«Objectividade e factualidade – exigia-se mais deste “movimento informal e apartidário de cidadãos”
“O Compromisso Portugal identificou no Programa do Governo e no PEC os objectivos mais relevantes e mais claramente quantificados, de forma a poder realizar uma análise o mais objectiva e factual possível”, eis o que se pode ler, logo na página 5 do documento “Estado da Governação em Junho de 2007”
Porém, chega-se à primeira tabela, “o mais objectiva e factual possível”, logo na página seguinte – relativa a “Retomar o crescimento da economia de forma sustentada” e a decepção surpreende-nos:
- no quarto indicador seleccionado – desburocratizar e criar um bom ambiente de negócios – é apresentada uma única fonte o “Business Competitiveness índex, do World Economic Forum, não só presumindo que esse indicador pode aferir todas as medidas lançadas no sentido da desburocratização e da criação de um bom ambiente de negócios, como fazendo tábua rasa da análise do Banco Mundial que apresenta Portugal como um exemplo de boas práticas na Administração Pública, dando relevo ao caso da Empresa na Hora:
Saliente-se que, de acordo com o relatório Doing Business 2005/2006, do Banco Mundial, Portugal está entre os 10 países em que é mais rápido constituir empresas, devido ao projecto «Empresa na Hora», criado pelo Ministério da Justiça.
Se o Compromisso Portugal não tem capacidade para avaliar este indicador, mais vale não o avaliar de todo, em vez de prestar um mau serviço ao país.
- o mesmo se diga a propósito do quinto indicador seleccionado - Transformar o país numa moderna sociedade do conhecimento, melhorando o ranking de uso de TICs - onde se utiliza a mesma fonte, desta vez com base no seu Índice de uso de TIC, esquecendo mais uma vez todos os indicadores, a começar pelo EUROSTAT, que regista melhorias na taxa de penetração de banda larga, bem como outros indicadores conhecidos, como a ligação em banda larga nas escolas.
- ainda no que diz respeito ao rigor e factualidade, não se compreende a análise do sétimo indicador - Reforçar o Investimento em I&D para 0,78% do PIB no sector privado e 1% no sector público – uma vez que o documento apenas apresenta elementos relativos a 9 meses (!) de mandato do actual Governo, reconhecendo isso mesmo. O EUROSTAT, para esse indicador, ainda não validou os dados mais recente, como aliás se refere no documento.
- no indicador 8 - Implementar sistemas de avaliação dos serviços públicos: eficiência da gestão e nível de satisfação das necessidades - somos totalmente tomados pela perplexidade: basta ir até à página do SIADAP – Sistema Integrado de Avaliação ao Desempenho da Administração Pública –, que apesar de não estar totalmente em execução já permite perceber a “definição de níveis de serviço e de eficiência” da gestão na Administração Pública…
- finalmente, no décimo indicador - Desenvolver (180 dias) plano plurianual de redução da despesa corrente em % do PIB e sua contratualização com Serviços da Administração – também não se compreende que nada se diga sobre a expressiva redução da despesa corrente verificada – de 43,7% em 2005 para em 42% em 2007 – nunca tendo havido descidas desta ordem em dois anos consecutivos. Quanto à contratualização com Serviços não se refere que no âmbito da reforma da Administração Pública (PRACE) novas orgânicas e novos orçamentos exigem uma adaptação que está completa apenas até ao final da legislatura.
Mas mais: o Governo assumiu o compromisso de apresentar na Assembleia da República um Programa Plurianual de Redução da Despesa Corrente. Esse compromisso é concretizado através da apresentação de um pacote de propostas concretas de reformas sectoriais nas várias áreas da administração pública que integram o Orçamento do Estado para 2006 – sobre isto o Compromisso Portugal nada diz!...
Os aspectos que aqui criticamos – apenas no tocante à 1ª tabela de análise do Compromisso Portugal (outras se seguirão) – são elementos objectivos e factuais, seguindo o mesmo critério sugerido – embora se veja que não totalmente aplicado – pelos subscritores do Compromisso Portugal.
