sábado, janeiro 26, 2008

“Uma sociedade que (…) começa a dar sinais graves de corrupção”




A frase em título é de António Cluny. A escolha recaiu sobre esta frase, embora pudesse ter escolhido dezenas de outras pronunciadas pelo presidente vitalício do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e consultor para a justiça do PSD (pelo menos, no tempo de Marques Mendes).

É por isso que se não entende que Cluny tivesse reagido tão apressadamente às declarações do bastonário da Ordem dos Advogados: “Considero que afirmações de carácter genérico e abstracto são perigosas". Logo o presidente vitalício que costuma pesar tão bem as palavras que diz… resolveu assumir dores alheias.

E, bem vistas as coisas, as afirmações de António Marinho e Pinto até não tiveram esse “carácter genérico e abstracto” apregoado por Cluny, pois o bastonário deu vários exemplos:

    • “Um ministro de um governo recente atribui a concessão de um importante serviço público a uma empresa privada e depois saiu do Governo e assumiu a presidência dessa empresa”;
    • Em Coimbra, “vendeu-se um edifício público de manhã por 14 milhões de contos a uma empresa privada e às três tarde fez-se a escritura desse mesmo edifício por 19,5 milhões”;
    • Um “promotor imobiliário que pretendia fazer uma construção numa Reserva Ecológica Nacional” e, após anos de espera, “dois ministros consideraram que o projecto tinha interesse público". "Nesse mesmo dia entraram nos cofres do partido um milhão de euros".

Por que saltou António Cluny como uma mola para desvalorizar as afirmações do bastonário, ele que faz parte do corpo profissional ao qual cabe precisamente exercer a acção penal orientada pelo princípio da legalidade e defender a legalidade democrática, nos termos da Constituição?

10 comentários :

  1. Tb vi e a cena tb não pareceu a mim um tanto deslocada.

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  2. Quem tem autoridade para falar já falou: o Procurador-geral da República. Que autoridade tem o Dr. Cluny para se pronunciar? Será que o M.P. não tem uma estrutura hierarquizada?

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  3. POR FALAR EM ACUSAÇÕES DE CORRUPÇÃO:


    Lembram-se da denúncia feita pela Helena Sanches Osório acerca de uma vírgula ( num decreto-lei ou coisa que o valha) que teria custado 120.000 contos? Não é preciso um bastonário* dos abogados para nada, basta um qualquer jornalista ou "comentador televisivo" ( que é currrículo para bastonário, a julgar pelas três últimas eleições).


    * que não irá ao parlamento de chapéu.



    posted by FNV on 11:26 PM # 'MAR SALGADO'

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  4. MAIS UM A CAMINHO DAS NOVAS OPORTUNIDADES...

    Sabe quem é António Pinto de Sousa?

    Ora vejam:
    É o novo responsável máximo pelo gabinete de comunicação e imagem do IDT
    (Instituto da Droga e Toxidependência).

    Tem competência atribuída, para empossar quem quiser, independentemente da
    sua qualificação académica e profissional, para os cargos dirigentes do
    Instituto, contrariando os próprios estatutos do IDT.

    Ahahah... já esquecia de dizer: É irmão de José Sócrates.

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  5. Li nos jornais que o irmão do Socrates ganha 700 euros no IDT. Que grande tacho o irmão lhe arranjou sem dúvida ...

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  6. O jornal que conta neste aspecto é o DR

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  7. Sobre estes 3 casos concretos onde esteve o MP?

    Dos 3 casos referidos por AM, algum:

    - Houve investigações?
    - Foi feita acusão?
    - Algum foi a tribunal?
    - Há condenações?

    Gostava de saber.

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  8. Já agora meus caros o irmão do 1º. ministro, só por que o é, pois não pediu para o ser, passou á situação de PROSCRITO?
    Onde estamos? Que país é este meus caros. O tal irmão está impedido de trabalhar?
    Seus sectarios, não sabeis fazer mais nada na vida?

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  9. Um moço que esfrega tão bem as costas ao "engenheiro" merece isso e muito mais...

    Um postzito sobre o negócio do Capoulas em Rio Frio - aquele homem tem olho para o negócio...

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  10. O anonimo dos anonimos "dos alcolicos?", as costas esfregas tu num sitio que eu cá presumo. Quando faltam serios argumentos, passam á ofensiva com a mentira corrupta.
    O fascismo já lá vai, aí sim, a mentira e o boato era a arma dos fracos. Em democracia á que dar a cara, mas para isso é necessario ter coragem, o que mais falta ao anonimo boateiro.

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