi-Etápica em Engenharia Civil só começou em 1998/99...
No ISEC onde fez o bacharelato? Mas a licenciatura bi-etápica em
Engenharia
Civil no ISEC também só começou em 1998/99.
Também não frequentou a Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade
de Coimbra, nem o Instituto Superior Técnico, nem consta que tenha
frequentado a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Portanto,
não seria licenciado em 1981.
Na Ordem dos Engenheiros também não está inscrito.
O bacharelato em Engenharia Civil do ISEC tinha quatro anos (8
semestres)
-
só passou a três anos na reestruturação de 1988 (Decreto-Lei
nº389/88, de
25
de Outubro) empreendida por Roberto Carneiro.
Onde fez Sócrates a dezena e meia de cadeiras (veja-se o plano do
5.º ano
da
licenciatura no ISEL) que precisava com o bacharelato do ISEC
para obter
a
licenciatura? Os Cursos de Estudos Superiores Especializados (4
semestres)
só começaram no ISEC em 1991 e no ISEL em 1988 (Direcção, Gestão e
Execução
de Obras - 4 semestres ) e 1990 (Transportes e Vias de
Comunicação - 4
semestres). Além disso, um CESE não é uma licenciatura. Por isso,
esta
hipótese não parece plausível. Não é. Não consta que Sócrates tenha
frequentado a licenciatura bi-etápica do ISEL ou do ISEC.
Mas Sócrates afirma ainda que "concluíu depois uma pós-graduação em
Engenharia Sanitária pela Escola Nacional de Saúde Pública" (ENSP).
Todavia,
o curso de Engenharia Sanitária é leccionado desde 1975 na
Universidade
Nova
de Lisboa, pertencendo, desde a criação das faculdades da Nova, à
sua
Faculdade de Ciências e Tecnologia, primeiro sob a forma de curso de
especialização e a partir de 1983 como mestrado. Exige a licenciatura
como
condição de admissão . Nunca pertenceu à Escola Nacional de Saúde
Pública
(que em Abril de 1994 foi integrada na Universidade Nova de
Lisboa ). Mas
Sócrates não foi aluno desse curso de Engenharia Sanitária da
Faculdade
de
Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (que foi
criado em
1975) - nem ele o diz, pois refere expressamente que a sua "
pós-graduação"
foi na ENSP. Então, que curso de Engenharia Sanitária fez?
Chamar-se-ia
mesmo " pós-graduação"? Ou seria um curso de curta duração na
ENSP? E em
que
ano decorreu? Sócrates já seria licenciado quando frequentou essa
"pós-graduação"?
José Sócrates frequenta agora o Mestrado em Gestão de Empresas do
ISCTE
(Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa) , o
qual exige
o
grau de licenciatura. Mais um motivo para concluir que é realmente
licenciado. No entanto, o perfil biográfico no Correio da Manhã
indica
que
ele terminou "recentemente um mestrado em Gestão de Empresas". Terá
apresentado já a tese? Terá concluído toda a parte curricular?
Depois da cansativa pesquisa, recebi uma informação de fonte
credível:
José
Sócrates terá obtido em 1996 uma licenciatura em Engenharia Civil
pela
Universidade Independente. Todavia, não me foi possível saber, junto
desta
universidade, que equivalências lhe foram atribuídas e quantas
cadeiras
teve
de frequentar e concluir.
Se compararmos os planos dos dois cursos - o bacharelato do
Politécnico
de
Coimbra e a licenciatura da Universidade Independente-, e as
respectivas
disciplinas, chegamos à conclusão de que um candidato com o
bacharelato
do
ISEC precisa de fazer 10 cadeiras (existem algumas disciplinas do
curso
na
Universidade Independente que não têm correspondência no curso de
Coimbra) e
mais uma de Projecto para se licenciar na Universidade
Independente de
Lisboa. Não deve ter sido fácil, tendo em conta que Sócrates teria
concluído
o bacharelato em 1979.
A Licenciatura em Engenharia Civil na Universidade Independente foi
criada
pela Portaria n.º 496/95 de 24 de Maio de 1995, embora o diploma
tenha,
retroactivamente, autorizado o funcionamento do curso desde o ano
lectivo
de
1994/95.
Ora, o primeiro governo de António Guterres (o 13.º Governo
Constitucional)
toma posse em 28 de Outubro de 1995. José Sócrates torna-se em 30 de
Outubro
de 1995, secretário de Estado Adjunto da Ministra do Ambiente
(ressalve-se
que Sócrates só se torna Ministro Adjunto do Primeiro Ministro em
25-11-1997).
Nessa desgastante função governativa, José Sócrates parece ter
encontrado
tempo e concentração, na mesma altura em que prepara e participa na
campanha
eleitoral durante o ano de 1995 e, já no Governo, a partir de
Outubro de
1995, é secretário de Estado Adjunto da Ministra do Ambiente
para, quinze
anos depois do seu bacharelato, realizar as 11 cadeiras que, em
princípio,
teve de efectuar para obter o título de licenciado em Engenharia
Civil em
1996 . Deve ter sido muito difícil, um esforço quase
sobre-humano. Não há
motivo algum para que Sócrates tenha escondido do povo português
a sua
epopeia académica, a não ser por modéstia, o que, neste caso, não se
justifica. É um motivo de grande orgulho próprio e um exemplo de
sucesso
para jovens e adultos.
Tentei contactar a assessora de imprensa do, ainda então, futuro
primeiro
ministro para eliminar estas dúvidas, mas não consegui. Pedi
também um
esclarecimento à Universidade Independente, mas não me foi possível
obtê-lo
até ao momento.
Este blogue está à disposição de ex-alunos da Universidade
Independente,
seus colegas de curso e de escola, bem como de outra qualquer
pessoa que
possa ajudar a clarificar as questões pendentes e, eventualmente,
corrigir
alguma das informações que aqui avançámos. Não é justo que subsistam
aspectos desconhecidos na biografia académica do primeiro
ministro de
Portugal.
Actualização
Acabo de receber (16:29 de 23 de Fevereiro) a seguinte informação
oficial
da
Universidade Independente através da sua Directora dos Serviços
Jurídico-Académicos:
"O Sr. Engº José Socrates terminou a licenciatura em Engenharia
Civil na
Universidade Independente no ano de 1996. Relativamente a outras
questões,
as mesmas terão que ser colocadas ao próprio, pois são informações
abrangidas pela reserva da intimidade da vida privada ."(o
sublinhado é
meu)
Ficam assim por responder as seguintes "questões" que coloquei à
Universidade Independente no mail enviado (pelas 12:25 de 23 de
Fevereiro):
"1. Data da licenciatura em Engenharia Civil pela Universidade
Independente?
2. Em que anos frequentou a Universidade Independente - desde que
data
até
que data?
3. Quais as disciplinas do seu bacharelato em Engenharia Civil
pelo ISEC
a
que a Universidade Independente concedeu equivalência e em que data?
4. Quais as disciplinas da licenciatura em Engenharia Civil (da
Universidade
Independente) que a Universidade Independente requereu que
frequentasse e
concluísse?
5. As notas e datas de avaliação nas disciplinas - frequências,
exames
escritos, exames orais e trabalhos - que teve de concluir na
Universidade
Independente? "
Espero que o eng.º José Sócrates possa revelar estas informações
para
eliminar dúvidas sobre o seu percurso académico, o qual não está
abrangido
pela "reserva da intimidade da vida privada".