- «Tendo deste Governo uma opinião globalmente positiva, o resultado das últimas eleições surpreendeu-me. Imaginava para o PS uma vitória sofrida.
O PS teve uma derrota pesada. Esperei pela leitura dos analistas políticos: primeiro-ministro autista, Governo incompetente, políticas erradas, má escolha dos candidatos, etc. Bom, também me pareceu que Paulo Rangel esteve melhor do que Vital Moreira. Mas as outras razões não me convencem.
(…)
Sendo este o contexto, qual a atitude dos potenciais eleitores do PS? Primeiro que tudo, não votar, porque "eles" são todos iguais. Depois, mudar o sentido de voto, porque alguns são mais iguais do que outros - uns foram para o BE e outros para o PSD. Eis a minha tese: o PS caiu às mãos da crise económica. Não foi derrotado, nem por erros governamentais, nem por méritos da oposição.
Foi uma derrota injusta.»
- “As reformas que tanto têm agitado professores, sindicatos, partidos da oposição e opinião pública, são insignificantes se pensarmos naquilo que é urgente fazer. Afinal toda esta balbúrdia foi motivada por meia dúzia de coisas tão banais como garantir que as crianças não ficam sem actividade quando falta um professor; avaliar os mesmos; premiar os melhores; garantir uma gestão mais racional e responsável das escolas. Nada portanto susceptível de motivar tanta controvérsia, não fosse o conservadorismo e a manipulação política. E, no entanto, é preciso ir muito mais longe na adaptação das escolas aos tempos actuais.
O nosso sistema de ensino ainda assenta em grande medida na imitação e na repetição. O professor fornece um conjunto de informações que o aluno deve repetir o mais fielmente possível. Ora este processo encontra-se claramente em crise por dois motivos fundamentais. Desde logo, ele é pouco estimulante para o desenvolvimento das capacidades de inventividade, imaginação e criatividade dos alunos. Depois, dada a grande aceleração do conhecimento, aquilo que se obriga os alunos a memorizar e repetir é já, muitas das vezes, um saber ultrapassado. Se a isto se acrescentar que a aquisição de conhecimentos não é hoje um exclusivo do meio escolar, e entra, literalmente, por todos os lados, desde a Internet às redes sociais, é evidente a inadequação do velho sistema da transmissão repetitiva do saber.”
"Calimero dixit!" v( sobre discurso de Daniel Amaral).
ResponderEliminarLeonel Moura acredita que o saber pode estar ultrapassado. É como José Sócrates: só acredita no que "está a dar". O resto do texto, lido à luz disto, vale o que vale, isto é: nada.
ResponderEliminarO k foi feito nas escolas foi uma revolução. É preciso partir do que as escolas eram para ter a devida medida. Porém, era preciso deixar que a revoluçao assentasse, fosse sendo deglutida por todas as partes e não estar logo com acrescentos a fio.
ResponderEliminarE, sobretudo, não podiam ser cometido erros. Quando a ministra criou o conceito de professores titulares só com base nos últimos 7 anos de serviço, esbarrondou uma parte significativa dos alicerces que andavam a segurar-se e precisavam de cuidados e não de encontrões.
A partir daí há demasiados males, pq tudo vai assentar nesse mal maior k dividiu professores de maneira atrabiliária.
Aquela ministra requeria secretários de Estado à sua altura e não os dois com quem teve de repartir ideias.