O Estado Social que “não está caduco”¹

Não obstante o extenso trabalho que o Público hoje traz acerca do projecto de Rafael Mora e Nuno Vasconcellos, confesso que ainda estou na fase em que aparentemente estava Agostinho Branquinho há uns anos: “O que é a Ongoing?”

Mas alguma coisa se aprende com o trabalho do Público. Por exemplo, fica-se a saber que Rafael Mora e Nuno Vasconcellos constituíram uma filial da Heidrick & Struggles (H&S), a empresa “caçadora de cérebros” norte-americana. E o artigo faz alusão à venda, ao longo dos anos, dos seus serviços no âmbito dos “recursos humanos” a grandes empresas portuguesas. Veja-se o caso dos CTT:

‘Mas a vitória do PS abriu também as portas à mudança de cadeiras. Nos CTT, Carlos Horta e Costa é substituído por Luís Nazaré. Pouco depois, Raul Mascarenhas, da equipa de Nazaré, tropeça num contrato "faraónico" assinado com a H&S, e que previa uma avença mensal superior a 150 mil euros. Isto, além das remunerações extras. A factura total ascendia a 3,2 milhões de euros. "Considerámos que os serviços não eram necessários e rescindimos", contou Mascarenhas, que conhecia os dois sócios da H&S. Uma auditoria da Inspecção-Geral da Obras Públicas (IGOP) aos CTT não deixou dúvidas: "Existem fortes indícios" de facturação paga à H&S, entre 2002 e 2005, por trabalhos nunca prestados.’

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¹ Aguiar Branco, aqui.