O nosso investigador em biotecnologia fez um comentário a este post. Podendo um leitor mais apressado, daqueles que consomem posts em diagonal, ter ficado convencido de que João Miranda leu mesmo o post em causa, chamo a atenção para os seguintes pormenores:
1. Os salários médios em Portugal foram os seguintes: em 2003, € 886,5; em 2004, € 921,6; em 2005, € 959,6; e, em 2006, € 997.
2. Convém esclarecer que, quando se fala em salário médio, o que está em causa não é uma pessoa ganhar 450 e outra ganhar 1050 e, em média, ganhar 750 cada uma delas. Está a falar-se de médias ponderadas, ou seja, quando se fala em salário médio da ordem dos € 1000 num universo de população activa superior a 5 milhões, fica claro que há um número muito significativo de trabalhadores portugueses que recebe em redor dos € 1000. Não se entre aqui em demagogias de que a média está influenciada pelo facto de haver uma meia dúzia de privilegiados que ganha vários milhares de euros por mês.
3. Por outro lado, é óbvio que o SMN não tem como objectivo beneficiar quem recebe o tal salário médio, mas quem precisa que o Estado actue para ver melhorado o seu salário. Por isso, o SMN aplica-se a 200 mil trabalhadores, ou seja, a menos de 5 por cento do total, mas exactamente os mais frágeis e com menor poder negocial.
Estatística, sempre estatística, dirão alguns. É certo, mas a estatística não pode servir para tudo. Deve servir para fundamentar políticas.
Estas estatísticas também dizem quanto diminuiu o fosso entre os mais ricos e os mais pobres?
ResponderEliminarPara concluirmos, como o rigoroso Abrantes, que é demagogia dizer que a média está inflaccionada pelo que ganha uma minoria de privilegiados.
São intragáveis, mesmo de escabeche, estes jaquinzinhos...
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