Parece que foi publicado no Público...
... este texto, que começa com a frase "Durante algumas horas choveu e imediatamente passámos da gravíssima seca para o problema das cheias.". Helena Matos, muito evidentemente, não sabe a verdade que esta frase contém. Helena Matos, como todo o caralhinho de articulista que se preze, sai logo dali para uma visão do país e uma introspeção à alma do povo português. Há anos e anos que ando a ler aspirantes a eças de queiroz, uma pessoa aborrece-se. Percebem porque é que só leio jornais estrangeiros? Vou ensinar uma coisa à Helena Matos, pelo método da descoberta. Começaria por perguntar à Helena Matos se sabe onde é que chove mais: em Inglaterra ou em Portugal? Pedir-lhe-ia, depois, para interpretar os gráficos respeitantes à distribuição da pluviosidade média por mês para Lisboa e para Londres (tem que andar com a barra para baixo, procure bem ou peça ajuda). Nesses gráficos, por exemplo para o mês de Fevereiro, verificará que em Lisboa chove, em média, 61 mm de chuva, e em Londres 40 mm. Ou seja, em Lisboa cai, em média, uma maior quantidade de água em Fevereiro do que em Londres. Ora, sabendo que em Londres, se bem me recordo (não tenho tempo para verificar agora, tenho que ri tomar banho), chove, por ano, mais ou menos a mesma quantidade de água que em Lisboa, não acha que a frase "durante algumas horas choveu e imediatamente passámos da gravíssima seca para o problema das cheias." vem carregada de uma ironia que é bem capaz de fazer ricochete? Está a perceber ou quer que explique melhor? Pense lá bem: quando vai a Londres, não lhe parece que lá chove mais que na Rua do Viriato? Se lhe parece que lá chove mais que cá, que conclusões retirar do facto de se verificar, na volta das estações meteorologicas, que em Lisboa cai mais água que em Londres?
Cheias na Alemanha:
Cheias em Veneza:
Cheias na Suiça:
Cheias em França:
Cheias na Bélgica:
Cheias em Inglaterra:
* se for necessário eu depois explico porque é que é impossivel acabar com as cheias.
O tunel do marquês não inundou ao contrario dos restantes , ao que parece . poderia tambem explicar este fenomeno estranho ?
ResponderEliminarComeço a ficar fascinada com Miguel Abrantes. Economista distinto (um dia destes relevar-se-á um PhD), sabe socorrer-se da doutrina para provar o mesmo e o seu contrário; investigador, sabe trabalhar os números; para fugir ao esteriótipo do intelectual, apimenta-se com uma ou outra caralhada (domina o caralhinho, e desperta-lhe particular curiosidade o dos articulistas); parece que, pasme-se, só lê jornais estrangeiros, coisa fina, (eu também só leio blogs de gente interessante...), e é mesmo versado em metereologia e aprecia especialmente música francesa; um destes dias recomendará um bom vinho. Cliché, cliché, cliché... Mas a coisa está bem montada: explora a "contra corrente", e tem piada enquanto o PS estiver down. Um caso de estudo de marketing, mas cheira-me aqui a falta de gaja...
ResponderEliminarEstá bem feito, e deve-se a Sá Fernandes. Os outros têm bombas que deviam ser automáticas em caso de inundação mas o sistema está mal montado e não têm conservação, só lá vão depois de inundados e só na hora do expediente.
ResponderEliminar1.O túnel do Marquês inundou, sim.
ResponderEliminar2.Os carros foram desviados.
3.As televisões não mostraram.
Meu Deus. Mas esta gente não trabalha?!
ResponderEliminarMas que alívio.
ResponderEliminarUma sugestão:
- quando surgir uma notícia de mais um assassinato violento qualquer e o pobão reclamar com o seu amado Sócrates pelas miseráveis condições com que a polícia enfrenta os meliantes, mostre aí imagens das favelas no Rio de Janeiro.
A gente, que é estúpida, fica logo tão contente que pára logo de reclamar.
Miguel Abrantes escreveu «* se for necessário eu depois explico porque é que é impossivel acabar com as cheias».
ResponderEliminarNão é necessário. Eu também sei: É impossível, porque chove!
Como vê, eu também sei umas coisas...
Gostava de saber a opinião da Professora Fátima Bonifácio!
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