- ‘A colheita de órgãos e a transplantação beneficiam de um regime de incentivos que, segundo o Despacho nº 6155/2006 do ministro Correia de Campos de 15/03/2006, que procedeu à sua actualização, se destinam a "... suportar os custos acrescidos decorrentes da prática daqueles actos, incluindo os relativos a pagamentos devidos a profissionais directamente envolvidos e incentivar a colheita e transplantação de órgãos, através da concessão de incentivos aos serviços". Portanto, os incentivos são uma espécie de prémio material que os hospitais recebem pela colheita de órgãos e pelo transplante. Neste último caso, o quantitativo atribuído a cada transplante varia de acordo com a sua complexidade, sendo os melhores remunerados o de fígado e o de pulmão, e no pólo oposto, o de medula óssea.
É de notar que a transplantação é uma actividade muito cara e exigente, de tal modo que a maioria dos seguros de saúde, por exemplo nos Estados Unidos, não a cobre. Recentemente, e na sequência dos cortes nas despesas da saúde que a troika impôs, o ministro da Saúde (MS), Paulo Macedo, reduziu os incentivos à transplantação em 50%. É evidente que este corte, juntamente com outros já anunciados, vai criar dificuldades aos hospitais, que, como é sabido, mesmo sem cortes, já são cronicamente deficitários. (…)’
mais do que a questão da despesa , o que está em causa são vidas. Se há menos dinheiro para pagar as horas extra e o trabalho dos profissionais para que mais transplantes sejam feitos, é óbvio que o numero de transplantes diminuirá e é óbvio que pessoas morrerão em lista de espera, á espera de um transplante. Já acontece, o que este ministro fez foi agravar ainda mais a situação.
ResponderEliminarQuem estiver á frente de um ministério com uma missão tão vital ( que é a saude de uma população ) nunca, mas nunca poderá cortar em algo que signifique morte de doentes. Nunca.Quem o fizer ou tem graves falhas a nivel de educação ética e moral ou está cerebralmente danificado.