E não se diga que se usaram os indicadores disponíveis pois a tarefa daqueles que analisam o trabalho de um Governo é também de criticar os indicadores e analisar os resultados em função do que se fez e não dos indicadores disponíveis para o fazer, quando estes são insuficientes ou incompletos.»
terça-feira, julho 03, 2007
A palavra aos leitores - Tabela 1 Compromisso Portugal
De novo, o leitor Paulo Baptista sobre o Compromisso Portugal:
O compromisso portugal é composto por pensantes ligados ao PSD. Porque esperam da analises destes srs? O casquilho é elemento coordenador destes betinhos...
ResponderEliminarque se cuidem os portugueses com estes meninos.
Com estes meninos e com os meninos rabetas e bufos do PS.
ResponderEliminarMas alguém tem ilusões sobre o Compromisso Portugal? Todos sabemos quem eles são e o que querem.
ResponderEliminarO que aflige estes senhores é que Sócrates é um grande Primeiro Ministro. O melhor de todos.
ResponderEliminarMas estes tipos não são aqueles meninos do convento do beato, especialistas a gerir o dinheiro dos outros e a fazer dinheiro para si...?
ResponderEliminarmas "Compromisso Portugal" interessa alguma coisa? são eles que governam?
ResponderEliminaragora o sr campos é governante e tem mais uma nos jornais
"Exoneração da directora de centro de saúde de Vieira do Minho
Documento para reforçar tese de perseguição"
http://expresso.clix.pt/Actualidade/Interior.aspx?content_id=403561
agora vão dizer que que estou a trabalhar pra M&M/Público
Já puseram o comentador de serviço.
ResponderEliminarA técnica já é velha, quando não têm mais nada para criticar, põem uns agitadores de serviço para arranjarem vítimas - isto de ser vítima é que está a dar.
ResponderEliminarCalma Dora que o anónimo das 10:31 ainda vem dizer que foi censurado - a malta agora gosta de gritar, insultar, injuriar, mas quando se trata de assumir responsabilidades acham que são inimputáveis...
ResponderEliminarApoio o nosso primeiro ministro de Portugal porque é melhor do que eles todos juntos e até já está a ser um grande presidente da Europa.
ResponderEliminarqueremos a portela mais 2
ResponderEliminarAinda pensei que de tanta massa cinzenta sa�sse um cumpromisso para criar riqueza, criar empresas evolu�das e que captassem os novos licenciados. Mas n�o, o q se v� s�o os funcion�rios do costume irem defender l� fora q aqui � bom para investir pq se pagam os sal�rios mais baixos da ... europa??? Assim n�o vamos l�.
ResponderEliminarSocrates ultrapassou todas as minhas espectativas. È realmente um 1º. ministro de alto gabarito de qualidades superuores.
ResponderEliminarTodos os outros liders ficam a léguas de distancia.
A Oposição terá que ter outras pessoas mais qualificadas.Derrotar Socrates é tarefa super dificil.
Agora estes badamecos andam entretidos com a pseudo-politica do tacho partidario,será que não tem mais que dizer? esquecendo-se da politica nacional.
Socrates ultrapassou todas as minhas espectativas:
ResponderEliminar"Aposentação recusada em Braga
DREN diz que garantiu todas as condições a professor que faleceu com cancro na traqueia
03.07.2007 - 19h27 Lusa
A Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) garantiu hoje que a Escola Alberto Sampaio, de Braga, garantiu as condições humanas a um docente, recentemente falecido, que a Caixa Geral de Aposentações havia considerado “apto” apesar de ter cancro na traqueia.
A directora da DREN, Margarida Moreira, esclarece, em comunicado, que o regresso do professor à Escola ocorreu depois de a Caixa lhe ter recusado em 2006 a aposentação e de o ter mandado regressar por considerar que não estaria “absoluta e permanentemente incapaz para o exercício de funções”.
A responsável salienta que “a Escola analisou a situação e criou-lhe as melhores condições, não lhe tendo distribuído, por isso, serviço lectivo”.
O caso foi desencadeado domingo na RTP por Marcelo Rebelo de Sousa, que leu em directo um e-mail que lhe terá sido enviado por um outro professor, lamentando a atitude da Caixa Geral de Aposentações, já que o cancro que fora extraído ao docente o deixara sem voz e, portanto, incapaz para a docência.
