Eduardo Dâmaso duvida da eficácia do pacto celebrado entre o PS e o PSD, porque "persiste uma ausência que condiciona qualquer diagnóstico sobre a justiça e que se chama combate à corrupção."
O jornalista considera que deveria investir-se mais no combate à corrupção, devendo este propósito aparecer consagrado no pacto. Não vou discutir a necessidade de investir mais no combate à corrupção. Nem se esse combate deve privilegiar alterações à lei ou traduzir-se na afectação de mais recursos para a investigação da corrupção — e dos crimes económicos, em geral.
Por outras palavras, concordo com Dâmaso quando sugere que haverá um número indeterminado, possivelmente elevado, de crimes económicos que não são detectados nem punidos. O que me separa do editorial do DN é que nele se passa uma esponja sobre as responsabilidades da(s) magistratura(s) neste estado de coisas, em particular do Ministério Público.
Há casos de corrupção que foram sinalizados. Há outros crimes económicos que foram investigados. Que lhes aconteceu? É esta questão que Eduardo Dâmaso contorna. E a realidade é que o que se tem visto, nos últimos anos, é que o que a Polícia Judiciária faz, o Ministério Público, à mistura com alguns juízes, desfaz.
Se, em termos globais, os meios disponíveis poderão ser insuficientes, a verdade é que não consta que, nos processos mais conhecidos, não tenham sido a eles afectos os meios necessários à investigação, incluindo agentes do Ministério Público. Como se explica a ausência quase generalizada de acusações e, claro, de condenações?
O Cravinho disse à Visão que "O PS deve ao país um grande combate à corrupção".
ResponderEliminarFoi o Cravinho que sabe bem do que fala. Não foi o DÂmaso...e isto de vir agora virar o bico ao prego, tem o seu quê de surrealista.
Os culpados pelo falhanço na luta contra a corrupçáo serão então...os magistrados! Essa, é de arrebentar a escala da estultícia.
Se calhar o Miguel Abrantes devia ter enumerado os principais processos para se ver quem esconde a bola e marca golos na própria baliza ....
ResponderEliminarO verdadeiro combate à corrupção faz-se com medidas políticas e não com os polícias e magistrados. É um combate político e não judicial. É uma questão central do estado e não um problema de polícia.
ResponderEliminarQuerem combater a corrupção com magistrados? Então vão buscar o Isaltino a Oeiras (que é um antigo magistrado do MP). Ou então vão buscar o Daniel Sanches (lembram-se, o do SIS ou SIR)às empresas do Dias Loureiro. Talvez o Dias Loureiro (empenhado como também deve estar nesse combate) o dispense. E para os julgamentos não é preciso ir buscar ninguém, porque a Galante e o Verdasca ainda estão no activo.
E para o apito dourado, vão buscar o Cruz Pereira.
Já agora e a propósito, vão saber quem é o juiz do Tribunal Administrativo que perdoou uns milhões à Liga de Clubes e analisem o trajecto dele - o passado e o futuro. Sim porque esse magistrado tem futuro. Vai longe e alto.
Filotémis
Estou a lembrar-me do MEGA processo do caso das facturas falsas da Soc.de Contruções Soares da Costa, (nunca ouviu falar disto Sr.Miguel Abrantes?)que foi mandado às urtigas e nem sequer foi julgado! serão
ResponderEliminarA PJ, o MP e os Magistrados,culpados deste descalabro? responda se souber!