Em tempos que já lá vão, havia um semanário que fez escola: o Tempo. Foi por lá que Paulo Portas iniciou a sua brilhante carreira (e aprendeu muito do que hoje sabe). Nuno Rocha, o seu director, animava as tertúlias do PREC, publicando todas as semanas o que era supostamente discutido nas reuniões do Conselho da Revolução. Os artigos eram uma espécie de actas das reuniões, que tinham mais a ver com a imaginação não muito prodigiosa do director do Tempo do que com a realidade.
As reuniões do Conselho da Revolução efectuavam-se à quarta-feira e prolongavam-se pela noite dentro. Às quintas-feiras, pela manhã, o povo em geral tomava conhecimento, através do semanário de Nuno Rocha, dos assuntos que haviam sido tratados na véspera. O negócio correu bem a Nuno Rocha durante meses a fio. Uma quarta-feira, a reunião do Conselho da Revolução foi desconvocada à última hora — mas, no dia seguinte, o Tempo lá trazia a “acta” da sessão.
Nuno Rocha, tal como José Manuel Fernandes fez hoje, emitiu então uma nota, explicando ter-se tratado de um “erro”. Um “erro técnico”, para ser mais preciso. O Tempo acabou não muito depois. A falta de credibilidade de um jornal é mortal.
O Público vai pelo mesmo caminho de O Independente!
ResponderEliminarO Rocha é mais patareco que o outro manhoso.
ResponderEliminarÓ Miguel, o que o meu caro se lembrou, do Nuno Roca, esse dançarino de meia tijela, artista d variedades ás 4ª feiras, na boite In em São João do Estoril. - esta velhote e com o PSA alto.
ResponderEliminarÓ Miguel, pá, você sabe muito, confesso que gostava de o conhecer, consigo aprende-se e o Ze Boné ainda esta aqui para as curvas, bem melhor, julgo, que o Nuno Roca - o meu PSA esta estavel e baixo, ou estava.
estou-e a rir á gargalhada
O Nunocha ainda mexe?
ResponderEliminarDa-se!!!
Boa tarde, Miguel. Tomei a liberdade de pegar na narrativa no ponto onde a deixara — na notícia falsa de Julho de 1981.
ResponderEliminarhttp://ecosferaportuguesa.blogspot.pt/2014/01/a-reuniao-tumultuosa-imaginada-por-nuno_21.html
Obrigado pela dica. Um abraço.
Gonçalo Pereira