Marcelo Rebelo de Sousa levantou dúvida
A missiva enviada a Marcelo falava na morte do professor doente, deixando nas entrelinhas a dúvida de que a posição da equipa médica da Caixa Geral de Aposentações poderia ter contribuído para tal desfecho ou, no mínimo, tê-lo apressado.
Face à crítica pública, a DREN vem hoje sublinhar que “lamenta a morte deste colega e considera que os seus serviços, tal como a Escola, deram ao docente as condições humanas apropriadas à sua condição de saúde”.
Garante que o falecido “sempre foi acompanhado pela junta médica da DREN, que confirmou a situação de doença, bem como a incapacidade daí resultante, autorizando, em consequência, a baixa médica até 36 meses, limite máximo permitido por lei”."
E a política de poupança cega perseguida pela CGAposentações não tem nada a ver com a política do Governo.
ResponderEliminarOs que estão na CGAposentações, nem sequer são comissários políticos do Governo.
E a baixa médica foi a esmola que deram ao professor que claramente devia poder descansar sem justificar medicamente a falta ao serviço, ou seja, que devia ter sido aposentado.
Ou estou a ver mal as coisas?
Os do compromisso Portugal ao pé dos boys liderados pelo pinóqio são uns amadores.
ResponderEliminarPara roubar aos pobre e remediados para dar aos ricos não há como o pinóquio e sus muchachos.
E arribaaaaaaaaaaaaaa....
aos pobres
ResponderEliminarO Sócrates, lacaio dos senhores do Mundo (grupo Bilderberg) fará o que o compromisso Portugal quer e muito pior.
ResponderEliminarA classe média irá pagar a crise, juntando-se aos pobres e miseráveis para que os senhores da finança mundial continuem bem e a prosperar.
1929 não se repetirá.
A classe média que pague a crise.
O pinóquio e o senhor silva de Boliqueime (a tal dupla da betoneira) estão cá para garantir isso.
Miguel , isto agora é um chat ?
ResponderEliminarSobre a competência dos Betos do Compromisso Portugal, a grande maioria dos quais não passa de Director Nacional de Multinacionais que têm gestão Ibérica em Madrid, atente-se na prestação do Mexia enquanto Ministro das Obras Públicas. Prometeu três pontes sobre o Tejo antes das eleições!, Chegou a afirmar que o TGV passava na Ponte 25 de Abril! Fechou o Túnel do Rossio para que os amigos pudessem concretizar a urbanização da Artilharia 1! Foi pago por estes serviços ao ser nomeado Administrador da EDP. Grande empresário!!!
ResponderEliminarNão há qualquer dúvida que Portugal é o melhor país do mundo para realizar negócios.
ResponderEliminarApós a entrada em vigor do novo regime das sociedades comerciais até os mortos passaram a adquirir empresas.
Isso de insultos, de malandros,de incompetentes, de roaceiros, com este governo não tem futuro.
ResponderEliminarPortanto meus caros, mudem de vida enquanto é tempo.
O professor já mudou de vida.
ResponderEliminarEstá descansado ó palhaço/ribeiro.
Artigo de opinião no Correio da Manhã, de Luís Filipe Menezes
ResponderEliminarO TGV é um transporte adaptado a países extensos. [...]
É por razões de sensatez que não o encontramos na Noruega e na Suécia
Há uns meses optei por ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio. Comprado
o bilhete, dei comigo num comboio que só se diferenciava dos nossos alfa
por ser menos luxuoso e dotado de menos serviços de apoio aos
passageiros,
A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de
vista, demorou cerca de cinco horas. Não fora ser crítico do projecto
TGV e conhecer a realidade económica e social desses países, daria
comigo a pensar que os nórdicos, emblemas únicos dos superavites
orçamentais, seriam mesmo uns tontos. Se não os conhecesse bem
perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da
substantiva criação de riqueza.
A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu
Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e
jardins--de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio
à terceira idade. Percebe-se bem porque não construíram estádios de
futebol desnecessários, porque não constroem aeroportos em cima de
pântanos nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia
dúzia de multinacionais,
O TGV é um transporte adaptado a países de dimensão continental,
extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de
viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.
É por isso, para além da já referida pressão de certos grupos que
fornecem essas tecnologias, que existe TGV em França ou Espanha (com
pequenas extensões a países vizinhos). É por razões de sensatez que não
o encontramos na Noruega, na Suécia, na Holanda e em muitos outros
países ricos.
Tirar 20 ou 30 minutos ao Lisboa-Porto à custa de um investimento de
cerca de 7,5 mil milhões de euros não terá qualquer repercussão na
economia do País. Para além de que, dado hoje ser um projecto
praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente
envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos
engenharia financeira, o vão ter de pagar.
Com 7,5 mil milhões de euros pode construir-se mil escolas Básicas e
Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil
obsoletas e subdimensionadas (a 2,5 milhões de euros cada uma), mais mil
creches inexistentes (a 1 milhão de euros cada uma), mais mil centros de
dia para os nossos idosos (a 1 milhão de euros cada um). Ainda sobrariam
cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras
carências, como a urgente reabilitação de toda a degradada rede viária
secundária.
Cabe ao Governo reflectir, cabe à oposição contrapor, cabe aos cidadãos
rebelarem-se.
Luís Filipe Menezes, Político
O fisco já sabe onde mora o Carrapatoso?
ResponderEliminarBom, não sou funcionário público mas tenho muitos à minha volta, e
ResponderEliminardesde puto que cresci no meio deles. Por isso, vou também meter o
bedelho.
É público e notório que existem MUITOS funcionários públicos que não
fazem nenhum e outros que, mesmo fazendo alguma coisa, são
manifestamente incompetentes. E, é também certo, raramente ou nunca
lhes acontece alguma coisa.
Porém, isso é culpa deles, funcionários? Ou não será de um Estado que,
desde sempre, assim o permite?
Mais, quem tem um MÍNIMO de conhecimento do funcionalismo público
também sabe que existem alguns funcionários que fazem por si e pelos
outros - exactamente graças a estes é que o Estado ainda existe.
Pergunto: é justo que estes, os bons, comam pela mesma medida dos maus?
É ÓBVIO que é imprescindível começar a diferenciar os bons dos maus.
Mas pergunto, de novo: NÃO SERÁ QUE É POR AÍ QUE SE DEVE COMEÇAR? Ou é
justo que se comece por pôr todos no mesmo saco, retirando-lhes
direitos que adquiriram quando ingressaram na função?
Depois, há tudo aquilo que o povo desconhece: por exemplo, sabiam que
os funcionários judiciais podem passar ANOS - repito, ANOS - a mais de
300 Km de casa? Tenho vários destes no meu tribunal. E não me esqueço
da funcionária que tive em Benavente, que saía de casa (em LEIRIA) às
6h00 da manhã para vir de TRANSPORTES para o tribunal, onde chegava
DUAS HORAS DEPOIS. Trabalhava que nem uma moura e, às 20h00, voltava
para casa. Onde chegava pelas 22h00. Em regra, por essa altura já os
filhos dela (com 1 e 3 anos) estavam deitados. Ela aproveitava então
para, no PC dela, fazer actas...
E agora? Agora come com menos reforma, menos direitos, congelamentos...
E, pelos vistos, parece não ter direito a protestar. Porquê? Porque
parece que há outros que não fazem nenhum...
Justo? Não creio.
Por fim: é justo que os problemas financeiros do Pais sejam pagos à
custa dos funcionários públicos? Só por má fé se pode dizer que sim.
E, no entanto, é o que está actualmente a acontecer...
Poupa-se nos aeroportos? Nos TGV's? Nos estádios de futebol para a
Palestina? Nas reformas dos políticos? Não. Poupa-se nos salários dos
FP's, nas suas reformas.
E resulta? CLARO QUE SIM! AFINAL, OS FP'S SÃO A MINORIA ODIADA DE
TODOS OS DEMAIS PORTUGUESES. Tudo o que seja bater neles, é sucesso
político garantido.
Nos entretantos, fazem-se aeroportos, TGV's, estádios na Palestina,
gastam-se milhões em Timor, etc., etc., etc. e o povo... cantando e
rindo.
Agora, aparecem os FP's a querer fazer greve.
Então digo isto:
no meio de toda esta merda,
parece que só mesmo os FP's é que ainda estão vivos.
De resto,
o povo português morreu há muito .